¨Ser ou não ser, eis a questão¨. Trata-se de uma frase que faz parte da antologia literária, e que foi citada pelo personagem Hamlet, na tragédia de autoria de William Shakespeare.
Nos lembramos da obra do autor inglês, ao ouvirmos protestos contra o VAR após a marcação do pênalti favorável ao River Plate, que garantiu-lhe de forma justa a sua passagem para a disputa final da Copa Libertadores.
A penalidade existiu e o chamado do árbitro de vídeo consertou um erro que poderia ter prejudicado o time portenho.
Na ocasião o zé-regrinha, um ex-árbitro, que estava nos estúdios da Globo confirmou a mão indevida de Bressan, visto pelo seu Var particular.
O sistema funcionou, mas como foi contra a equipe gaúcha, o inconformismo foi geral e o árbitro de vídeo foi criminalizado, pela diretoria gremista, pelo treinador Portaluppi, que no final da coletiva voltou atrás ao afirmar que a penalidade existiu.
Vamos e convenhamos, tais personagens ficam sempre nos pós jogos tecendo criticas às arbitragens, clamando pelo VAR, e no momento em que esse funciona de forma correta, como não foi favorável ao seu time, é tachado de ladrão.
Aliás tais procedimentos fazem parte da cultura nacional que tem como lema o de puxar a sardinha para a sua brasa. Se por acaso o lance tivesse sido favorável ao tricolor, qual seria a reação da sua cartolagem? O VAR seria o salvador da pátria.
O sentimento da ética foi engolido pelo mercantilismo que tomou conta do esporte das chuteiras, e a famosa Lei de Gerson de levar vantagem em tudo é aplicada no dia a dia.
O VAR é um avanço tecnológico que veio implantar a seriedade aos esportes, em especial ao futebol. Quando uma rodada é encerrada em nosso Brasileirinho, os jogos não são analisados, e os debates são transferidos para os árbitros que tornaram-se as Genis do século XXI.
O nosso país em todos os seus segmentos mergulhou na lama, e quando se deseja mudar, no caso especifico do futebol, os ventos sopram ao contrário.
O VAR veio para ficar, mesmo com as tentativas de destruir o seu conteúdo, e certamente irá tornar o futebol mais limpo, sem os agressões dentro das áreas, ou os socos e cotoveladas que são trocados entre atletas, quando as jogadas estão longe dos olhos dos apitadores, quando o olho biônico consegue detectar, e principalmente validando ou invalidando lances decisivos.
O apito eletrônico pode até errar, mas na verdade esse veio moralizar, e acabar com o sistema de resultados modificados.
VAR OU NÃO VAR, EIS A QUESTÃO, é um tema que deveria ser debatido não pelos apaixonados, e sim por pessoas que desejam transformar o futebol brasileiro em um esporte sério e sobretudo com credibilidade.