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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM INCENTIVO AO ÁLCOOL  

* O setor de marketing do Sport deu uma derrapada gigantesca ao fazer uma promoção que incentiva o consumo de álcool.

Uma verdadeira falta de criatividade.

O esporte não pode ser um aliado das bebidas alcoólicas, nem os torcedores devem ser estimulados para tal. Quanto mais álcool em um estádio de futebol, maior será o risco do incremento da violência.

Por conta da fraca presença do público o marketing rubro-negro preparou algo surreal, ou seja, para cada 5 mil torcedores, o clube dará um desconto de R$ 1 na cerveja vendida na Ilha do Retiro.

Pelos cálculos dos ¨matemáticos¨ do marketing, a bebida poderá sair por R$ 2, se a expectativa de 20 mil torcedores acontecer.

Obvio que um jogo contra o ¨forte¨ Petrolina não levará um público à Ilha do Retiro como foi dimensionado, e não será o desconto na cerveja que fará isso acontecer.

Ainda pouco lemos nos jornais de Lisboa que os clubes estão lutando para colocar bebidas nos estádios locais, mas o governo respondeu que por conta da violência não irá atender  ao pleito.

No Brasil o governador do Rio Grande do Sul, vetou um projeto da Assembleia que permitia a venda desses produtos. Enquanto isso o Sport oferece um premio aos bebedores.

O Internacional de Porto Alegre para aumentar o seu público no Beira-Rio que anda em baixa, fez uma promoção que foi um sucesso, a de colocar um ingresso por R$ 50, com direito a mais quatro pessoas.

Isso é o que chamamos de criatividade positiva.

NOTA 2- O GOLPE DA CBV 

* A Confederação Brasileira de Voleibol aprendeu a lição oferecida pelos cartolas do Circo do Futebol, e está trabalhando nos bastidores para que as Federações estaduais ganhem peso extra nas decisões da Assembleia.

Nesse sábado em Natal, será realizada a Assembleia Geral Ordinária, e a entidade que rege a modalidade no país já começa a realizar manobras nos bastidores para seguir com força total dentro do Colégio Eleitoral, ignorando a intenção de outras partes relevantes de possuir voz ativa.

O projeto de Lei 8881/2017, obriga que 1/3 de todos os votantes seja de atletas. A outra parte será formada pelas 27 Federações e pelos clubes, que ganharão nove votos ao invés de dois.

Uma brecha no estatuto permite que a CBV dê pesos diferentes aos votantes. As entidades locais ganhariam peso 6, enquanto os clubes e atletas seguiriam com peso 1.

Com as 27 Federações tendo peso 6, o valor total seria 162. Com nove clubes esse número iria para 171, com mais 1/3 deste valor (87), sendo de atletas, totalizando 258 votos.

No entanto, ao invés de termos 87 atletas, a pretensão da CBV é que apenas 57 possam votar. Destes, 30 teriam peso 2 e 27 peso 1. Os 27 representariam as federações, com critérios a serem definidos, por indicação ou eleição.

Na verdade os esportes no Brasil estão entregues ao Deus dará.

O Ministério responsável foi riscado do mapa, enquanto a Secretaria de Esportes só existe no papel e até hoje não conseguiu andar.

Não tem solução para os esportes brasileiros.

NOTA 3- UM SÁBADO DO PINGADINHO NA COPA DO NORDESTE

* A zorra total tomou conta do futebol do Nordeste, com a mistura de duas competições ao mesmo tempo, com um resultado medíocre com relação ao público. Os estaduais da região estão na fase de mata-mata, mas no meio desses temos diversos jogos da Copa regional  que continuam a todo o vapor.

Um verdadeiro Pingadinho, com um jogo aqui e outro acolá.

Nesse sábado serão realizadas cinco partidas, e entre essas duas dos times de Pernambuco.

