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Escrito por José Joaquim

Quantas vezes já sentimos o desejo de largar esse blog que é um consumidor de um bom tempo de nossa vida, por conta de pesquisas, contatos com amigos na busca de algo que possa ser debatido sobre os nossos esportes na tentativa de melhora-lo, mas tudo continua como dantes, com os mesmos procedimentos. Desanima.

O Brasil é um país surreal e que vive eras mais diversas em um pequeno período. Estamos vivenciando agora a da Imbecilidade. Fala-se muito e pouco se produz.

Os temas abordados são aqueles de muitos anos atrás, nada mudou e a  maior atração é de um torcedor com a bandeira do seu clube em um país estrangeiro.

O Sport TV, canal fechado do grupo Globo,  exibe um programa que é comandando por um humorista chamado Lucas Strabko, que é o legitimo representante de nossa realidade. Sem conteúdo e com um humor que passa do grotesco trata o consumidor como um imbecil de carteirinha.

Por outro lado o modelo do futebol brasileiro faliu, quando clubes como Corinthians, Fluminense, Vasco da Gama, Botafogo, Santos, Sport, Coritiba e tantos outros pelo Brasil afora, passaram de times que eram organizados para desestruturados, com dividas acima de suas capacidades financeiras.

O futebol brasileiro só é bom para o Circo que o comanda, para os demais segmentos é uma tragédia. O modelo está superado e não se adaptou aos novos tempos e ao mundo que é globalizado. Entre os doze maiores clubes do mundo, somente dois são sociais, os demais são sociedades anônimas, ou de proprietários.

O futebol português tem um excelente sistema com a implantação da SAD- Sociedade Anônima Desportiva, com os clubes detendo 51% das ações. Tudo fiscalizado pelo governo e pela Bolsa de Valores. Qualquer erro do dirigente, esse é punido, e reduziu em muito a corrupção.

Existe um projeto de reforma na Lei Geral dos Esportes que vaga nas gavetas do Congresso do Brasil, que cria condições da implantação desse sistema. Obvio que os clubes não o desejam. O modelo brasileiro é totalmente superado, ao se misturar o clube social com o futebol, quando deveria haver uma separação que causaria um bom efeito.

Para mudarmos teríamos que romper com barreiras que se apegam a tradições que não permitem que as mudanças sejam procedidas. Os dirigentes preferem ver os seus clubes no atoleiro de dívidas a dividirem o poder com os acionistas, e ao mesmo tempo ficarem sujeitos aos rigores das fiscalizações.

O mercado que vive no entorno do futebol é grandioso. Poucos produtos tem uma demanda tão expressiva e cativa, mas esse esporte não tem credibilidade junto aos investidores, visto que a cartolagem insiste em manter clubes sociais, que ficam livres de cobranças.

Se não fosse a Caixa Econômica, a grande maioria estaria sem um patrocínio máster nas suas camisas.

Alguns fazem o futebol como meio de vida e promoção pessoal. Produzem gastos em suas entidades que vão muito além de suas capacidades financeiras. Por conta disso entram em uma roda viva, e com débitos sem condições de pagamentos.

Na realidade todos preferem a falência a clubes fortes e grandiosos.

Nem Freud poderia explicar tais procedimentos.

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