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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ESTUPIDEZ FUTEBOL CLUBE 

* O futebol do domingo começou com um jogo no horário matinal, envolvendo os times do Cruzeiro e Atlético-MG, que não deveria ter sido realizado por conta da tragédia que aconteceu em Brumadinho, cidade mineira que conta com torcedores dos dois clubes, e muito desses estão ainda soterrados pela lama que tomou conta da região.

O número de mortes crescendo a cada hora, enquanto a bola rolava.

O Galo Mineiro tentou suspender o jogo, mas na noite de sábado  numa reunião que foi realizada na Federação local, os cartolas da Raposa não aceitaram, e tiveram o apoio da entidade que deveria ter cancelado-o por uma questão de humanidade, e de respeito ao sofrimento do povo de uma cidade que chorava os seus mortos. Tomamos conhecimento que a Globo não concordou.

Na realidade a sociedade brasileira embruteceu, momentos como esses não são respeitados, e no mesmo estado de uma catástrofe os jogadores correram atrás da bola. Algo que beira a insanidade.

O brasileiro está perdendo o pouco que lhe restava da solidariedade, e tal fato vimos no último sábado no jogo entre Botafogo x Flamengo quando do minuto de silencio pelas vitimas dessa tragédia, os torcedores continuaram com os seus gritos de guerra. Verdadeiros idiotas.

Lamentável.

NOTA 2- NO CLÁSSICO MINEIRO O ESPETÁCULO FOI O APITO AMIGO

* No jogo que não deveria ter acontecido mas os estúpidos assim não consideraram, o Cruzeiro empatou com o Atlético-MG por 1x1.

Um placar que poderia ser justo pelo que os times jogaram, mas o Galo foi prejudicado pelo árbitro amigo Wanderson Alves de Souza que deixou de marcar um pênalti favorável ao alvinegro, e ao mesmo tempo inventou um para o lado do time Celeste.

O Cruzeiro bem mais entrosado esteve melhor no primeiro tempo, por conta do péssimo posicionamento do setor defensivo do rival. Os gols saíram de penalidades no segundo tempo que foi melhor para o Atlético que perdeu a chance da vitória nos pés de Cazares.

A arbitragem foi trágica, inclusive foi substituído por conta de uma lesão, mas um fato constrangedor foi que a sua saída se deu após a marcação do pênalti contra o Galo, quando esse já estava mancando e bem longe do lance.

Enquanto o atacante Fred da equipe Celeste dançava  a música da Piscininha com seus companheiros após o gol sem o menor respeito ao que estava acontecendo em Brumadinho, o melhor momento de todo o jogo foi a atitude de Fabio Santos não comemorando o empate e, diante da câmera pediu força ao povo de Brumadinho.

São coisas de um futebol quando os cartolas permitiram uma partida no estado que está vivenciando momentos trágicos.

Ainda bem que tivemos Fábio Santos.

NOTA 3- UM PASSEIO NA ILHA DO RETIRO 

* Um pouco mais de oito mil torcedores estiveram na Ilha do Retiro para presenciarem o ex-clássico dos clássicos do moribundo futebol de Pernambuco.

O Leão aproveitou-se do sono do Timbu e se impôs, derrotando-o por 3x1. Foi um verdadeiro passeio no gramado. 

Na verdade o Sport tecnicamente foi superior ao Náutico e melhor durante todo o tempo de jogo.

O rubro-negro mostrou alguma evolução e o placar foi justo, embora o jogo tenha sido insosso, o que é obvio por conta da falta de uma pré-temporada, que está sendo feita em plena competição.

O Náutico precisa melhorar, desde que pelo andar da carruagem terá um ano de sofrencia. 

NOTA 4- O SHOW DO TIME DE SAMPAOLI  

* Os técnicos do nosso futebol acham que sabem de tudo e não tem nada que aprender com profissionais estrangeiros. O resultado dessa arrogância é que há 16 anos o país não ganha uma Copa do Mundo.

Jorge Sanpaoli chegou ao Santos sendo desacreditado pelas mídias do Sudeste por conta do que aconteceu com a seleção da Argentina, esquecendo o seu passado.

O time peixeiro em crise, perdendo os seus bons jogadores e com atletas sendo rifados  mudou de cara. Por indicação do técnico foram contratados alguns estrangeiros desconhecidos. O trabalho começou e a cada jogo um show de futebol.

A vítima de ontem foi o time do São Paulo, que sofreu uma derrota para os comandados de Sampaoli pelo placar de 2x0 quebrando a sua invencibilidade.

Jogando com intensidade o time santista dominou o primeiro tempo. Teve maior posse de bola (64% a 35%). Tiago Volpi goleiro do São Paulo fez boas defesas. O time do Morumbi pouco assustou.

Na segunda fase nada mudou, muito pelo contrário, com o time santista continuando com a posse de bola, sem retranca para segurar o resultado  e o ampliou para 2x0.

O São Paulo tentou chegar ao gol adversário mas a defesa do time peixeiro segurou o seu ataque. O jogo foi bom, o tricolor um ótimo adversário, mas no outro lado do banco tinha um treinador que conhece do riscado e faz o seu time jogar para ganhar.

O Santos financeiramente não tem como competir com os maiorais, e tem um elenco pequeno, mas de uma coisa temos a certeza de que irá fazer do futebol sempre um espetáculo agradável. 

