NOTA 1- UMA CULTURA NEFASTA  

* Nesses últimos dois dias assistimos alguns jogos no exterior assim como no Brasil, inclusive os da Copa Libertadores com árbitros de fora, e vimos que não aconteceram as reclamações acintosas dos jogadores com relação a arbitragem.

Só falta uma agressão física para caracterizar a anarquia que reina em nosso futebol, nos jogos que acontecem em nosso país. Obvio que isso só acontece por conta da leniência dos apitadores e das Comissões que os dirigem.

Temos a convicção de que esses fatos se repetem por conta da ausência de uma medida dura e exemplar que deveria ser dada pelos árbitros. Na verdade esses não o fazem com receio de ficarem na geladeira. 

No atual momento em que vive o futebol brasileiro, as reclamações tomaram conta do jogo, consumido um bom tempo de bola rolando.

Mesmo com o VAR que veio para ajudar a situação permanece.

As rodinhas formadas quando de uma marcação que é considerada pelos atletas como prejudicial aos seus times, já fazem parte do sistema.

Os árbitros tem o poder nas mãos com os cartões, mas aceitam calados o que acontece nos 96 minutos.

Nos jogos  realizados pela Libertadores não estão sendo permitidos tais procedimentos, inclusive aqueles com clubes brasileiros. Os atletas nativos mudam as características anárquicas, e respeitam o apito.

Nas Ligas Europeias, o árbitro apita um jogo, mesmo errando não recebe nenhuma contestação, nem no decorrer da partida como no seu final.

Existe um atleta capitão em cada clube para ser o interlocutor junto ao mediador, mas isso não funciona, desde que sempre é atropelado pelos demais.

O problema é que a cultura foi implantada no Brasil sem reação, e hoje domina os nossos jogos. Ou os procedimentos da arbitragem mudam, ou o buraco irá se aprofundando. 

São coisas de um país onde se rouba uma arma em plena exposição de armamentos, com a presença das autoridades.

NOTA 2- REPATRIAMENTO DE JOGADORES  

* Muitos jogadores saem do Brasil negociados por altos valores e somem nas equipes que os contrataram. Algo tem de errado nesse sistema, desde que acontece o repatriamento rápido, inclusive com empréstimo.

Esse é o caso de Pedro Rocha destaque da equipe do Grêmio nos anos 2016/2017, atuando pelo lado de campo. Uma peça importante no título da Copa do Brasil. Foi vendido para o Spartak Moscou.

Na Rússia o jogador não repetiu nem 5% das suas boas atuações no Brasil. Foram apenas 19 jogos em um pouco mais de dois anos e somente um gol marcado.

Pedro Rocha no seu primeiro ano de Spartak, temporada 2017/2018 participou de 14 jogos com um gol marcado. Pelo Campeonato Russo o atacante pouco jogou, sendo utilizado na Taça da Rússia.

Na Liga Europa, foi aproveitado em um jogo nessa temporada, e na Liga dos Campeões atuou por 1 minuto diante do Liverpool.

Na temporada de 2018/2019 foi pior para o jogador, quando atuou apenas cinco jogos, todos este ano.

Seu único gol na Rússia aconteceu em 2017.

As justificativas para a contratação pelo Cruzeiro que irá dispender uma boa quantia por seu empréstimo, são as mesmas de sempre, ou seja a de sua recuperação.

Na verdade, são várias transações de atletas que acontecem no futebol internacional, e que tem algo parecido com lavagem de dinheiro.

Uma aposta da Raposa que está dispendendo uma boa quantia para tê-lo em seu elenco.

O futebol brasileiro exporta jovens talentos e repatria profissionais que pouco fizeram fora do país.

Um contrato de risco.

NOTA 3- MESSI NA LUTA CONTRA PELÉ

* Pelé que minimizou os feitos de Messi, afirmando que  ele tinha apenas uma perna e não sabia finalizar com a cabeça, poderá ter o seu recorde de gols por uma equipe quebrado, e por ironia do destino o responsável pelo feito será o atacante portenho.

Na última terça feira Messi para ser poupado ficou no banco de reservas no encontro entre o Barcelona e Villarreal. O time catalão perdia por 4x2, e a única solução foi o de coloca-lo no campo.

Marcou mais um gol de falta e Luiz Suarez empatou nos minutos finais.

