* Manoel Flores, diretor do setor de competições do Circo Brasileiro de Futebol, que entende tanto desse esporte como nós de física quântica, em uma entrevista achou que as duas maiores divisões do Brasileirinho foram excelentes, em especial a Série A por conta do aumento de público.
Sabíamos que no picadeiro a saída para uma competição grotesca seria o tema público nos estádios.
Na realidade essa foi uma das piores da história, onde teve de tudo menos o que se chama de futebol.
Um campeonato muito desorganizado, com jogo adiados, arbitragens trágicas, times mistos proliferando nos gramados, e o mais grave a pior média de gols desde a temporada de 1990, com apenas 827 redes furadas em 380 partidas, e uma média ridícula de 1,87 por jogo.
Jamais uma competição poderia ser excelente quando a essência do futebol foi relegada, os gols desapareceram e o 0x0 foi o dono do pedaço.
O campeão Palmeiras teve o melhor ataque com 64 gols. Apenas 1,68 por jogo, o que coloca o time alviverde com a quarta pior artilharia de um primeiro colocado na era dos pontos corridos.
Uma analise como essa mostra o quanto estamos no item gestão, quando o Circo que destruiu o futebol salta foguetes para comemorar algo que poderia ser tratado numa estação de esgotos.
Nós bem que merecemos.
NOTA 2- A GESTÃO TEMERÁRIA NA ENTIDADES
* A lei 13.156 de 04 de agosto de 2015, em seu artigo 24, considera que os dirigentes das entidades desportivas profissionais de futebol, independente da forma jurídica adotada tem seus bens particulares sujeitos ao disposto no art. 50 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2001- Código Civil.
O artigo 25 dessa Lei, considera como atos de gestão irregular ou temerária pelo dirigente, aqueles que revelem desvio de finalidade na direção da entidade, ou que gerem risco excessivo e irresponsável para o seu patrimônio.
Entre esses, temos a antecipação ou comprometimento de receitas, referentes a períodos posteriores ao término da gestão ou do mandato, salvo: percentual de até 30% (trinta por cento) das receitas referentes ao primeiro ano do mandato subsequente, ou em substituições a passivos onerosos, desde que implique redução do nível de endividamento.
Um item bem importante da Lei é o da punição para o gestor que formar déficit ou prejuízo anual acima de 20% (vinte por cento) da receita bruta apurada no ano anterior.
Obvio que existem atenuantes e entre esses o da comprovação que não houve má fé nos erros cometidos.
Existe uma controvérsia para a aplicação dessa Lei, ou seja só poderão ser punidos os dirigentes dos clubes que estão no Profut, mas existe uma linha jurídica que garante que após a denuncia aprovada pela Assembleia Geral do Clube, independente do Profut os cartolas poderão ser punidos de acordo com o Código Civil.
Os clubes brasileiros deveriam colocar em seus estatutos um artigo sobre as gestões temerárias, como o está fazendo o Internacional.
NOTA 3- A CABRA ESTÁ SOLTA NA ESPN
* O jornalismo brasileiro tem sofrido com relação a insegurança nos empregos, cuja oferta hoje é maior do que a demanda.
Vários profissionais foram afetados com o fechamento do Esporte Interativo, e sentem dificuldades para serem captados pelo mercado.
Na Espn a saída de profissionais tem sido constante. A cabra está solta nos estúdios dessa empresa.
A última vitima foi Eduardo Monsanto, bom narrador e apresentador, que depois de 14 anos de casa foi demitido por um comunicado.
Quem escapou foi Juliana Veiga excelente apresentadora, que estava na relação para ser comida pela cabra.
Por outro lado, tomamos conhecimento de que os profissionais que estão renovando os contratos, estão fazendo mediante a redução dos salários, pelo menos com 20% a menos.
Com um mercado contrário é bem obvio que todos irão concordar por conta da manutenção dos seus empregos.
São coisas do jornalismo brasileiro, que fica preso aos diretores das empresas.
Lamentável.
NOTA 4- TORCIDA ORGANIZADA DO FLAMENGO ESTÁ PROIBIDA DE FREQUENTAR ESTÁDIOS
* A torcida organizada do Flamengo ¨Raça Rubro-Negra¨ e três dos seus dirigentes estão proibidos de frequentar quaisquer eventos esportivos no Brasil após uma liminar concedida pela Justiça do Rio de Janeiro.
Uma noticia que já vimos muitas vezes, e que em pouco tempo essa estará infernizando os torcedores nos dias de jogos. Falta coragem aos nossos governantes para uma medida extinguindo esses tipos de torcedores.
O pedido dessa liminar foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro após a torcida descumprir um Termo de Ajustamento de Conduta que havia sido firmado pelo próprio MP, com o Ministério do Esporte e com a Policia Militar.
Integrantes da Torcida se envolveram em dois episódios de brigas nesse final de ano: um no Maracanã, Rio de Janeiro, e outro no Morumbi, São Paulo.
O MP também pede que a torcida pague uma multa de R$ 100 mil por danos coletivos, e seus integrantes sejam proibidos de frequentarem o entorno dos estádios em um raio de 5 mil metros. A decisão será tomada ao longo do processo.
O Flamengo foi notificado da decisão para que se abstenha de fornecer ingressos aos membros da Raça Rubro-Negra.
O problema será o da logística para o cumprimento da liminar, desde que esses torcedores podem mudar as suas vestes e com isso burlar a fiscalização.
NOTA 5- SEM FUTEBOL A ATRAÇÃO ESTÁ NA ELEIÇÃO NA GÁVEA
* O Flamengo elege neste sábado o seu novo presidente, e se nada acontecer por conta de algum fato novo nos bastidores do clube, o candidato da oposição, Rodolfo Landim irá se eleger, derrotando a situação representada por Ricardo Lomba, com o apoio do atual mandatário, Eduardo Bandeira de Mello.
Embora a gestão de Bandeira de Mello tenha sido uma das melhores da história do clube, quando o tirou do atoleiro das dividas que estavam acima de R$ 700 milhões, reduzindo-as para um pouco mais de R$ 200 milhões, e totalmente programadas, além do crescimento do seu patrimônio, e com a maior receita entre os rivais do país, essa será julgada pela falta de títulos e não pela consolidação do rubro-negro carioca.
Infelizmente tal fato é uma realidade no futebol brasileiro quando o associado não quer saber de uma boa administração se essa não trouxer troféus para a sua sede. Um campeonato representa tudo, mesmo se esse deixar rombo nos cofres das entidades.
Na verdade o eleitor de hoje na Gávea poderá tolher um trabalho bem elaborado por seis anos e que certamente iria colher frutos no futuro próximo, para atender o canto da sereia.
Eduardo Bandeira de Mello será mais um a deixar um clube de futebol com o sentimento de um bom trabalho que o tornou um gestor de referência, mas não aprovado por aqueles adoradores de títulos mesmo às custas de um debacle financeiro.