* Um dos jogos que encerram a 37ª rodada do Brasileirinho é o do São Paulo e Sport, que se apresentam com expectativas diferentes no estádio do Morumbi. O outro é apenas para completar a rodada, entre Botafogo e Paraná.
O tricolor paulista está na luta pelo G4 com 62 pontos, necessitando de uma vitória para ultrapassar o Grêmio que empatou na tarde de ontem com o Vitória, somando 63 pontos.
O Sport está na 18ª colocação com 38 pontos, e se não vencer esse jogo ficará bem próximo de ser levado pela Caetana.
O São Paulo teve uma queda vertiginosa no returno onde somou 21 pontos, com um aproveitamento de 41,15%. O rubro-negro da Ilha nesse mesmo período conquistou 18 pontos (35,2%).
Nas últimas cinco rodadas os dois times tiveram praticamente as mesmas performances, o Leão que completou 4 jogos sem vitória somou 5 pontos, enquanto o rival de hoje totalizou 6.
Vamos e venhamos trata-se de uma busca difícil de uma vitória do Sport, que é um fraco visitante com 21,37% de aproveitamento, enquanto o time do São Paulo é um bom mandante com 68,52%, e por conta disso é favorito absoluto.
Como depende apenas de si, só o maior dos milagres poderá tirar o Velho Leão do rebaixamento.
NOTA 2- O DOMINGO COM O PALMEIRAS CAMPEÃO E O VITÓRIA REBAIXADO
* Enfim o Palmeiras acabou com a novela da conquista do título do Brasileirinho, ao vencer um time fisicamente despedaçado, o Vasco da Gama pelo placar de 1x0.
Nas condições de nosso futebol a conquista do alviverde foi justa, embora com um futebol pragmático, de uma única bola e de uma pobreza franciscana.
O Brasileirinho de 2018 foi um dos piores de sua história no item qualidade, e o título ganho pelo Palmeiras representa essa realidade. Ressuscitaram o técnico Luiz Felipe Scolari e o futebol de resultados.
Quanto a partida nada a comentar, e o placar fala por tudo. O time vascaíno ainda irá sofrer no seu último jogo contra o Ceará.
Enquanto o alviverde ganhava no São Januário, o seu perseguidor, Flamengo derrotava o Cruzeiro por 2x0, que na verdade parecia que estava sem vontade de jogar.
Com dois bonitos gols de Everton, o rubro-negro carioca dominou a partida, após um bom início do seu adversário, que aos poucos foi cedendo espaços e deixou a partida nas mãos do clube da Gávea. Com essa vitória o time carioca assegurou a segunda colocação.
No Barradão, em Salvador, o Grêmio embora tenha sido melhor, mas com um fraco futebol, empatou com o Vitória por 0x0, e poderá ser superado pelo São Paulo na 4ª colocação. Uma partida de fazer doer o coração.
O torcedor rubro-negro não foi ao estádio, desde que já sabia que o seu clube iria ser rebaixado, fato esse que aconteceu à noite com o empate da Chapecoense com o Corinthians.
O outro jogo da tarde foi realizado na Arena da Baixada entre o time alternativo do Atlético-PR e Ceará. O alvinegro saiu à frente do placar, e permitiu que o adversário virasse, mas conseguiu empatar perdendo inclusive um pênalti.
A equipe cearense completou 43 pontos, e necessita de apenas um empate com o Vasco da Gama para garantir a sua permanência na Série A.
No período noturno foram realizados três jogos.
O América venceu o Bahia por 1x0, subindo para a 17ª colocação com 40 pontos, e reabrindo as esperanças de não ser degolado. Irá enfrentar o Fluminense que tem 42 pontos e foi derrotado pelo Internacional por 2x0, quando esse garantiu a terceira colocação da competição.
O tricolor carioca depende de si, mas pelo futebol que está jogando poderá ser derrotado pelo Coelho.
Em Itaquera, a Chapecoense conseguiu o que queria, ou seja o de empatar com o Corinthians e deixar para resolver a sua situação em casa contra o São Paulo.
A partida teve bons momentos para cada lado com chances de gol, tanto para o alvinegro, como para o verdão.
Com esse resultado o Vitória foi levado pela Caetana de forma justa desde que a sua campanha foi vergonhosa.
A vitória do América-MG e o empate da equipe de Chapecó, deixaram o Sport numa situação muito complicada.
A última rodada será inteiramente dedicada aos que lutam contra o rebaixamento.
NOTA 3- O CENÁRIO INGLÊS NO FUTEBOL BRASILEIRO
* Postamos alguns artigos sobre o novo modelo de distribuição das cotas de TV para o Brasileirinho, com a aplicação parecida com o que é aplicado na Inglaterra.
Na verdade tem um aspecto de melhora, mas o resultado final será o da elitização do nosso futebol. Um estudo da Ernst & Young, em parceria com Cesar Finance & Mgmt Consult, sobre o impacto do novo formato, serve como um alerta. ¨O que se via no Brasil estava distante de uma suposta ¨espanholização¨ dados outros fatores de gestão dos clubes, da publicidade e bilheteria, passando pelo controle dos custos¨.
Segundo o trabalho apresentado o modelo que será aplicado a partir de 2019, tende a criar um cenário ¨inglês¨ de realidade econômica: 4 a 6 clubes poderosos e um grupo grande de clubes competitivos entre si mais distantes do primeiro bloco.
Basta olharmos a classificação na tabela da Premier League, com os mesmos times de sempre.
Na verdade a história repetida de 12 grandes clubes no Brasil irá desaparecer para dar lugar no máximo a seis. Adicionalmente, por ser um modelo baseado em receitas variáveis, força a clubes que enfrentam dificuldades financeiras a financiar o seu fluxo de caixa no mercado financeiro, com altas taxas de juros bem diferentes da Europa.