Quase que o gol salvador do atacante portenho não seria computado por ter a bola tocado em um atleta da barreira do time adversário, mas o árbitro colocou na súmula da partida como de sua autoria, que na verdade aconteceu.

Esse gol aumentou a sua contagem no Barcelona para 594 tentos, e reduziu a diferença para Pelé em 49, que tem 643 pelo Santos.

No sábado passado com os dois gols marcados contra o Espanyol, tinha reduzido a distancia para 50 gols, e foi destacado pelas mídias. 

Pelo que Messi está jogando certamente esse recorde será quebrado na temporada de 2019/2020.

Quem viver verá.

NOTA 4- OS ESTADUAIS CONTINUAM TRITURANDO TÉCNICOS

* Os estaduais só servem para moer os técnicos no triturador. Mais um foi triturado.

A dança da vez foi a de Dado Cavalcanti que estava no Paraná, cuja diretoria não suportou a derrota no jogo contra o Coritiba, e resolveu desligar a música e tirar a cadeira.

O preparador físico, Rodrigo Rezende e o seu auxiliar técnico, Pedro Gama, também foram demitidos.

Além da eliminação no estadual, a queda na Copa do Brasil, serviu como elemento para mais essa dança das cadeiras.

Dado Cavalcanti faz parte de uma relação com dezenas de técnicos que não planejaram devidamente as suas carreiras, e vivem como nômades vagando pelo Brasil afora.

Esse comandou o Paraná em 23 jogos, com 6 vitórias, 6 empates e 9 derrotas, com 37% de aproveitamento.

NOTA 5- MARCO RUBÉN O NOME DA SEMANA

* A vitória esmagadora do Athletico sobre o Boca Juniors não foi uma surpresa para quem acompanha o futebol brasileiro. O rubro-negro vem se preparando para um salto maior há muitos anos.

Em 2018 ganhou dois títulos, o estadual e o da Copa Sul-Americana, e fez uma excelente Série A.  O Athletico acelera a cadência, com a posse de bola, uma herança de Fernando Diniz, e a velocidade no contra ataque.

A contratação de Marco Rubén ao Rosário da Argentina está fazendo efeito, e no jogo da ultima terça-feira foi o grande nome ao marcar os três gols da vitória do rubro-negro.

Foi sem duvida o principal responsável por uma conquista histórica do clube paranaense.

O avante argentino tem uma história como carrasco costumeiro do Boca Juniors. Nos últimos seis jogos em que confrontou o rival, Rubén levou a melhor em cinco deles pelo Rosário Central, e no outro foi empate.

Com pouco tempo no rubro-negro já entrou na sua história como o primeiro jogador a marcar três gols em um jogo internacional.

O Athletico poderá servir de exemplo para todos clubes medianos do Brasil, desde que está subindo de patamar ano após ano, e hoje já é um grande no futebol nacional.

NOTA 6- A VITÓRIA DO BANDEIRA AMIGO

* Há muito tempo não assistíamos nos jogos de futebol um erro tão grotesco de um bandeira amigo.

O auxiliar Ricardo Jorge, com a conivência do árbitro Gilberto Castro que estava passeando no gramado e longe do lance, não marcou um impedimento tão ridículo, que originou o gol do Náutico. 

Obvio que o alvirrubro poderia ter saído vencedor sem essa ajuda, mas o placar estava 0x0, com o Afogados jogando de igual para igual, quando surgiu o primeiro gol do alvirrubro, da autoria de Luiz Henrique que estava com um metro na banheira, e o mais estranho na linha em que estava situado o auxiliar. Uma vergonha.

Com esse gol ilegal o time do sertão perdeu o rumo. No segundo tempo o reflexo do erro o afetou, teve um jogador expulso, e levou o segundo gol.

Por outro lado o Náutico também foi prejudicado com um gol anulado pelo auxiliar Bruno Cesar.

A arbitragem foi sem duvida o destaque desse jogo, mostrando o nível de apitadores do futebol de Pernambuco. Deveriam trabalhar em jogos de botão.

Enquanto isso no Frasqueirão, em Natal, aconteceu uma pelada entre o ABC e Santa Cruz. Os times abusaram das faltas, dos chutões e de gols perdidos.

Na verdade de futebol não aconteceu nada. Vimos um bola sendo maltratada.

O time de Natal venceu a partida por 1x0, mas pelo nível do jogo o placar teria que ser -0x-0.

Pobre futebol pernambucano.