A 34ª rodada do Brasileirinho que foi encerrada na última quinta-feira foi o retrato do grotesco futebol que estamos assistindo em nossos gramados.
Foram oito jogos com menos de dois gols, as redes foram balançadas nas dez partidas por 16 vezes, com uma média ridícula de 1,6 por jogo. Uma farra e folia de 1x0 (4) e 1x1 (2).
O jornalista Claudemir Gomes que entende bem do riscado, em uma conversa que tivemos na manhã de ontem nos alertou para algo bem importante que mostra a nova cara do futebol nacional, que deixou de lado o rádio de pilha tão comentado por Paulo Cezar Caju em seus artigos, para assumir os celulares que servem para acompanhar os resultados dos outros jogos.
Na verdade a preocupação maior fica entre os que torcem por times que estão lutando contra a degola. Os novos coxinhas perdem metade do tempo de jogo acessando esse equipamento.
Somos de um época que existia um bom futebol, e que todos os torcedores levavam os seus radinhos para os diversos estádios para que pudessem acompanhar os comentários. Hoje não temos mais os comentaristas de antigamente, daí a troca pelo celular que faz parte da era da modernidade.
De uma coisa temos a certeza, antes era bem melhor.
A 34ª rodada confirmou o favoritismo do time do Palmeiras com a vitória sobre o péssimo Fluminense, e a manutenção de um sonho de Flamengo e Internacional que venceram os seus encontros, de ainda chegar à frente na reta final.
Só quem acredita nisso são aqueles que ainda acham que Papai Noel existe.
O público pagante somou 218.504 mil, com uma média de 21.850 por jogo. Os mandantes venceram 5 jogos, aqueles que visitaram apenas com 2 vitórias, e completando, 3 empates.
O publico total do campeonato é de 6.315.859, com a média sendo mantida no patamar de 18 mil (18.576). Flamengo e Palmeiras a sustentaram.
Enquanto isso os times que estão na luta contra o rebaixamento fizeram greve de vitórias. Em jogos dos seis mais afetados não tivemos uma única conquista.
Uma estagnação total como mostramos na postagem de ontem, que transformou essa disputa do EU NÃO VOU, VÃO ME LEVANDO, ou seja os que estão em baixo não ganham, e os que estão acima vão sendo empurrados, entre esses o Sport, que apesar de dois empates seguidos, subiu de posição, chegando a 15ª.
Não por mérito, mas por conta do que o frevo do compositor Isaque Galvão, VÃO ME LEVANDO, que alegrou muitos carnavais, que como o rádio de pilha foi consumido por outras músicas que nada tem a ver com a verdadeira festa de Momo
Os torcedores dos clubes que estão envolvidos, inclusive os do rubro-negro local deveriam gravar nos seus celulares essa música para cantarem nos jogos.
Os versos iniciais retratam o que vem acontecendo com a parte mais baixa do Brasileirinho:
Eu não vou, vão me levando,
Vão me empurrando, Desse jeito eu tenho que ir,
Se bato em um, se piso em outro,
Vocês vão me desculpando, Eu não vou, vão me levando.
São coisas de nosso futebol.
Comentários
0#1RE: EU NÃO VOU, VÃO ME LEVANDO —
RUBRO-NEGRO17-11-2018 12:29
JJ: Só a sua criatividade poderia publicar um artigo como esse. Perfeito e com um humor picante. O interessante é que a nossa mídia não percebeu que o Sport está no bloco do Eu Vou Levando.
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