Uma sociedade sem transparência é como um rio sem água. Não serve para nada. Há anos que debatemos esse tema com relação ao futebol brasileiro, e em especial o nosso, e ontem ao pesquisarmos os nossos arquivos nos deparamos com uma pesquisa formulada pela Pluri Consultoria em 2012, com base nos balanços de 2011 de 32 clubes, e o melhor colocado entre os de Pernambuco foi o Náutico, no 20º lugar, ou seja na rabeira da transparência.
Tal fato vem comprovar que nada mudou, ou seja, os nossos cartolas detestam tal palavra. Cinco anos após, continuamos com os mesmos problemas e os últimos acontecimentos com relação a sucessão do Sport foi a comprovação daquilo que sempre estamos debatendo.
De acordo com a Pluri, na ocasião o alvirrubro da Rosa e Silva, foi considerado como de nível médio com relação a disclosure. O clube não publicou o organograma, orçamento para o ano seguinte, relatório anual e a politica de governança. Somou 20 pontos.
O Santa Cruz ficou na 23ª posição entre os 32 analisados. A pesquisa constatou que o Balanço não foi publicado no site do clube, o parecer dos auditores, também não foi aberto para os associados.
O nível de discosure foi considerado baixo. Não publicou o orçamento, assim como a politica anual de governança. Somou 15 pontos.
O Sport Recife foi o de pior pontuação entre os clubes da capital, 24º. O clube não disponibilizou o balanço no site, juntamente com o Parecer dos Auditores, o nível de disclosure nas informações foi médio, e baixo por não ter publicado o organograma, orçamento anual, e a política da governança corporativa. Somou 10 pontos nos sete critérios.
Tivemos a preocupação de analisarmos mais uma vez os balanços de 2015 desses três clubes, e verificamos que a maioria dos critérios adotados pela pesquisa continuaram não sendo atendidos, o que mostra uma realidade de que a transparência nesses só existe no papel.
Os dirigentes deveriam entender um fator bem importante para suas gestões, ou seja, quanto mais confiança o mercado abre as suas portas, e com isso mais investimentos.
A lógica correta é bem simples: quanto maior for a credibilidade, melhor será o seu poder de atração e sobretudo a barganha para conseguir bons negócios com os investidores, que são seguidores da transparência.