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Escrito por José Joaquim

O texto do colunista Jorge Mario Transmonte, do jornal argentino Olé, é um primor de confissão da própria vergonha argentina. O resumo está no título: ' Somos um País de Doentes Mentais', ao comentar o adiamento do jogo da segunda partida da Copa Libertadores entre o River Plate e Boca Juniors.

Trata-se de uma analise relevante que não poderíamos deixar passar em branco, e resolvemos posta-la para o conhecimento dos amigos que visitam o blog.

¨Geralmente usamos o termo 'doente mental' como um insulto, uma desqualificação barata. O doente mental é um paciente psiquiátrico, e alguém que tem a mente doente.

Vejamos os comportamentos que tivemos ao redor deste River-Boca, e nos perguntamos com seriedade sincera: estamos mentalmente saudáveis¨?.

Houve coisas arrepiantes, embora talvez poucas possam demonstrar até que níveis de loucura chegamos na deformação da paixão pelo nosso amado futebol (...), como a mulher que coloca em uma menina um espartilho de fogos de artifícios porque ela pode entrar no estádio sem ser revistada(...). A mulher transforma a menina em um barril de pólvora humano, em uma bomba em potencial que poderia explodir em mil pedaços, em uma imitação sombria das crianças terroristas imoladas em ataques ao redor do mundo.

Conversamos longamente sobre a violência organizada, manipulada, instigada, tolerada, nascida da podre sociedade entre barras-bravas e políticos que os usam e protegem. Mas essas outras coisas, os caçadores urbanos de camisas rivais, o potencial assassino de uma garotinha para atirar foguetes na arquibancada, aqueles que celebram a tempestade de pedras e garrafas no ônibus... esses não são a barra, nem a violência organizada: esses somos nós¨.

Um texto perfeito e que nos deixou uma certeza de que não se pode negar: a mídia portenha é mais irônica ao tratar da rivalidade com brasileiros, e mais séria ao tratar do seu próprio povo.

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