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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro tem como notícias mais relevantes os problemas financeiros dos seus clubes, que não separam os poderosos dos menores. A quase totalidade está no mesmo barco que aos poucos vai afundando.

Com poucas e boas exceções estão com o pires nas mãos, e observam no meio da miséria algo contraditório, quando a entidade que administra o futebol nada em ouro, e ainda se permite pagar altas mesadas aos seus dirigentes, e salários para os presidentes das federações.

Certamente trata-se de uma relação equivocada. De um lado aqueles que fazem o futebol; do outro a entidade que o administra, sequer tem um só clube. Os números são espantosos, e na realidade não tomamos conhecimento pela falta de transparência.

Trata-se de uma entidade privada que busca a rentabilidade em seus negócios, mas os seus patrocínios vem por conta de um bem cultural do Brasil, que é a sua seleção, que enche suas burras, sem uma distribuição maior para todos os segmentos envolvidos.

O Circo pode ser rico, mas para que serve essa riqueza, se os seus filiados estão morrendo de inanição?

De que adianta tantos recursos, se esses estão endividados, salários atrasados, recorrendo a empréstimos para as suas sobrevivências? Trata-se de uma relação promíscua, utilizando um mesmo produto. De um lado, um ganha tudo; do outro, os demais choram de fome.

É um confronto desigual, pois os que fazem o futebol são os clubes, e estes estão cada dia mais endividados, e aquela que o administra e que não joga bola, cada vez mais rica.

O Circo é do futebol, mas não gosta desse esporte, pelo contrário, o deprecia, com campeonatos mal elaborados, um calendário nocivo e irresponsável, e enche os seus cofres com recursos da seleção, que não sabemos como são aplicados.

A democratização dos recursos é fundamental para que o futebol brasileiro possa voltar a se desenvolver, e isso só poderá acontecer com a organização de competições rentáveis e sobretudo na busca de investimentos para os clubes, estimular o fortalecimento da base, e não os usar como um fator de manobra politica, para ter o seu sustentáculo.

A cada empréstimos que faz a uma entidade, é mais uma compra de consciência, e a garantia de apoio, e para esse mais um compromisso e uma ilusão da solução de um problema imediato, quando na realidade o fim já vem sendo anunciado.

As carpideiras choram, enquanto três ex-presidentes do Circo foram defenestrados sob suspeitas de corrupção, e os presidentes das Federações se contentam com suas mesadas, deixando de lado, o sucesso do futebol.

Trata-se realmente de uma ligação muito perigosa, que no final só prejudica os clubes, por conta de dirigentes que também pouco se importam com esses.

A única solução viável seria a constituição de uma Liga Nacional, mas a covardia impede que isso aconteça.  

Comentários   

0 #1 RE: NADANDO EM OURO NO MEIO DA MISÉRIARUBRO-NEGRO 10-12-2018 13:35
JJ; O amigo tirou uma radiografia do futebol do Brasil. O que está escrito nessa postagem é o que assistimos nesse setor, com clubes endividados, a CBF rica e todos calados.
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