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Escrito por José Joaquim

Aprendemos com a Sociologia que a sociedade precisa de ídolos, assim como esses precisam da sociedade. O ídolo é um outro que todos gostariam de ser, ele representa o espelho ideal para uma pessoa, e a sua imagem, os produtos que esse divulga atende aos interesses do mercado e da mídia.

O ídolo em qualquer segmento, desperta o interesse. No caso dos esportes, incrementa o público nos eventos, e ajuda a aumentar o índice de audiência das emissoras de televisão. Para conhecer o ídolo, as revistas e jornais investem nesse, e suas vendas sobem, assim como a audiência dos veículos de comunicação.

No atual futebol brasileiro existe um buraco profundo com relação aos seus ídolos. Todos os dias as mídias fabricam um por conta da sua atuação. Com essa carência, o esporte vive no sistema do pega-laço, ou seja, deu um toque melhor na bola, cria-se um marketing pessoal e esse é instruído para dar uma frase de efeito, ou um gesto de beijar o escudo do clube.

Esse é o processo inicial da modelagem de um ídolo. Muitos atletas por conta de uma única partida tornam-se ídolos por um dia, por conta da ansiedade de uma mídia que enfrenta uma recessão no segmento. Os ídolos do futebol não estão no Brasil e sim na Europa e são vistos todos os dias pelas televisões e internet.

Nos tempos atuais existe a banalização do ídolo, que por se tornar individual, quando cada um escolhe o seu. No futebol do passado conquistava o torcedor dentro do campo, hoje é através de sua rede social que é acompanhado pelas bobagens que escreve, ou então pelas tatuagens no seu corpo, cujas imagens são publicadas por uma mídia alienada.

Como no futebol os ídolos são de barro e quebrados com velocidade, a procura de um substituto nos esportes é muito grande. Em um período como não achavam alguém no mundo futebolístico correram para o lutador de UFC, Anderson Silva, o Spider, e deu no que deu, suspenso por doping.

Ouvimos há algum tempo uma excelente definição sobre o assunto, do jornalista, Mario de Andrade, ao dizer que a mídia precisa de ídolos para sobreviver, e ao mesmo tempo os ídolos precisam da mídia para crescer em seus respectivos esportes, ganhar dinheiro e satisfazer a sua própria fama.

Uma analise correta mas, por outro lado, a mídia tem a obrigação jornalística, ética e moral de dar mais um instrumento para o público avaliar os ídolos e não assumir a avaliação como acontece hoje. O errado é quando essa procura dourar a pílula e apresentar um produto que é pura pirataria.

Conhecemos grandes ídolos na história dos esportes, no futebol o maior sem duvida é Pelé, mas a criação forçada, feita nas olarias, visa apenas atender a uma necessidade do mercado, que apresenta vários personagens de barro.

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