blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O que deveria ser o melhor campeonato do Brasil termina no final da semana com um sentimento de melancolia. O título ganho pelo Palmeiras em 48 horas depois já não está sendo discutido, por conta da mediocridade da competição, quando o menos ruim e mais rico levou o troféu, com o retorno do futebol de resultados.

O filósofo alemão Immanuel Kant, em uma de suas obras tem um texto que pode se enquadrar à realidade de nosso futebol: ¨Do pau torto que é a humanidade nunca se fez nada reto¨. Se não mudarmos o sistema desse pau não sairá uma simples bengala.

Uma competição em que o craque deverá ser Dudu, um jogador apenas mediano e voluntarioso, fala por tudo.

Na realidade, o Circo que comanda o famoso esporte da chuteira no país conseguiu o que seria impossível de fazê-lo o de destruir algo bom, quando deixou de agregar bons valores ao seu melhor produto interno que é o Brasileirinho, e isso se fez presente nos gramados quando durante a temporada os times lançaram os seus reservas por conta de outras competições.

A qualidade técnica que já era baixa, afundou. A pobreza tática do futebol brasileiro incomoda e tais arranjos afastam os torcedores.

O oba-oba dos Regulamentos, os protocolos adotados para cada jogo, não agregam nada a um produto que necessita de bons jogos, e para que isso aconteça, existe a necessidade de bons jogadores, titulares de seus times.

O calendário é grotesco e irracional, quando mistura alhos com bugalhos. Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana, todos ao mesmo tempo. Na hora da opção os clubes correm para aqueles que distribuem maiores recursos, que deveria ser o inverso.

A atratividade de um jogo é a agregação de valores, que vão além de equipes fortes na sua disputa, com a estruturação da competição e o respeito às suas regras.

O Circo na verdade só acredita na sua seleção, que é a galinha dos ovos de ouro, e permite essa mistura de eventos ao mesmo tempo que vem destruindo o que de bom tinha em nosso futebol.

O maior inimigo desse esporte por incrível que pareça é a entidade que o organiza, destruidora por natureza, conseguiu transformar um produto com um bom valor de mercado, em algo emperrado em uma prateleira.

Por conta disso é que o futebol brasileiro regride ano a ano, e se aproxima do Juízo Final, e parte da imprensa lá de baixo aplaude por conveniência.

O filósofo alemão tinha inteira razão.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar