NOTA 1- A UM PASSO DA ETERNIDADE

* Uma vitória separa o Fortaleza da Serie A Nacional, e isso poderá acontecer no Castelão na próxima rodada.

Os 57.225 torcedores que estiveram no estádio durante o sofrido jogo contra o Paysandu, o deixaram comemorando os 100 anos do clube, e o cheiro da maior divisão do futebol brasileiro. O jogo foi bem complicado e a vitória só aconteceu aos 47 minutos do segundo tempo com um gol de cabeça de Gustavo.

O triunfo comprovou a competitividade da equipe mais regular do campeonato que somou 60 pontos, e restando apenas seis rodadas para o término da Série B, tem a vantagem de nove pontos para o Vila Nova, o 5º colocado, e seis para o vice-líder, Goiás, que garante o acesso, assim como a conquista do titulo.

Na 32ª rodada que foi encerrada no último sábado, o G4 continuou com os mesmos clubes, muito embora somente o tricolor do Pici tenha obtido a vitória.

O Goiás foi derrotado, CSA e Avaí empataram, e o quadro ficou totalmente aberto por conta das vitórias do Vila Nova, Atlético-GO e Londrina. O time goiano tem a mesma pontuação do CSA, perdendo pelos critérios técnicos, e dista um ponto do Avaí (3º) e de dois do Goiás (2º). As seis rodadas finais deverão ser de uma disputa cabeça a cabeça entre os pretendentes ao acesso.

Na parte da degola, o CRB ao derrotar o Goiás fugiu timidamente da Caetana trazendo de volta o Sampaio Correa, que junto ao Paysandu, Juventude e Boa formam o ZA da degola, Além desses, tanto o time alagoano, como o Brasil de Pelotas ainda não escaparam da foice. Será um outro campeonato.

Jamais tínhamos visto uma Série B tão competitiva, e com revelações para serem aproveitadas.

NOTA 2- COMPARAÇÕES

* O futebol inglês é o maior exemplo para o mundo esportivo por conta da seriedade como é dirigido.

Ontem assistimos um jogo entre dois times medianos da Premier League, Everton e Crystal Palace, com a vitória do primeiro por 2x0, resultado obtido entre os últimos minutos finais.

O Palace perdeu um pênalti que foi defendido pelo goleiro Jordan Pickford, que é o titular da Seleção da Inglaterra.

Foram 96 minutos de jogo, sem cartões amarelos, sem bolas aéreas, sem jogadas violentas, sem reclamações junto à arbitragem, sem simulações, e no final todos se cumprimentando, inclusive com os árbitros da partida.

É o que chamamos de futebol civilizado.

No decorrer do jogo começamos a fazer comparações com o futebol tupiniquim, e chegamos a conclusão de que ainda estamos na era em que se comia com as mãos.

Nessa terra do tem de tudo, um jogo com 96 minutos como esse tem 50% de bola rolando, o resto é de paralização.

Jogadores simulando contusões para ganhar tempo, goleiros sendo atendidos por diversas vezes, rodinha em torno do árbitro para as reclamações de qualquer lance marcado, e sobretudo com um futebol mequetrefe de bolas alçadas nas áreas.

Uma verdadeira anarquia.

Isso tudo poderia acabar se a arbitragem atuasse com o cartão nas mãos. Reclamou apresenta o amarelinho. Simulou fica 5 minutos na espera de voltar ao gramado, e no final 10 minutos de acréscimos.

Tais atitudes certamente iriam reduzir o tempo perdido em um jogo de futebol, desde que para a malandragem somente durezas como essas poderiam resolver.

O torcedor paga o ingresso para assistir uma partida de futebol por inteiro, e no final recebe apenas 50% dessa. Merecia ter metade do valor de volta.

A beleza do futebol inglês está nos seus procedimentos e sobretudo na educação dos disputantes. 

NOTA 3- NO FUTEBOL DE PERNAMBUCO NÃO SE ENXERGA UM PALMO ALÉM DO NARIZ

* Sempre discutimos sobre o futebol no seu geral com o jornalista Claudemir Gomes que é sem a menor duvida um dos últimos dos moicanos nesse segmento em nosso estado.

Conhece muito bem do assunto.

Ao assistirmos um jogo da Ponte Preta pela Série B Nacional, vimos um jogador com uma boa performance, e muito conhecido em nosso estado por ter jogado em 2017 pelo Santa Cruz, André Luiz, que na época já tinha deixado excelente impressão, e nos lembramos de uma conversa que tivemos com esse jornalista.

Naquela ocasião dizíamos que os dirigentes do Sport, com o time na Primeira Divisão Nacional contratava mequetrefes e não observavam um atleta desse nível.

