A incompetência é a alma do negócio no Internacional de Porto Alegre. Um clube com uma previsão orçamentária de R$ 311 milhões para 2016, já tendo atingido até o mês de junho R$ 250 milhões, se tivesse uma boa administração certamente não estaria no fundo do poço, lutando contra o rebaixamento que será o primeiro de sua história.
O vídeo da apresentação do novo treinador Lisca, com a presença do presidente Vitorio Piffero, que foi pífio em sua gestão, e de Fernando Carvalho, ex-presidente e atual diretor de futebol, mostrou semblantes de derrotados.
Os caminhos do time Colorado em 2016, foram traçados pela incompetência, sobretudo pela ausência de um planejamento estratégico, que é fundamental para o futuro de qualquer agremiação.
A folha salarial do futebol chega a R$ 9 milhões, o que representa uma insanidade quando se faz uma comparação com a qualidade do seu futebol.
Conversamos ontem com um amigo de Porto Alegre, que é sócio do clube, e esse nos forneceu alguns detalhes para que pudéssemos consolidar esse artigo.
Segundo esse, o retorno de Fernando Carvalho que foi um bom presidente, mas se tornou um empresário do futebol, com negócios de compra e venda de atletas, foi um desespero do atual mandatário, e um tiro no pé.
O setor foi praticamente terceirizado para um grupo chamado ¨A Liga¨ que tem interesses com o diretor, que é comandado pelo empresário Frank Hanouda, bem conhecido do futebol de Pernambuco, em especial do Sport. Um agente dessa empresa, Chumbinho foi contratado para gerenciar o setor de futebol do clube, trazendo Celso Roth para o comando do time. Deu no que deu.
A contratação de quatro treinadores em uma temporada é um atestado de má gestão, e mais uma vez afirmamos, de planejamento. Argel, Falcão, Roth e agora o surreal Lisca, que concretizou o seu sonho de dirigir o Colorado, e na entrevista de apresentação afirmou que iria tira-lo dessa situação, e era o único sorridente, como uma criança quando ganha uma bala.
Nada contra o técnico, mas trata-se de uma contratação de quem está na beira do fogo do inferno.
A solução encontrada pelos cartolas do Internacional numa reunião com os atletas, para a obtenção dos pontos necessários para a fuga da degola, foi a de uma premiação milionária, para aqueles que passaram o ano com alto salários e levaram o time para o buraco.
Prometeram R$ 6 milhões para ser distribuído com o elenco, como se o dinheiro trouxesse felicidade, jogasse futebol, e apagasse tudo que aconteceu no clube durante o período.
Na noite de hoje, teremos o primeiro jogo entre os três que faltam para o término do campeonato, contra o Corinthians no Itaquerão, e pelas estatísticas como visitante, nem os milhões levarão o Colorado a um bom resultado, embora o adversário seja um outro péssimo exemplo de administração.
Postamos esse artigo para mostrarmos que sem um bom comando, sem um projeto bem elaborado, os clubes não terão futuro, desde que o dinheiro se transforma em vendaval nas mãos dos incompetentes.
Trata-se de um bom exemplo para dezenas de entidades do nosso futebol, inclusive o Sport que teve uma folha salarial de R$ 3.6 milhões, e com um fraco retorno.
Direção de qualquer empresa, e o clube está enquadrado, é para os competentes e profissionais.