Faltando pouco para o encerramento da temporada futebolística no Brasil, o que se pode comemorar, a não ser o aumento da decadência desse esporte no país.

A rodada que termina na noite de hoje estampou a realidade que atravessamos no futebol nacional, quando alguns clubes optaram na escala de times reservas por conta de outras competições.

O Circo que dirige o futebol no Brasil incrementou os prêmios da Copa do Brasil, e os clubes com elencos mais reduzidos que não dariam para jogar três torneios ao mesmo tempo fizeram a opção pelo menos longo, com mais chances de chegar ao título por conta do mata-mata. Tal fato massacrou o que era chamado de Brasileirão e hoje tornou-se em um Brasileirinho.

A entidade que administra o futebol brasileiro organiza os torneios a sua maneira, e os nossos clubes que são os verdadeiros artífices desse esporte, calam-se e recebem o calendário como os ¨pratos-feitos¨, de um péssimo paladar.

A politica circense é destruidora para as agremiações brasileiras, desde que optou por sua seleção, que é a ¨vaca leiteira¨ de seus dirigentes, em detrimento do coletivo nacional. Que o digam o ¨Trio de Ouro¨ da bola, Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero.

Pergunta-se, quem hoje conhece os clubes do futebol brasileiro no exterior? Raríssimo. Quais os convites para amistosos fora do país, que são direcionados a eles? Nenhum, e se houvesse o maldito calendário não permitiria. Hoje existe a seleção, que após mais um fiasco em uma Copa do Mundo, está ficando menos atrativa.

O futebol nacional sofre com a falta de projetos de suas entidades, no caso o Circo e as Federações estaduais, que se preocupam na realização de competições sem um planejamento sério, enquanto os clubes aceitam tudo, permitem tudo, e fecham os olhos, tapam os ouvidos para os acontecimentos, fingindo que não estão entendendo o que se passa ao seu redor e na vida desses.

Temos um exemplo bem próximo que é o futebol de Pernambuco, que vem agonizando numa UTI na espera que os aparelhos sejam desligados.

Não contamos com as nossas mídias esportivas, que estão mais preocupadas com o marketing de Neymar do que acontece no seu entorno.

Infelizmente mais uma temporada se aproxima do encerramento, e a nossa realidade esportiva não muda, e o mais grave é que o futebol não conta com o apoio da sociedade, que assiste tudo de forma passiva, sem interferência, e hoje temos um percentual de 30% da população acima dos 16 anos que não gosta desse esporte, o que é muito elevado para um país que um dia foi o do futebol.