Ao deixar o tricolor pernambucano voltou para o seu time de origem, o Cianorte, clube que o emprestou à Macaca Campineira, e tornou-se o artilheiro com 10 gols em 29 partidas.

Está jogando em alto nível, e tem apenas 21 anos. Por conta disso o Corinthians já acertou com o seu clube de origem a sua contratação para a temporada de 2019.

Pernambuco tem uma cartolagem que não tem a menor capacidade de enxergar um palmo adiante do nariz, desde que tiveram um pássaro raro nas mãos e deixaram-no fugir.

São coisas de nosso futebol.

NOTA 4- CADEIRAS DO COUTO PEREIRA VÃO A LEILÃO PARA PAGAR DÍVIDAS DO CORITIBA

* O Coritiba vive um momento de tormenta.

No campeonato da Série B as chances de acesso são remotas e pelo andar da carruagem terá mais um ano nessa divisão, e isso vem tendo um reflexo na sua vida financeira, com os seus cofres vazios.

Um leilão que será realizado no dia 8 de novembro em Curitiba colocara à venda 34 cadeiras cativas do estádio Couto Pereira.

Por conta da execução de uma divida trabalhista do Coritiba com o atacante Deivid, os assentos especiais do estádio avaliados em R$ 7.500,00 cada, poderão ser arrematados por R$ 3.500,00 cada um.

O valor arrecadado nos lances será destinado ao ex-jogador.

Deivid processou o Coxa no ano de 2014 pedindo R$ 18 milhões por salários, 13º mês, direitos de imagem, alegando que passou um ano sem receber.

Quatro anos após a 1ª Vara Trabalhista de Curitiba determinou o Leilão dos bens que foram dados como garantia.

Fatos como esse se repetem em todo o Brasil futebolístico, com vários clubes com problemas financeiros por conta de gestões temerárias.

Lamentável.

NOTA 5- O PREVISÍVEL ACONTECEU NOS JOGOS DO DOMINGO

* Nenhuma zebra passeou nos gramados brasileiros nos cinco jogos realizados na continuidade da 30ª rodada do Brasileirinho.

No estádio Barradão, o Vitória-BA recebeu o Corinthians, mas o fator casa não prevaleceu, desde que o resultado de 2x2 foi o que estava dentro da previsibilidade.

No primeiro tempo o time baiano começou pressionando, e aos oito minutos, Rhayner abriu o placar. Aos 30 minutos Jadson deixou tudo igual.

No segundo tempo foram poucas as finalizações de ambas equipes.

Os minutos finais foram eletrizantes, com Roger desempatando aos 45 minutos. e dois minutos após Neilton empatando o jogo.

Os baianos ficaram com 33 pontos, e os paulistas com 36.

No Pacaembu, o Palmeiras recebeu o Ceará em um jogo importante para os dois times. O time cearense começou bem melhor do que o adversário, chegando com facilidade a sua área.

O alvinegro com maior posse de bola, teve aos 13 minutos um lance que iria mudar o panorama do jogo.

O volante Edinho bloqueou a bola com o braço dentro da área, mas a péssima arbitragem de André de Castro, contando com o auxiliar de linha assinalou escanteio. Minutos após o quarto árbitro depois de ter sido avisado pelo banco do Palmeiras comunicou que a bola tinha sido desviada com o braço.

Obvio que esse com mais de 50 metros de distância em um ângulo lateral não poderia ter visto, e sim ser avisado da realidade. Mais uma lambança da arbitragem brasileira. O pênalti foi pênalti, mas a forma de sua marcação foi ilegal.

Após o gol, o Palmeiras aproveitou-se bem do desequilíbrio do Ceará e passou a dominar a partida, e aos 34 minutos conseguiu furar  mais uma vez a rede do adversário.

Antes do final da primeira fase, Deyverson teve um momento de UFC com um chute na barriga do adversário. Foi expulso.

Logo após o assoprador de apito expulsou o técnico Lisca, do Ceará, e  seu assistente. 

Com menos um jogador o alviverde passou a ser dominado pela equipe cearense, que diminuiu o placar com um gol de Arthur, e finalizando várias vezes contra a meta do rival.

O placar foi injusto por conta do segundo período que foi do Ceará.

No outro jogo da tarde, realizado no Nilton Santos, o Fluminense derrotou o Atlético-MG por 1x0. O Galo perdeu um pênalti.

Os dois jogos da noite foram mamão com açúcar para Cruzeiro e Flamengo.

O time Celeste fez o placar do jogo contra a Chapecoense no primeiro tempo (3x0), e em Curitiba o rubro-negro carioca teve uma primeira fase mais apertada com o placar de 1x0, mas na segunda ampliou para 4x0. Em 3 partidas o Flamengo marcou 10 gols.

Uma rodada sem novidades, e como não poderia deixar de acontecer contou com uma arbitragem grotesca.