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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SANATÓRIO GERAL

* O futebol brasileiro faz parte do Sanatório Geral, que é composto de várias alas, e a mais importante é a dos Napoleões Retintos. A maioria dos clubes penando, inclusive os chamados grandes apenas na retórica, estão desfilando.

O Corinthians tem débitos de todos os lados, uma lista de bloqueios judiciais que impedem o cumprimento dos seus compromissos. A situação é tão grave, que mais uma vez a Taça do Mundial de Clubes foi penhorada.

Apesar disso os dirigentes estão lutando para repatriar o lateral Arana por muitos milhões de reais. Uma insanidade geral.

Enquanto isso, na Baixada Santista, o Santos vive sonhando com contratações, mas, está com a folha salarial atrasada que motivou ao técnico Jorge Sampaoli a devolver o salário que tinha recebido em solidariedade ao elenco.

O mais grotesco aconteceu no último dia 13, quando o Tribunal de Justiça de São Paulo declarou que o processo de execução por conta de uma divida contraída pelo presidente José Carlos Peres em um bar, em que comemorava a sua eleição em 2017, transitou em julgado e será executado.

A alegação do proprietário do estabelecimento é que depois da vitória no pleito, Peres e Orlando Rollo, eleito como vice, combinaram de dividir as despesas da festa, mas só Rollo pagou a sua parte, enquanto o presidente pulou o muro.

Por conta de fatos como esses é que o futebol brasileiro está na UTI. Uma safra de cartolas da pior qualidade.

Nem Corinthians, nem tampouco o Santos pelas suas grandiosidades, não merecem situações como essas.

NOTA 2- A COMPLICADA ROTINA DO SPORT

* O Sport vive no dia a dia a sua Via Crucis. Boas noticias são raras e quase não acontecem, mas as péssimas surgem com a velocidade de um raio.

O clube perdeu o patrocínio da camisa que era da Caixa Econômica e está na luta para conseguir um substituto, o que não é fácil para um time da Segunda Divisão, cuja visibilidade é pequena.

Depois disso mais um coice no velho Leão, com a desistência da empresa Under Armour de fornecer o seu material esportivo. Durou apenas um ano.

O presidente do rubro-negro para justificar a saída da empresa afirmou que essa optou por deixar o futebol brasileiro, inclusive o Fluminense que também recebe o seu material esportivo.

No caso do tricolor tal fato não irá acontecer, e o fornecimento irá continuar até o final do contrato.

Por outro lado o clube tomou o conhecimento que a sua cota de televisão seria R$ 8 milhões, mas, a diretoria anterior antecipou R$ 18 milhões no ano passado, ou seja mais duas vezes o valor que tinha direito.

O Circo do Futebol prometeu que irá liberar uma parcela para tirar o rubro-negro do buraco profundo.

O mais interessante é que o ex-presidente Arnaldo Barros continua dizendo que deixou o clube em boa situação.

Na verdade esse deveria ser afastado do quadro social do Sport por conta da destruição durante a sua danosa gestão.

Será que falta coragem a Milton Bivar para tomar uma decisão sobre o assunto? 

NOTA 3- VITÓRIA DO CRUZEIRO TEVE O PIOR PÚBLICO DO NOVO MINEIRÃO

* O problema da ociosidade dos estádios não está restrito apenas ao nosso estado. Na verdade é geral em todo o país. 

São poucos os jogos que apresentam um bom público.

O Cruzeiro que é o único invicto da temporada, na última quarta-feira enfrentou a Caldense e a derrotou por 3x0, em uma partida que foi testemunhada in loco pelo segundo pior público pagante registrado no Mineirão, desde a sua reinauguração em fevereiro de 2013.

Apenas 4.340 torcedores pagaram ingresso, com um público total de 7.623 torcedores, e uma grotesca taxa de ocupação de 13,6%. A renda da partida foi de R$ 59.259.

As informações da bilheteria deste jogo da última rodada da primeira fase do Mineiro entram no segundo lugar dos piores públicos pagantes da Raposa no Novo Mineirão, ocupando a vaga dos 4.612 de Cruzeiro x Tricordiano na segunda rodada do estadual de 2017.

Na realidade os estaduais estão perdendo seus públicos em todo o Brasil, e o exemplo mineiro mostra essa realidade.

O moribundo é nacional.

NOTA 4- O BOM FUTEBOL DO FLUMINENSE

* O Fluminense necessitava de um empate com gols no seu jogo contra o Antofagasta, do Chile, mas o modelo adotado por Fernando Diniz é aquele de jogar e deixar o adversário jogar.

