Uma temporada futebolística se inicia, e o seu planejamento não é realizado devidamente dentro das reais necessidades de cada um dos clubes disputantes. Tudo é feito de forma aleatória e em um pequeno pedaço de papel.
A preparação de um orçamento básico para servir de norte par uma gestão não é procedido. São necessárias contratações, e essas chegam aos montes, e na sua maioria sem análises devidas, e de forma totalmente açodadas. Uma alegria para os agentes do futebol e em alguns casos para os dirigentes.
Existe um enigma indecifrável que está relacionado a vinda de jogadores para os clube. São indicados por quem? Se levantaram os seus currículos, as suas últimas atividades? Se analisaram quantas vezes estiveram contundidos e fora dos campos? As suas vidas fora dos gramados?
São detalhes da maior importância e que temos a certeza que na maioria dos casos não são cumpridos por nossas entidades, embora essas possuam profissionais responsáveis pelo setor.
As competições estaduais chegam ao final, e então verificam que alguns jogadores não deram resultados positivos. Mandam embora. Um avião sai lotado. Os custos foram elevados sem o devido retorno custo/benefício. Começam tudo de novo. Novas contratações, no mesmo modelo e sistema. Empresários, empresários e empresários e fitas de vídeos. Haja dinheiro. Em qualquer empresa privada, um profissional que não apresenta resultados é demitido, mas como no futebol tudo é diferente, os equívocos continuam. Até quando?
Um clube organizado e planejado tem um cadastro de jogadores, e um profissional para acompanha-los em suas temporadas. Na hora de contratações é só consulta-lo.
Muitos dos dirigentes dos clubes são empresários e certamente em suas empresas não procedem como fazem com esses, pois com contratações fora dos padrões, os lucros serão abalados, e os seus bolsos sentirão.
O clube torna-se uma casa sem dono, e os prejuízos ficam por conta do destino. Na empresa seguem manuais de contratações que não se impressionam com os vídeos dos candidatos, e sim a valorização do conjunto de seus atributos.
As contratações tem que ser pensadas. As necessidades tem que ser bem preenchidas. Não se pode contratar um time de atacantes, sem ninguém para defender, ou receber o passe. Tem que ser visualizado o profissional que se deseja contratar, não o empresário que o representa, ou então as possíveis tachinhas que cercam o futebol brasileiro.
Os clubes são entidades publicas com milhões de consumidores que merecem ser tratados como tal. Não podemos mais aceitar que os seus recursos sejam jogados pela janela, por conta da ausência de um planejamento sério sem pensar nos seus desenvolvimentos. O resto é contratar alhos por bugalhos, e enganar os seus torcedores e, com isso incrementar os prejuízos.
Finalizamos com uma simples pergunta: Por que os responsáveis pelas contratações não pagam os prejuízos causados às suas agremiações?