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Escrito por José Joaquim

No futebol europeu a permanência de um atleta em seu clube é muito maior do que acontece em nosso país.

Hoje os nossos times são ocasionais para os profissionais. Quando chegam tiram fotos com os cartolas, colocando as suas camisas, com um gestual programado pelos marqueteiros, dão entrevistas com juras de amor, e pouco tempo depois já estão procedendo da mesma forma em outra agremiação.

É uma rotatividade, que prejudica a empatia com o torcedor, que no final de cada temporada não sabe o nome do seu time completo, por conta de tantas mudanças.

O jogador de camisa desapareceu no Brasil. Existem fatos pontuais como o de Rogério Ceni, no São Paulo, com 25 anos de clube, ou de Magrão no Sport desde 2005 (14 anos). Por uma coincidência ambos são venerados por torcedores, e essa longetividade só acontece por serem goleiros cujo mercado é limitado no país, onde se aproveita os atletas formados em casa.

Poderia se pensar que a durabilidade de um atleta com as camisas dos times da Europa é motivada pelos longos prazos dos vínculos, mas no Brasil também temos contratos com cinco anos, que são rasgados no primeiro período de vigência, desde que a maioria dos jogadores não pertencem mais aos clubes e sim aos empresários, que compram de forma paralela os seus direitos por conta das eternas dificuldades financeiras.

Muitas vezes em nosso futebol temos times bimestrais, com clubes contratando mais de 40 jogadores, formando grupos de dois em dois meses, que passam desconhecidos dos seguidores. O interessante é que o próprio torcedor no final da temporada tem dificuldades de escalar o time do seu clube que atuou durante o período.

Procuramos alguns jogadores que foram ídolos em seus clubes, com um grande tempo de permanência vestindo as suas camisas. Pelé passou 18 anos no Santos, com 1.115 jogos realizados, Roberto Dinamite vestiu a camisa vascaína por 21 anos, com 1.110 jogos, Ademir da Guia, 15 anos de Palmeiras, com 941 jogos, Marcos também do Palmeiras, 20 anos, e 532 jogos realizados.

Na Europa, Xavi Hernandez atuou por 24 anos no time do Barcelona, Francisco Totti no Roma completou 25 anos, Giggs aposentou-se em maior pelo Manchester United, após 22 anos de clube, e 963 jogos. Existem vários exemplos de um futebol ainda romântico dentro do atual mercantilismo capitalista, quando alguns atletas começam e encerram carreiras em seus clubes.

O processo de negociação é normal, mas o que temos no Brasil é algo fora do contexto, quando os clubes perderam os direitos econômicos dos seus jogadores, para que possam cobrir os rombos que são procedidos por gestões equivocadas.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, mas o ideal é que tivéssemos uma maior permanência dos jogadores usando camisas dos seus clubes, atraindo mais ainda os torcedores, inclusive na aquisição de produtos oferecidos.

Um sonho que poderia transformar-se em realidade, e para que isso acontecesse, teríamos que mudar o sistema de gestão que apodreceu e acima de tudo em alguns casos é corrupto.

Comentários   

0 #6 RE: TIMES OCASIONAISCLEITON LIMA 04-02-2019 16:53
JJ: O Ival com seu comentário já disse tudo que eu pretendia escrever. Na verdade o futebol. Exista a empatia entre torcida e times que na sua maioria eram repetitivos. Hoje se tornaram ocasionais.
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0 #5 RE: TIMES OCASIONAISBLOGDEJJ 04-02-2019 16:48
Citando Ival Saldanha:
Como manter os jogadores por mais tempos jogando nas equipes brasileiras nesse predadorismo financeiro dos dias atuais caro JJ? Todos os Clubes vivem num verdadeiro deserto na secura dos seus cofres por péssimas gestões ano após ano. Recebem muito, mas gastam mais ainda e descontroladamente sem transparência nenhuma. Viu o que aconteceu com o Arnaldo Barros no Sport! Presidente de Clube de futebol nunca é preso por isso. Acabou aquele tempo do Ademir da Guia 15 anos jogando no Palmeiras, do Roberto Dinamite 21 anos no Vasco. Isto agora é um sonho. Magrão só estar há todo esse tempo no Sport, porque ninguém se interessou de verdade e seriamente nele. Caso contrário já estaria longe do Sport há muito tempo. Hoje jogador de futebol é como circo mambembe; cada semana estar em um lugar diferente. Nasceu jogando bola e bom de bola, já existe um empresário junto dele como um verdadeiro carrapato irmão siamês atrás das comissões. Jogador de futebol hoje não mais pertence ao Clube e sim ao empresário, que para mim não passa de um mero atravessador do futebol. Empresário é João Carlos Paes Mendonça. Dirigentes de futebol não mais pensam em manter seus talentos no clube. Para que? Dá um trabalho danado. Eles são famintos por dinheiro imediato. O futebol pernambucano caro JJ precisa de ídolos. Mas como se o negócio é vender logo, porque as vendas de jogadores impulsionam as receitas de clubes que chegam a atingir valores recordes. Isso é que os dirigentes querem. Apesar de que o que eles fazem com o dinheiro ainda é um mistério. Ter jogador com 10, 15 anos de Clube é um verdadeiro desespero hoje em dia para eles. Hoje, se troca tanto jogadores numa equipe de futebol, que duvido que qualquer torcedor pernambucano saiba decorado o time titular do seu Clube. Ou é este ou é aquele que joga, além dos esquemas mirabolantes dos "professores de futebol". O êxodo financeiro arrasador dos dias de hoje caro amigo, não deixa jogador criar raízes no Clube e nem tampouco o Clube criar novos ídolos. Hoje, só existem os perebas desses times ocasionais. Um abração, Ival Saldanha