Em boa parte do ano, o dinheiro da TV será menor que nos anos anteriores. Isso é bem obvio que irá acentuar a seleção natural dos clubes mais fortes como os que serão esportivamente dominantes.
Os grandes títulos ficarão com os mais ricos, e com um detalhe bem importante, o pay-per-wiew irá encobrir qualquer efeito produzido na redução das distancias na distribuição das cotas, ou seja irão cobrir um santo e descobrir um outro.
Flamengo e Corinthians continuarão com um abismo profundo entre os demais.
* Dados da coluna Meio de Campo, de Rodrigo R. Monteiro de Castro, editada no blog Migalhas, e do blog de Hiltor Mombach do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre.
NOTA 4- O ANO ESPORTIVO DA CROÁCIA
* A Croácia fechou o seu ano esportivo com o título da Copa Davis de Tênis, na sua última edição no formato clássico.
Por uma coincidência do destino o adversário na final foi a França, que disputou com a seleção Croata a final da Copa do Mundo que foi realizada na Rússia.
O time francês disputava o segundo título consecutivo.
Assistimos os jogos dessa final, e a equipe campeã sem duvida não deu chances ao time adversário, fechando o duelo em 3x1, que foi realizado no Stade Pierre-Mauroy, em Lille.
Como Mondric no futebol que foi a grande estrela da seleção de futebol na Croácia, o responsável por trazer o troféu para o seu pais, foi o novo fenômeno do Tênis Mundial, Marin Cilic, atual número 7 do mundo na ATP, e que promete uma grande temporada em 2019.
Tenista com mais vitórias na Davis, Cilic já havia vencido uma partida no confronto.
No segundo jogo derrotou por 3x0 Tsonga. Borna Coric inaugurou o placar em favor dos visitantes. No terceiro encontro, o de duplas, o time francês foi o vencedor diminuindo o placar para 2x1, mas Cilic no último jogo atropelou Lucas Pouille para sacramentar a vitória do seu país.
O Tênis é um dos esportes mais bonitos entre os demais, e uma partida bem jogada não cansa o acompanhante, independente do seu tempo e sim pela qualidade.
Bem diferente do futebol que nos seus 90 minutos muitas vezes dá sono nos torcedores.
NOTA 5- PELO MENOS UM PINGO DE BOM SENSO NA CONMEBOL
* Adiar o jogo da Libertadores do sábado para o domingo foi sem duvida mais uma lambança da Conmebol. Jamais em 24 horas os ânimos entre os dois times que estavam disputando a final da Copa Libertadores estariam arrefecidos.
Os Barrabravas estavam de prontidão e sem duvida não haveria polícia para suportar o que poderia acontecer.
O ambiente seria o mesmo, e quem poderia garantir a repetição dos fatos acontecidos no último sábado.
A entidade Sul-Americana olhou apenas para os seus bolsos e não observou o mais prejudicado de todo o processo, que foi o futebol.
Na tarde de ontem, por meio do Presidente da entidade Alejandro Dominguez, a Conmebol reconheceu de forma correta que não havia igualdade de condições entre as equipes para disputar a partida, e adiou a final da Libertadores por tempo indeterminado.
Segundo a Nota que foi publicada, os presidentes das equipes serão convocados para discutir uma nova data. A decisão ficará sob a responsabilidade do seu Comitê de Disciplina. A diretoria do Boca queria suspender a decisão, mas a entidade Sul-Americana não concordou.
O problema mais grave e que não foi discutido em nenhum momento, é o da indicação do representante do Continente no Mundial de Clubes que será realizado em dezembro próximo, e que seria um dos times disputantes.
A Argentina não tem condições de abrigar essa final, e a lógica deveria leva-la para um outro país que poderia evitar a violência dos bandidos organizados.
NOTA 6- O DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO DOS TIMES REBAIXADOS
* O presidente do América-MG em uma entrevista mostrou a sua preocupação com a queda dos recursos que o seu time terá caso seja rebaixado para a Série B.
O mesmo aconteceu com o presidente do Coritiba que irá perder as benesses do recebimento integral de sua cota como estivesse jogando na Série A, que era injusta para os concorrentes, como aconteceu na atual temporada mesmo jogando na Segunda Divisão.
Na verdade trata-se de um problema grave e no caso do Coritiba o buraco será profundo, saindo de R$ 40 milhões para R$ 8 milhões.
Os próprios clubes nunca analisaram esse problema. Dormiam nos louros da Globo. O impacto é grande, e afeta as suas vidas.
Na Premier League os rebaixados recebem cotas não iguais aos que estão disputando o campeonato principal, mas pelo menos que tenham condições de suavizar a queda.
Escudado no modelo inglês, o presidente da APFUT (Autoridade Pública de Governança do Futebol), Luiz André de Figueiredo Mello, pelo menos teve uma boa ideia, ou seja a criação de um seguro que bancasse uma parte do rombo de uma equipe que perdesse muito dinheiro de TV sendo rebaixada de divisão.
Quem tem que resolver o assunto são os clubes participantes e o Circo do Futebol.
A sugestão dada é bem simples: um seguro, repartido entre os 20 clubes participantes da Série A do ano vigente, que destinariam uma percentual da verba de que recebem para cobrir o rombo do futuro.
Sem duvida trata-se de algo positivo e que deveria ser analisado.
jj: NOTA 1- O amigo acha que o Sport irá escapar? Realmente hoje irá depender de si, mas se perder o jogo terá que ganhar do Santos, e esperar a queda dos demais.
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