* Com a conquista pelo Palmeiras do título do Brasileirinho de 2018, essa completou nas 16 edições dez troféus para o futebol paulista.
Nas outras seis competições, Minas Gerais ficou com três, todas do Cruzeiro, e o estado do Rio de Janeiro com outras três, sendo duas do Fluminense e uma do Flamengo.
Numa comparação com o Campeonato Brasileiro a partir de 1971, nas suas primeiras 16 edições foram dez campeões diferentes, agora são sete.
O que mais impressiona é a perda do espaço do futebol da Região Sul. Essa conquistou cinco Campeonatos Nacionais entre 1971 e 1985, com os três campeonatos do Internacional (1975, 1976 e 1979) e os títulos de Grêmio (1981) e Coritiba (1985).
Em 2001 o Atlético-PR foi o campeão.
A era dos pontos corridos transformou o antigo Brasileirão em um Brasileirinho do Sudeste, com 4 títulos do Corinthians, 3 do Cruzeiro, 3 do São Paulo, 2 do Fluminense, 2 Palmeiras, 1 do Santos e 1 do Flamengo.
Com o andar atual da carruagem teremos um longo tempo sendo comandado por essa Região, em especial pelos paulistas.
* Os dados foram obtidos na matéria do jornalista Alexandre Simões, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.
NOTA 2- HERANÇA MALDITA
* A negociação de Neymar entre o Santos e Barcelona, sete anos após ainda traz dores de cabeça para o clube peixeiro.
Muita coisa errada aconteceu com essa movimentação, com ações que correm na Justiça do Brasil e da Espanha.
Na última terça-feira na reunião do Conselho Deliberativo do clube, o presidente José Carlos Peres, apresentou a notificação da Fazenda da Espanha com uma cobrança de R$ 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 15 milhões), por conta dessa transferência.
O Fisco cobrou uma taxa de 21% sobre os 17 milhões de euros (R$ 74 milhões) que coube ao time peixeiro. Por conta disso o Santos não poderá sair do país para qualquer jogo.
Trata-se de um fato que estamos sempre debatendo com os nossos visitantes, que é o da falta de transparência nas movimentações dos clubes, e sem uma punição para péssimos gestores.
Deixam o rombo nas mãos dos sucessores e nada acontece.
Enquanto a legislação do futebol brasileiro não for alterada, com a inclusão da obrigatoriedade de que as suas entidades se organizem como Sociedades Anônimas Desportivas (SADs), fatos como esse continuarão acontecendo no dia a dia.
A situação financeira do Santos é trágica. A atual diretoria pagou R$ 70 milhões de dividas, consumindo uma boa parte que foi paga pela transação de Rodrygo para o Real Madrid, e no último trimestre apresentou um déficit em seu balanço de R$ 63 milhões.
Esse é o futebol brasileiro que vive na Ilha da Fantasia.
NOTA 3- OS BONS NÚMEROS DO GRÊMIO
* Na noite da mesma terça-feira em que o Conselho Deliberativo do Santos tomava conhecimento da notificação da Justiça Espanhola, o do Grêmio recebia o balancete trimestral com boas notícias.
O superávit de R$ 69,8 milhões foi o maior da história do clube. Um resultado R$ 53,3 milhões acima do mesmo período de 2017.
A Receita Bruta somou R$ 326,3 milhões, sendo 30,4% maior em relação ao ano anterior. Na realidade o que mais pesou no superávit foi a venda de atletas, no total de R$ 120 milhões.
Um fato muito importante para o futuro do clube foi o da redução do passivo total de R$ 95,8 milhões, e a do endividamento bancário em 49,3% na relação com o exercício anterior.
Um outro destaque foi o valor arrecadado de R$ 54,8 milhões, com 86.600 sócios ativos.
Os números mostraram que o Grêmio está com uma boa gestão, que é uma raridade em nosso futebol.
