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Escrito por José Joaquim

Há um bom tempo que analisamos a precariedade da mão de obra em nossos clubes esportivos, em especial os de Pernambuco.

Os anos passam e nada muda, sem que haja um trabalho eficiente de capacitação profissional que atenda as exigências relativas aos novos padrões de prestação de serviços que são necessários ao esporte moderno.

As gestões mudam e o sentimento é igual, ou seja, os funcionários são relegados a um plano secundário e muitas vezes com salários acanhados que tiram o estimulo desses profissionais, e que em alguns clubes são pagos com meses de atraso.

O clube é como uma empresa do mundo capitalista, e o seu corpo profissional é sem duvidas a sua espinha dorsal, mas terá que ter o devido preparo para participar das discussões com suas ideias.

Não se pode contratar um profissional por apenas ser amigo de alguém ou então por interesses não institucionais, no famoso cala a boca. Contrata-se um parente de alguém que possa ajudar a entidade, sem que esse tenha a capacidade de assumir o cargo a ser preenchido. Os clubes ainda usam o QI, não o Quociente intelectual e sim o ¨Quem indicou.

Qual dos nossos clubes realizam eventos, palestras ou cursos de aperfeiçoamento para a sua mão de obra, dando-lhe a especialidade necessária ao atendimento de novos padrões de gestão?

Os nossos dirigentes são irmãos gêmeos dos nossos políticos, que nada fazem para mudar o sistema educacional, com o intuito de não criar com isso novas cabeças pensantes, que no final poderão dar-lhes um bom chute no traseiro.

O maior prazer dos cartolas é a contratação de jogadores. É o que os conduzem ao céu. Um verdadeiro orgasmo, e para isso deixam de lado uma mão de obra especializada e própria que tenha a condição de discernimento do que é bom e ruim para o clube, e com um sentimento ético de não ganhar comissões. Esse sistema já está sendo implantado com sucesso por algumas entidades.

Um clube bem planejado, com uma boa equipe profissional poderá sobreviver  as ações de dirigentes atabalhoados, desde que tenha pessoas que possam conduzi-lo ao padrão ideal, que saibam fazer um orçamento, discuti-lo, que possam analisar contas e projeções, que façam licitações de compras, entre outros pontos, e que toquem a sua vida sem a participação constante de um diretor amador e apaixonado, que poderá jogar fora todo o trabalho.

No Sul e Sudeste algumas agremiações procuram promover vários eventos de aperfeiçoamento de sua mão de obra, mas na grande maioria, inclusive as de nosso estado, as gestões continuam na idade da pedra, e entregues totalmente a dirigentes, que muitas vezes não sabem o que é planejamento, palavra entendida como pornografia.

Que os cartolas continuem contratando os seus jogadores, mas que cuidem de sua mão de obra qualificando-a, que as gestões sejam mais eficientes e profissionais.

O futebol brasileiro só evoluirá com a faxina geral e sobretudo com a modernização de sua gestão, que deverá sair da época da caderneta das antigas vendas e ingressar na era globalizada.

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