NOTA 5- A CARA DO BRASIL

* Estamos lendo o segundo volume da autobiografia não autorizada do espetacular Jô Soares, e em um dos seus capítulos apareceu algo que não poderíamos deixar de passar para os nossos visitantes, desde que o fato narrado tem algo a ver com o nosso futebol.

Segundo Jô, um assessor de Paulo Maluf que tinha se afastado do governo do estado de São Paulo para se candidatar a deputado federal o procurou  para que fizesse algo para a sua campanha, inclusive oferecendo dinheiro para que o artista preparasse um quadro que pudesse ajuda-lo na eleição, e ao mesmo tempo não critica-lo.

Perguntou quanto Jô queria para esquecer Maluf.

Não teve êxito, e na saída quando o artista o estava acompanhando até o carro lhe fez uma pergunta: Como ia o governador substituto? A resposta veio de imediato: ¨Esse rouba! Em quatro meses roubou mais do que Maluf em toda a sua carreira¨.

Quem governava no lugar de Maluf era o José Maria Marin, que está numa prisão nos Estados Unidos por corrupção no futebol.

Essa é a cara do Brasil.

NOTA 6- TRÊS BILHÕES JOGADOS FORA

* A Pluri Consultoria elaborou um estudo sobre o futuro de três arenas que foram construídas para a Copa do Mundo de 2014, e que se transformaram em elefantes albinos.

O total dos seus custos foi de R$ 3 bilhões.

Quantos hospitais, e quantas escolas poderiam ser construídos?

A arena de Brasília que tem o nome de Mané Garrincha teve um custo de R$ 1,7 bi, sendo a segunda obra mais cara do mundo no setor. Em cinco anos foram realizados 464 jogos, com um público médio de 1.150, e uma Renda Liquida de R$ 1.828. Para recuperar o investimento seriam necessários 216.343 jogos dos estaduais, e com 2.279 anos.

A arena do Mato Grosso, batizada de Pantanal teve um custo de R$ 646 milhões. Nos últimos cinco anos  recebeu 389 jogos, com uma média de público médio de 709 pagantes, e uma Renda Liquida de R$ 1.815. Para a recuperação dos investimentos realizados teriam que ser realizados 89.310 jogos (estaduais) no espaço de 1.216 anos.

O terceiro elefante branco está localizado no Amazonas e tem o nome de Arena Amazônia. O seu custo foi de R$ 670 milhões. Nos últimos cinco anos abrigou 359 jogos, com uma média de público de 486 pagantes, com uma Renda Liquida de R$ 282.  Para que os investimentos fosse recuperados seriam necessários 3.207 jogos dos estaduais, e 3.207 anos.

Na verdade fatos como esses fazem parte do Inacreditável Futebol Clube.

Comentários   

0 #2 RE: NOTAS AVULSASBLOGDEJJ 28-01-2019 16:23
Citando Ival Saldanha:
Com relação ao seu artigo "Notas Avulsas - Nota 3 - Um Passeio na Ilha do Retiro", que apresentou neste domingo apenas cerca de apenas oito mil pessoas para assistir um jogo entre o Sport e Náutico em pleno domingo à tarde, que mais parecia uma segunda à noite chuvosa na Ilha do Retiro. Uma Ilha quase vazia numa tarde de domingo ensolarada. Você tem razão caro JJ, um ex Clássico dos Clássicos do Futebol Pernambucano. E eu pensava há algum tempo atrás que a culpa era dos Estádios. Os Estádios não tem culpa nenhuma por estarem vazios caro amigo. Quase às moscas em comparação com as suas capacidades de público programadas. O que estar ocioso mesmo é o futebol pernambucano e a civilidade do torcedor. ( Os "Amarelinhos" voltaram caro JJ). Sport 3 x 1 Náutico. Fácil, fácil. O sport já é líder sem quase nada jogar. Começou mais um Campeonato Estadual Pernambucano. O tempero do nosso Campeonato continua o mesmo caro JJ: sem sal, aguado. Precisamos melhorar esse cardápio urgentemente. Um abração, Ival Saldanha



Prezado Ival: A sua analise está correta. Para nós que assistimos esse jogo quando era clássico dos clássicos com os estádios lotados, o vazio da Ilha é constrangedor. Mataram o futebol de Pernambuco.
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0 #1 UM DOMINGO PARECENDO UMA SEGUNDA CHUVOSA -IS/Ival Saldanha 28-01-2019 15:29
Com relação ao seu artigo "Notas Avulsas - Nota 3 - Um Passeio na Ilha do Retiro", que apresentou neste domingo apenas cerca de apenas oito mil pessoas para assistir um jogo entre o Sport e Náutico em pleno domingo à tarde, que mais parecia uma segunda à noite chuvosa na Ilha do Retiro. Uma Ilha quase vazia numa tarde de domingo ensolarada. Você tem razão caro JJ, um ex Clássico dos Clássicos do Futebol Pernambucano. E eu pensava há algum tempo atrás que a culpa era dos Estádios. Os Estádios não tem culpa nenhuma por estarem vazios caro amigo. Quase às moscas em comparação com as suas capacidades de público programadas. O que estar ocioso mesmo é o futebol pernambucano e a civilidade do torcedor. ( Os "Amarelinhos" voltaram caro JJ). Sport 3 x 1 Náutico. Fácil, fácil. O sport já é líder sem quase nada jogar. Começou mais um Campeonato Estadual Pernambucano. O tempero do nosso Campeonato continua o mesmo caro JJ: sem sal, aguado. Precisamos melhorar esse cardápio urgentemente. Um abração, Ival Saldanha
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