As mudanças do futebol brasileiro são as palavras da moda. Em todos os veículos de comunicação o que lemos e ouvimos são os editoriais sobre as transformações que serão necessárias para melhorar esse esporte no país. Tudo muito bonito, às vezes bem escrito, bem falado, mas jamais irá a acontecer por conta do atual modelo.
Que mudanças serão essas com o mesmo sistema enraizado destruindo o futebol nacional?
Mudanças com os atuais dirigentes? Mudanças com o atual calendário esportivo? Mudanças sem uma lei efetiva de responsabilidade fiscal? Mudanças sem alterações na distribuição dos recursos? São apenas elocubrações de quem não deseja mudar. O país sediou uma Copa do Mundo e não aproveitou o seu legado.
Todos falam em mudanças, mas não dizem como essas poderão ser efetuadas, e acharam que um Profut da vida iria resolver os problemas que estão bem fincados, e só com a ajuda de uma grande escavadeira poderão ser retirados.
O futebol não é uma brincadeira para dirigentes amadores, a fim de animar os seus egos. É assunto de profissionais, que tem que ser gerido com planejamento.
Os problemas extra-campo dos grandes endividamentos, são as consequências de uma causa chamada gestão, que na maioria dos clubes são temerárias, levando-os ao buraco em que se encontram.
Mudanças não estão atreladas apenas ao refinanciamento das dividas dos diversos clubes, e sim nos seus gerenciamentos, como nas Federações estaduais e da Confederação, que formam a base da pirâmide do futebol, que são dirigidas sem nenhuma visão de administração e de estratégia gerencial.
Precisamos mudar os meios de formação de atletas, tirando-os dos agentes e deixando-os nas mãos de equipes competentes, e que possam levar não apenas o futebol e sim a preparação do cidadão, através da escola.
Sem profissionais e uma estrutura física adequada que permitem incrementar a formação de atletas, não haverá o resgate da maneira de jogar do futebol brasileiro, e tudo continuará como dantes.
Certamente mudar é necessário, mas o como mudar é o mais importante, e isso nunca irá acontecer se não forem modificadas as praticas atuais, que possa assim aumentar a credibilidade desse esporte, e para isso torna-se necessário o que pregamos há anos, a implantação de uma agencia reguladora de verdade, não a de ficção que hoje existe com o nome de Apfut.
Se estão pensando em mudar com o comando do Circo que é a continuidade de Ricardo Teixeira, Jose Maria Marin e Marco Polo Del Nero, com presidentes das Federações e da maioria dos dirigentes dos clubes, nada mais do que uma ilusão, desde que foram esses que levaram o futebol ao fundo do poço, e de maneira lógica seria impossível alguma colaboração de quem assim procedeu.
Ou cortamos os dedos e jogamos os anéis no mar, ou iremos continuar com os mesmos procedimentos. O maior problema do futebol brasileiro é o ser humano, que não aceita transformações.
Comentários
0#1RE: MUDANÇAS? —
ANTONIO CORREIA17-12-2018 15:01
JJ: Mudar com o sistema que está implantado jamais irá acontecer. O artigo é mais um dos perfeitos que o amigo publica. Faz uma analise real de um tema que se perde nas palavras.
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