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Escrito por José Joaquim

Numa reunião que foi realizada na sede da entidade que comanda o falido futebol de Pernambuco, um tabelião abriu o testamento do moribundo com relação a primeira fase do Pingadinho.

Estiveram presentes os cartolas que dirigem os clubes participantes, assim como a diretoria da Federação local responsável pelo que aconteceu nesses primeiros 45 jogos.

Antes da abertura todos fizeram uma oração com a participação das carpideiras pela melhora do doente. A imprensa juvenil estava emocionada por participar de um evento que jamais tinha acontecido em nosso estado.

O Tabelião com um grande constrangimento por conta dos números que estavam no testamento, passou à sua leitura.

Na primeira parte foram mostrados os públicos dos jogos da última rodada, e mesmo com um ex-clássico entre o Náutico e Santa Cruz e uma partida decisiva entre Central e Sport, o total foi grotesco, com 10.431 pagantes, com uma média de 2.086 por jogo.

O maior foi do encontro que aconteceu em Caruaru, com 5.139. Nos Aflitos o público pagante foi de 4.392, que retratou a realidade de nosso belo futebol. Nos outros três jogos, um recorde da miséria foi batido, com a soma de 894 torcedores, com uma média de 298 por cada jogo.

A Suburbana de Curitiba tem públicos bem maiores.

Na continuação do evento, o Tabelião passou para a folha seguinte que mostrava o público de cada time mandante e a sua média. 

Sport- 5 jogos- 24.967, média de 4.993,

Santa Cruz- 4 jogos- 14.824- média de 3.705,

Central- 5 jogos- 12.235- média de 2.447,

Náutico- 5 jogos- 11.887- média de 2.377,

Vitória- 5 jogos- 3.641- média de 728,

Salgueiro- 4 jogos- 2.773- média de 693,

Flamengo- 4 jogos- 2.131- média de 533,

Petrolina- 4 jogos- 1.983- média de 496,

Afogados- 4 jogos- 1.975- média de 494 e,

América- 3 jogos- 1.301- média de 434.

Por maldade um dos participantes da reunião mostrou as médias dos anos de 1991 a 1994, deixando todos estupefatos.

1991- média de 3.051,

1992- média de 4.336,

1993- média de 6.163 e

1994- média de 3.034.

Depois da reunião os participantes não mostraram nenhuma reação, como nada tivesse acontecido e foram para um bom restaurante para um agradável repasto, enquanto o moribundo permanece na UTI na espera do desligamento dos aparelhos.

São coisas de nosso futebol.

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