O Náutico irá continuar a sua maratona esportiva, recebendo a visita do ¨forte¨ time piauiense Altos-PI. O alvirrubro é o 4º colocado do Grupo B, com 11 pontos, enquanto o time piauiense é o 7º do Grupo B, com 2.

Um fato interessante é que a equipe da Rosa e Silva tem pontuação melhor do que os lideres do outro grupo, Fortaleza e Santa Cruz, ambos com 9 pontos, o que mostra uma falha na sua distribuição.

Enquanto isso, o tricolor do Arruda irá enfrentar no Castelão o Ceará. Ambos estão nas mesmas posições do seu grupo (2º). O alvinegro tem 12 pontos no Grupo B, e a equipe do Arruda somou 9 no Grupo A.

São tantos jogos que sentimos dificuldades de acompanha-los por conta da mistura.

Um dia é estadual, no outro o regional, e o torcedor sem saber o que fazer.

São coisas do futebol brasileiro e dos seus cartolas.

NOTA 4- O PÚBLICO DA COPA DO NORDESTE SUPERA TODOS OS ESTADUAIS DA REGIÃO

* Há anos que mostramos a necessidade de transformar a Copa do Nordeste em um Campeonato, substituindo os estaduais.

Os números mostram a realidade da falência dos Campeonatos locais abandonados pelos torcedores.

Apesar da anarquia reinante no sistema, a Copa Regional continua mantendo uma média de público acima dos cinco mil pagantes, e que na realidade poderia ser bem maior.

Essa competição somou 290.937 torcedores em seus jogos, com uma média de 5.388 por partida.

Nenhum dos estados Nordestinos conseguiu passar da média de 4 mil pagantes em seus jogos. O Campeonato Baiano foi o único que esteve mais próximo, com 169.465 torcedores e uma média de 3.606 pagantes por jogo. O Ranking apresentado é a prova de que os estaduais faliram, e o Campeonato do Nordeste será a saída para um novo tempo. 

RANKING

COPA DO NORDESTE- Média de 5.388 pagantes,

ALAGOAS- Média de 1.740 pagantes, 

BAHIA- Média de 3.606 pagantes,

CEARÁ- Média de 2.315 pagantes,

MARANHÃO- Média de 957 pagantes,

PARAÍBA- Média de 1.809 pagantes,

PERNAMBUCO- Média de 1.818 pagantes,  

PIAUÍ- Média de 637 pagantes,

RIO GRANDE DO NORTE- Média de 1.486 pagantes e,

SERGIPE- Média de 785 pagantes.

Contra os números não existem argumentos.

NOTA 5- UMA PESQUISA FANTASMA 

* Segundo o jornalista Rodrigo Mattos, do portal UOL, o Flamengo teve uma fatia de torcedores no pay-per-view acima de sua garantia mínima prevista na pesquisa feita pela Globo com assinantes.

Os números valem para determinar a distribuição de um bolo de pelo menos R$ 650 milhões do pacote de assinatura do Brasileiro.

Obvio que o time rubro-negro da Gávea teria um maior número de assinantes, mas não temos a menor ideia de como a Globo conseguiu detectar as declarações dos torcedores com relação aos seus clubes.

Tem algo estranho no sistema.

Temos uma assinatura do Premier desde que esse começou e jamais fomos consultados sobre o nosso time.

Existem milhares de pessoas com a mesma situação.

Por uma coincidência do destino o Flamengo teve 18,8% dos pacotes declarados como torcedores do time, que é igual o das pesquisas de maiores torcidas do Brasil.

Por conta disso o rubro-negro passou a ter o direito de 122 milhões.

Existe algo que deveria ser analisado, ou seja um clube não joga sozinho e sempre tem um adversário pela frente, e pela lógica os valores do pay-per-view deveriam ser iguais para todos. O futebol é de dois times, e sem um deles não tem jogo.

São detalhes como esse que serviram para incrementar as diferenças financeiras entres os participantes das competições. 

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