NOTA 4- O RIO SÓ CORRE PARA O MAR
* O Flamengo tem uma marca poderosa, e por conta disso os mais diversos patrocínios fluem para a Gávea.
Nessa semana a diretoria encaminhou para o Conselho Deliberativo, a renovação do contrato de patrocínio da MRV. Se aprovada a marca da Construtora continuará a estampar a parte superior das costas da camisa do time profissional rubro-negro por mais dois anos. O novo contrato tem valor de quase R$ 20 milhões no período.
O clube renovou também a sua parceria com a Kodilar. Além do fornecimento de produtos alimentícios ao rubro-negro, a marca estará estampada nas camisas de treinos dos jogadores e próximo aos microfones que são utilizados nas entrevistas coletivas.
Na verdade o rio sempre corre para o mar.
NOTA 5- AS ELEIÇÕES NO VELHO LEÃO
* Três chapas foram inscritas para a disputa no processo eleitoral do Sport Recife. Aliás isso já era esperado, desde que achavam que a situação iria correr do páreo, mas resolveu fazer parte da prova com Augusto Carrera na cabeça da chapa.
A oposição apresentou-se com dois candidatos, uma que representa o novo Sport, capitaneada pelo advogado Eduardo Carvalho, e a outra representando o antigo que tem como cabeça Milton Bivar que estava afastado do clube há dez anos.
Não conhecemos os projetos dos candidatos, e não iremos fazer juízo de valor, mas como conhecemos de perto a vida do Leão, com 52 anos de sócio, com mais seis de atleta, e por muitos anos como dirigente, o candidato da atual diretoria mesmo com os problemas existentes, inclusive com o rebaixamento, entra muito forte desde que o sistema sempre funcionou favorável aos que estão no poder.
Vamos aguardar as plataformas de cada um pretendente para que possamos analisa-las, mas com uma certeza de que o Sport necessita de um projeto de refundação para que possa ingressar na era moderna, e para que isso possa acontecer torna-se necessário muita competência.
Na verdade não nos entusiasmamos com as candidaturas.
NOTA 6- O ESPORTE NO MINISTÉRIO DA CIDADANIA
* Enfim arrumaram uma brecha para alocar o Ministério do Esporte.
Sempre achamos que esse deveria fazer parte da Educação, mas o governo eleito o levou para compor o novo Ministério da Cidadania, junto com a Cultura.
Aliás o Ministério do Esporte sempre foi uma bonita sinecura para acolher os apadrinhados políticos, e aprovar projetos que muitas vezes os valores liberados tomaram outros destinos.
Uma Secretaria ágil, com pessoas competentes poderá fazer em um ano o que essa pasta não fez em toda a sua vida.
NOTA 7- O FURACÃO PASSOU PELO MARACANÃ
* O Maracanã não estava lotado mas recebeu um número razoável de torcedores do Fluminense, para o jogo da Sul-Americana contra o time do Atlético-PR.
Começaram animados, e levaram um choque com um gol do Furacão aos 4 minutos do primeiro tempo, amentando para 3x0 o placar agregado.
Ainda insistiram no apoio, mas o time não respondia, e no inicio do segundo tempo em uma jogada trabalhada o placar foi ampliado para 2x0.
Depois do segundo gol a revolta tomou conta das arquibancadas com uma série de protestos contra a diretoria, Marcelo Oliveira e o elenco, e com cenas de agressões entre os tricolores.
O Fluminense completou 767 minutos sem fazer um gol, e terá pela frente um jogo decisivo para a sua vida na Série A de 2019 contra o América-MG.
O rubro-negro paranaense passou para a fase final da Copa Sul-Americana, mostrando que foi sem duvida o melhor acontecimento da temporada ao apresentar um futebol simples e de boa qualidade.
O Palmeiras foi campeão, mas o time do ano foi o Furacão.
JJ: NOTA 5- O Amigo tem inteira razão. Os candidatos não entusiasmam. Quanto a situação história do Sport é rica sobre o sistema de apoio aos candidatos do poder.
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