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Escrito por José Joaquim

* Por Paulo Cezar Caju - O GLOBO 

* Romero Jucá, César Maia, Sarney Filho, Roberto Requião, Edison Lobão... há quantos anos ouvimos esses nomes circulando pela política? Pelo que li, esses aí não conseguiram se reeleger, o que já não deixa de ser um grande avanço. Adoraria que uma renovação dessas fosse feita no futebol. O problema é que nem sempre os substitutos aproveitam a chance, muitos rezam pela mesma cartilha.

Os políticos mudam de partidos sem qualquer cerimonia, e no futebol o cenário não é diferente. Os nomes não mudam e não há qualquer novidade no formato de trabalho, zero inovação. Por exemplo, há time mais previsível do que o Internacional? E o Palmeiras? Corre o risco de o Felipão ser campeão do Brasileiro com o mesmo esquema de sempre. Ou a mesmice de Mano ser premiada. Dois ex-seleção brasileira. Tite que se cuide, Kkkk!!!!

Sério, qual foi a grande sacada de Felipão? Insistir com Deyverson, um atacante que provoca, tumultua o jogo, mas depois chora e diz que é bonzinho. Que mala!!! Fora que o Palmeiras tem um elenco gigante, e Roger montou boa parte desse grupo.

Os candidatos ao título estão longe de pelo menos tentarem algo diferente. O Dorival já rodou mil clubes e agora volta ao Flamengo de onde o próprio Bandeira de Mello o mandou embora. Ganhou de um Corinthians desarrumado e visivelmente se poupando para a final da Copa do Brasil e virou gênio. Basta olharem o jogo.

Mais irritante ainda é ouvir os comentaristas dizendo que ele ¨arrumou a casa¨. Fora que contei sete profissionais na comissão técnica do Dorival. É preciso tanta gente mesmo?

Outra coisa que me irrita é essa história de os ¨professores¨ trazerem seus filhos para fazer parte do grupo. Será que, assim como os políticos, eles também querem se eternizar no poder? Olha que vários filhos de políticos não conseguiram se eleger nessa eleição, hein!

Renovação assim é ruim porque os pupilos seguirão com os mesmos erros. Fora que não deixa de ser nepotismo. Já falei que renovação não é pela idade, mas pelo pensamento. Zé Ricardo e Barbieri, por exemplo, são de uma nova safra que não ousou, que talvez querendo garantir o emprego, jogaram se defendendo.

Saudade da tranquilidade de Jaime e da sabedoria de um Carlinhos Violino. Nos últimos tempos, o único que vi tentar algo diferente foi o Fernando Diniz. Por onde ele anda, por falar nisso? Adoraria ver uma garotada surgindo com novas propostas. Se é assim que sonhamos para o país, o futebol, maior paixão do povo, também deve seguir os mesmos passos.

Há de surgir um dia alguma alma salvadora que passe uma borracha nessa história de quatro volantes, não é possível! O país assiste a partidos políticos trocando insultos e inventando mentiras. Em campo chutões, empurrões e desrespeito. Mas o Leonardo Gaciba diz que carrinho é normal, então tá! O Hino Nacional antes do jogo soa como deboche. O futebol precisa de uma revolução criativa. Como dizia o mestre Didi, quem deve ser rápido é o raciocínio, não as pernas. 

Comentários   

0 #1 RE: O FUTEBOL PRECISA DE UMA REVOLUÇÁO CRIATIVAPLINIO ANDRADE 19-10-2018 11:22
JJ: O Caju tem uma boa pena. Os seus artigos trazem são de uma ironia fina e inteligente. O amigo acerta em cheio quando publica no blog artigos como esse. Paulo Cezar foi um craque de bola e agora é um craque em sua coluna.
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