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Escrito por José Joaquim

Nesse último domingo no meio de tantos jogos pelos estaduais, tivemos quatro encontros pela Copa do Nordeste, o que demonstra a incapacidade da cartolagem de agregar valores à uma competição que é boa mas está sendo sugada pela incompetência.

O jogo entre Bahia e Vitória levou à Fonte Nova mais de 40 mil torcedores, o que demonstra que existe no meio da turbulência algo de bom. O baiano gosta do BAVI, do Trio Elétrico e do Carnaval, por isso esse excelente público que foi o segundo maior do Brasil.

O futebol sem  nenhuma duvida é um excelente produto, mas no Brasil é tratado como banana de feira, que se encontra em todos os tabuleiros, e não saem dos bairros onde estão localizadas.

Tudo que acontece em nossos eventos esportivos morre aqui, nada sai para o exterior. Na verdade, já fomos uma potencia futebolística no contexto internacional, mas hoje nos tornamos numa República Futebolística Bananeira.

Lemos diariamente vários jornais estrangeiros, e as noticias sobre o futebol brasileiro são minúsculas, quando o inverso acontece aqui em nosso território, onde aqueles provenientes do exterior ocupam uma boa parte das edições dos veículos de mídias.

O nosso Circo do Futebol enriqueceu alguns dos seus cartolas, e não promoveu um trabalho de internacionalização do esporte nacional, que se tornou apenas sul-americano, que não é referência.

Os maiores clubes do mundo vivem das suas marcas, e essas são vendidas pelo mundo afora, inclusive no Brasil. Em nosso país nem internamente os clubes conseguem vende-las, e isso ficou bem claro com dependência da Caixa em suas camisas. Quando essa pulou fora aconteceu um rebuliço total.

O poderoso mercado norte-americano vem sendo invadido por clubes europeus, realizando amistosos e inaugurando várias escolinhas. O Barcelona tem uma dessas em Fort Lauderdale, com um trabalho permanente e com o nome do clube.

Barcelona, Liverpool e Arsenal enviam treinadores para clínicas de futebol nos Estados Unidos, que fazem sucesso. Essa invasão em um mercado gigantesco, representa no final a venda dos seus produtos, a conquista de jovens para segui-los pelo resto da vida.

Não somos nada, e não fazemos nada para a expansão do futebol brasileiro, que poderia procurar alternativas para a venda de suas marcas que são desconhecidas na maioria do mundo esportivo, e quando o são, não apresentam um bom valor de mercado.

O calendário do futebol prejudica, mas a incapacidade das diversas gestões mata qualquer chance dos clubes brasileiros chegarem além das fronteiras Sul-Americana. Alguns são fornecedores de matéria prima, e nada mais. Continuamos atrasados nesse setor.

Precisamos de uma nova abertura dos nossos portos, como foi a do século XIX, com D.João VI.

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