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Escrito por José Joaquim

Mais um ano que se finda e o futebol brasileiro continua na sua marcha regressiva, e com quase nada a se comemorar.

Os problemas são os mesmos, dos anos anteriores, clubes com problemas financeiros, o modelo da idade da pedra que continua em vigor através do seu Calendário irracional. Trata-se de uma panela que vem sendo mexida por várias colheres, com um produto final que sai ou muito doce, ou muito salgado.

Na verdade trata-se de um tema complexo e que merece uma analise profunda e racional.

Comparações com o futebol europeu são salutares, principalmente pela sua organização e qualidade, que estão bem acima do nosso, mas devemos sempre lembrar que tirando uma parte da Rússia, a Europa cabe no Brasil, onde cada pais representa um estado de nossa Federação.

O calendário deveria ser universal, uma Liga é o único caminho a ser trilhado para uma transformação radical no esporte da chuteira em nosso país.

Se discute pontos irrelevantes que fazem parte do futebol brasileiro, e deixam de lado os clubes menores que formam uma maioria, e que não tem calendário na maior parte do ano. Se esses tivessem jogos durante toda a temporada quantos atletas seriam revelados?

Um pequeno grupo de associações tomaram conta do vasto território nacional. O futebol retornou ao período das Capitanias Hereditárias, onde o Capitão-Mor era dono de um largo pedaço, com o direito a ser sucedido pelos seus herdeiros.

Os estaduais que antes cobriam quase o ano inteiro se tornaram jurássicos, verdadeiros fantasmas rondando os estádios. O nosso sistema futebolístico é autofágico com os menores sendo trucidados e engolidos pelos maiores. Clubes com grandes torcidas aos poucos estão sendo exterminados.

Não observamos nenhuma ação com respeito a proteção de times menores, que ficam sazonais por seis meses do calendário do futebol em sua grande maioria. Quem já pensou em aumentar o número de participantes nas competições, de forma regionalizada, com uma grande final entre os melhores? Nessa temporada clubes como o Náutico e Santa Cruz ficaram hibernando por longos meses.

A terceira divisão da Espanha é disputada por 80 clubes em quatro regionais, mas os que estão no comando e no entorno do nosso futebol não conseguem enxergar.

Na verdade os clubes que são chamados de grandes e a imprensa de seus estados só pensam nos seus umbigos. Vivemos numa ditadura do Sul e Sudeste.

Enquanto não sairmos do sistema do Brasil Colônia, a extinção do futebol brasileiro vai sendo procedida, e clubes com boas demandas estão sendo consumidos pela autofagia encomendada por uma dúzia de proprietários do território nacional.

Sempre estamos postando artigos sobre esse tema, e tornamos a repetir que o debate tem que ser profundo, desde que o futebol não pertence a uma minoria, que só nas ditaduras tem poder, desde que numa democracia a maioria é ouvida, respeitando sempre a minoria. Nesse esporte é o inverso, onde a minoria manda, e mata em massa  a maioria.

Coisas de regimes ditatoriais.

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