Prezado Ival: Parabéns pelo comentário. Enriqueceu o artigo.
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0 #4 RE: TIMES OCASIONAISBLOGDEJJ 04-02-2019 16:46
Citando PLINIO ANDRADE:
JJ: Um tela excelente foi esse levantado pelo amigo sobre os nossos times ocasionais, bem diferentes de anos anteriores. O mercantilismo destruiu o futebol, desde que reduziu a empatia do torcedor com o seu time. Cada semestre ou a cada ano um grupo novo. Uma solicitação ao amigo, se puder escreva sobre o Santos.


Prezado Plinio: Vamos atender a sua solicitação, e falar sobre a derrota do Santos,
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0 #3 RE: TIMES OCASIONAISPLINIO ANDRADE 04-02-2019 13:17
JJ: Um tela excelente foi esse levantado pelo amigo sobre os nossos times ocasionais, bem diferentes de anos anteriores. O mercantilismo destruiu o futebol, desde que reduziu a empatia do torcedor com o seu time. Cada semestre ou a cada ano um grupo novo. Uma solicitação ao amigo, se puder escreva sobre o Santos.
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0 #2 RE- AO SEU ARTIGO "TIMES OCASIONAIS" -IS/Ival Saldanha 04-02-2019 13:13
Como manter os jogadores por mais tempos jogando nas equipes brasileiras nesse predadorismo financeiro dos dias atuais caro JJ? Todos os Clubes vivem num verdadeiro deserto na secura dos seus cofres por péssimas gestões ano após ano. Recebem muito, mas gastam mais ainda e descontroladamente sem transparência nenhuma. Viu o que aconteceu com o Arnaldo Barros no Sport! Presidente de Clube de futebol nunca é preso por isso. Acabou aquele tempo do Ademir da Guia 15 anos jogando no Palmeiras, do Roberto Dinamite 21 anos no Vasco. Isto agora é um sonho. Magrão só estar há todo esse tempo no Sport, porque ninguém se interessou de verdade e seriamente nele. Caso contrário já estaria longe do Sport há muito tempo. Hoje jogador de futebol é como circo mambembe; cada semana estar em um lugar diferente. Nasceu jogando bola e bom de bola, já existe um empresário junto dele como um verdadeiro carrapato irmão siamês atrás das comissões. Jogador de futebol hoje não mais pertence ao Clube e sim ao empresário, que para mim não passa de um mero atravessador do futebol. Empresário é João Carlos Paes Mendonça. Dirigentes de futebol não mais pensam em manter seus talentos no clube. Para que? Dá um trabalho danado. Eles são famintos por dinheiro imediato. O futebol pernambucano caro JJ precisa de ídolos. Mas como se o negócio é vender logo, porque as vendas de jogadores impulsionam as receitas de clubes que chegam a atingir valores recordes. Isso é que os dirigentes querem. Apesar de que o que eles fazem com o dinheiro ainda é um mistério. Ter jogador com 10, 15 anos de Clube é um verdadeiro desespero hoje em dia para eles. Hoje, se troca tanto jogadores numa equipe de futebol, que duvido que qualquer torcedor pernambucano saiba decorado o time titular do seu Clube. Ou é este ou é aquele que joga, além dos esquemas mirabolantes dos "professores de futebol". O êxodo financeiro arrasador dos dias de hoje caro amigo, não deixa jogador criar raízes no Clube e nem tampouco o Clube criar novos ídolos. Hoje, só existem os perebas desses times ocasionais. Um abração, Ival Saldanha
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0 #1 RE: TIMES OCASIONAISANTONIO CORREIA 04-02-2019 12:59
JJ: Um artigo perfeito. Hoje quando uma competição é encerrada os times são desfeitos, e os que estavam atuando são esquecidos. Realmente é um futebol que contempla os times ocasionais. Não existe a permanência.
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