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Escrito por José Joaquim

Relendo alguns artigos bem interessantes que estão gravados em um HD , encontramos um bem interessante de Marcelo Leandro Ribeiro, Consultor de Biossegurança, Especialista em Saúde e Segurança do Trabalho e Higiene Ocupacional.

Trata-se de uma excelente analise, e que por ser longa para o nosso blog, pinçamos alguns pontos para que possam ser debatidos pelos nossos visitantes.

Diz o especialista, que os nossos craques do passado eram felizes e descompromissados com a vida, jogavam uma temporada inteira, machucavam-se menos, fruto de um ambiente de menos estresse e pouca ganância, onde se jogava por amor a camisa.

Se traçarmos um paralelo entre a prática esportiva atual e aquela de meados do século passado, veremos além da inigualável diferença física entre os atletas dos dois períodos, uma assombrosa alteração na percepção de realização e felicidade das equipes. Nítido prazer e a paixão com que se praticava o futebol e os demais esportes.

Histórias de famosos atletas como Garrincha, Didi, Nilton Santos, Pelé Sócrates e Zico, que faziam o jogar no futebol a única paixão.

Hoje os nossos craques são submetidos a lesões recorrentes. Não temos um jogo em que pelo menos dois atletas são substituídos por conta de lesões, e muitas vezes de ambulâncias para os hospitais, trazendo as ausências e incertezas para os seus futuros.

O que mudou foi a ganância financeira que tomou conta da prática esportiva, tirando-a  do campo das paixões e lançando-a como esperança de ganhos fáceis a milhões. Ganhos que podem se materializar de um a cada cem garotos que correm descalços no país. Esse sonham em se tornarem craques, e são os sonhos dos empresários em busca desses talentos e fortunas.

Como já afirmamos muitas vezes, o amor da camisa desapareceu, para dar lugar as gratificações por vitórias. A ganância e visão profissional do esporte está lançando  não só as aspirações desses atletas na direção distinta da prática saudável, como transformando o esporte em fonte própria para ações desconexas de boa prática (negociatas, lavagem, acerto por baixo do pano, viradas de mesa, etc).

A cobrança para os garotos é absurda. Não se pratica esportes por prazer e sim para ganhar dinheiro, verdadeiras fortunas, e para virarem astros da propaganda,

Hoje o estresse toma conta daqueles que competem em alto nível, pois necessitam de vitórias, de resultados, que trarão o sucesso e consequentemente dinheiro.

Nossos craques eram mais felizes, o futebol mais bonito, ganhavam menos, mas não tinham estresse e pouco se machucavam, desde que participavam de um ambiente onde jogar era felicidade e não a ganância atual, onde são massacrados para sustentarem a si e uma entourage que os fazem de craques e verdadeiros astros da mídia.

Nilton Santos, em algumas palavras, retratava o craque do passado, dizendo: Faço o que gosto e ainda me pagam¨. Bons tempos aqueles.

Tínhamos também bons dirigentes e bom futebol. 

Comentários   

0 #3 RE: FALTA A FELICIDADE NO FUTEBOL BRASILEIROCARLOS EDUARDO 15-04-2019 16:48
JJ: Um artigo digno da qualidade do blog. Excelente, lúcido e real. A felicidade morreu no futebol.
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0 #2 RE: FALTA A FELICIDADE NO FUTEBOL BRASILEIROANTONIO CORREIA 15-04-2019 16:45
JJ: Mais um artigo perfeito que retrata a realidade do futebol brasileiro. Há muito tempo que está na UTI. A felicidade foi perdida. Aproveito para parabenizar Guilardo pelo seu espetacular comentário.
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0 #1 RE: FALTA A FELICIDADE NO FUTEBOL BRASILEIROguilardo 15-04-2019 11:47
FALTA A FELICIDADE NO FUTEBOL - Caro amigo.
Tempo atrás falei sobre os nossos times de várzea que abrilhantavam os domingos. As pelejas eram duras, às vezes brutas, mas ninguém ficava caído no gramado esperando socorro. Os nosso craques de 1958 até o fim da década de 60, verdadeiros atros, jogavam os noventa minutos sem atrasar o jogo. As contusões não eram fantasiosas. Lembre-se da de Pelé em 66 e o deslocamento da retina de tostão posteriormente. Quando aconteciam eram reais. Hoje, esses novos " craques", assim apelidados pela imprensa do Sul, caem o tempo todo, em via de regra, bastando apenas que um zagueiro encoste nele. Vide Neymar, craque de gafieira, endeusado pelos jornalistas de todo o Brasil. Não pára em pé, cai ao menor indício de uma dividida. Chora e se contorce no chão como se estivesse ferido de morte. E os nosso goleiros, defendem alguns chutes e, num teatro grotesco, ficam estirados, tais como mortos numa disputa pelo tráfico de drogas no Rio. O futebol brasileiro virou um grande teatro. Embusteiros da bola são adjetivados como estrelas, Jogadores medíocres como craques. Todos eles têm um ponto em comum, são exímios atores no jogo da bola, esporte que não dominam, mas se exibem como se estivessem numa grande ribalta. Caminhamos para a quinta divisão do futebol mundial, e para não fugir à regra, ao primeiro lugar em mentiras e simulações.
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