Mesmo jogando fora de casa não ficou nenhuma vez na retranca, e com maior posse de bola. A equipe chilena abriu os espaços para o tricolor, que aproveitou-se com um gol de Everaldo aos 18 minutos.

O jogo continuou com o mesmo ritmo e numa bobeada da defesa do time carioca, aos 28 minutos o Antofagasta empatou. O gol sofrido abalou o Fluminense e os donos da casa levaram perigo real a sua defesa.

Com maior qualidade de jogo, o tricolor das Laranjeiras teve aos 15 minutos do segundo tempo um pênalti favorável que foi perdido pelo atacante Luciano.

A equipe chilena entusiasmou-se e partiu para o desempate, mas aos 23 minutos o mesmo Luciano se redimiu e anotou o gol da vitória.

Além da passagem para a segunda fase da Sul-Americana, o prêmio financeiro servirá para amortecer um pouco a crise do clube, que joga hoje o futebol mais encantador do Brasil.

Enquanto os técnicos adoradores das retrancas estão soltos em nossos gramados, Fernando Diniz nos dá uma aula de como fazer um time simples, sem estrelas fazer um belo espetáculo.

Que o Fluminense tenha vida longa.

NOTA 5- O FUTEBOL DA HOLANDA

* Na semana de datas FIFA, os campeonatos nacionais param, e as seleções europeias se enfrentam pelas eliminatórias da Euro 2020.

Entre os diversos jogos eliminatórios, os destaques foram para a Bélgica e Holanda.

A seleção belga recebeu os últimos anfitriões do mundial, e dominou o time russo, com um show de Hazard que marcou dois gols.

Os holandeses tiveram um adversário mais fraco, mas deixaram bem claro que a goleada do Ajax contra o Real Madrid pela Liga dos Campeões não foi por acaso, e sim pela renovação e novos talentos do seu futebol.  

Esse ficou de fora da Copa de 2018, mas estão focando a Eurocopa como um ponto de partida para o Mundial de 2022. A Holanda teve uma vitória acachapante com o placar de 4x0, jogando um futebol moderno, relembrando a década de 1970.

O esporte da chuteira agradece. 

Comentários   

0 #2 RE: NOTAS AVULSASRUBRO-NEGRO 22-03-2019 12:30
JJ: SOBRE A NOTA 2- HOJE TOMAMOS CONHECIMENTO DE MAIS UMA COBRANÇA FEITA AO SPORT. DESTA VEZ É DO CORINTHIANS QUE ESTÁ COBRANDO R$ 1.2 M REFERENTE AO ATLETA FELIPE BASTOS. CONCORDO COM O AMIGO COM RELAÇÃO A UMA MEDIDA LEGAL CONTRA ARNALDO BARROS.
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0 #1 RE: NOTAS AVULSASGuest 22-03-2019 12:22
SANATÓRIO GERAL- Prezado amigo. Tudo que você escreve nos dá impulso a comentar. Pensemos todos nós que um determinado grupo de empresas, transnacional, gigante global, estivesse com todas elas operando no vermelho. Um passivo gigantesco que nem todas juntas poderiam quitar. Mas continuam funcionando como se nada estivesse acontecendo. Ao cabo de alguns anos à frente, quebrariam inexoravelmente.
Lembrem-se da PAN AM ícone americana. VARIG, VASP, PANAIR, ENGESA, e vai por aí, em todos os segmentos. Fecharam. O futebol brasileiro, traçando um paralelo, é um grande grupo onde todos estão insolventes, mas continuam funcionando. Se fosse uma empresa estaria fechada. A mesma coisa que ocorrerá com o Brasil, quando já se gasta quase todo o PIB só com a previdência. Pois bem, o nosso futebol não aprende. A cada dia os clubes se endividam mais, entretanto não param de gastar. Mantém a mesma estrutura de futebol rico, como o Brasil, que gasta como país rico. O nosso futebol está no terceiro mundo do esporte bretão. O Brasil no terceiro mundo geo político , capitaneando a miséria dos esfomeados. Não perdem a pose. O nosso futebol insiste através dos dirigentes e dos clubes em aparecer no meio dos grandes. Mas não somos grandes. O Brasil quer agora fazer parte do grupo dos ricos, por decreto, porém é pobre. Ou o nosso futebol entende a sua realidade, ou irá parar, juntamente com o Brasil na vala dos miseráveis, ao lado da Venezuela,outros latinos americanos e africanos. Aliás, os dois, o Brasil e o futebol brasileiro, chegaram no mesmo nível de irresponsabilidade e miséria. Resta-nos apenas pedir clemência ao nosso Pai, pois os dirigentes dos dois celerados são completamente desequilibrados.
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