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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ENFIM O FIM DOS ESTADUAIS

* O futebol brasileiro na maioria dos seus estados estão encerrando os Estaduais, que ocuparam 18 datas, do nada para o nada, sem um legado a ser deixado, sem uma grande revelação e com pouca média de público. Foram quatro meses perdidos.

O Circo do Futebol Brasileiro que depende das Federações no seu Colégio Eleitoral reduziu a competição para 16 datas no próximo ano, que não trará nenhuma melhora. O problema não é de datas e sim de algo que morreu e a cartolagem não quer entender.

Cansamos de mostrar que essa competição vem atrofiando o futebol brasileiro por muitos anos. Teve o seu tempo e com muito vigor, mas o mundo globalizou-se, com mudanças que não chegaram ao país.

Quantos clubes que a disputam entram no processo de hibernação pela falta de calendário? As soluções existem mas falta a coragem para implanta-las.

Sabemos que existem clubes sem a mínima condição do que se chama profissionalismo, são amadores brincando de profissionais.

Devemos separar o joio do trigo. Em nossa Região seria necessário formatar um Campeonato do Nordeste com duas divisões. Esse seria o primeiro salto. O Segundo a implantação da Série E, regionalizada para abrigar os clubes menores por toda a temporada, e fazer as divisões C e D completas com Ida e Volta e pontos corridos, também regionalizadas.

Quando falamos sobre o assunto sempre vem a conversa fiada da falta de dinheiro, o que é uma mentira deslavada, desde que para isso poderia ser criado um Fundo que receberia todos os recursos que adentram nesse esporte para uma divisão equitativa.

Pelos números apresentados pelo FBI, as propinas recebidas pelos cartolas que dirigiram a gestão do Circo nesses últimos maléficos 30 anos, dariam para bancar as competições.

Na verdade falta a boa vontade preferindo deixar centenas de clubes sem lenço ou documento, como ursos polares.

NOTA 2- O VAR FOI PARA O CEARÁ 

* Na tarde desse domingo teremos a decisão final do Campeonato Pingadinho, entre Sport e Náutico, com o clube rubro-negro jogando com a vantagem de um empate.

Pelo menos um fato bem importante no meio de tanta mediocridade, a presença de um grande público para a despedida do moribundo. Jogo com casa cheia tem um outro aspecto. 

Com relação ao encontro esse mais uma vez será equilibrado.

O Sport leva a vantagem por ter ganho a primeira partida com a ajuda do ¨bom¨apito amigo, embora tenha sido melhor do que o adversário. O jogo foi de péssima qualidade, dentro do que temos.

O elenco do rubro-negro não é grande coisa, mas tem uma maior rodagem do que o alvirrubro e por isso é favorito a conquistar o título, que daqui há dois meses já estará esquecido.

Enquanto o presidente da Federação Cearense em uma declaração aos veículos de comunicação dizendo que tinha dado um drible em quatro entidades do Nordeste que pediram a implantação do VAR ao Circo do Futebol, só a sua foi atendida, que segundo o próprio por conta do seu prestígio. Pernambuco para ele não tem força.

O mais interessante está na arbitragem que é da FIFA como se isso fosse um passaporte para uma grande atuação. Ricardo Marques não apita os jogos dos times maiores da Federação Mineira.

Qual a razão?

Só Freud poderia explicar.

NOTA 3- O FUTEBOL BRASILEIRO POR TOSTÃO

* O jornalismo esportivo brasileiro é vazio. Os grandes nomes de outrora não tiveram as devidas substituições.

Tal problema aconteceu em nosso estado, quando as boas penas esvoaçaram e o vazio é do tamanho de um buraco no Grand Canyon.

Tostão é o último dos moicanos do bom jornalismo. Os seus artigos nos trazem de volta Armando Nogueira, João Saldanha, Nelson Rodrigues e tantos outros.

Na sua coluna da Folha de São Paulo, esse extrapolou a qualidade em seu diagnóstico do futebol brasileiro. O trecho que vamos publicar é antológico e mostra a realidade do futebol brasileiro.

¨Todos os técnicos do futebol brasileiro elogiam Pep Guardiola e Jurgen Klopp, mas todos ignoram a estratégia dos dois. Preferem a mesmice, o mais fácil e os vícios acumulados durante anos. O conhecimento existe para ser difundido...Os técnicos brasileiros seguiram esse modelo. Porém, se esqueceram de aprender a atacar. Em vez de trocar passes, desde a defesa, e chegar com muitos jogadores ao ataque, priorizam chutões e jogadas aéreas.

É compreensível, como acontece na Europa e no Brasil, que os times pequenos- ou os clubes grandes com times pequenos, como o Vasco e outros, recuem e deem a bola ao adversário para contra-atacar. Mas é inadmissível que grandes equipes usem essa estratégia e destruam a qualidade do espetáculo. É a atual escola brasileira de futebol¨.

Ainda bem que temos Tostão.

NOTA 4- O GAROTO QUE SALVOU O BARCELONA

* Manchester City e Tottenham depois de serem protagonistas do jogo mais espetacular dos últimos tempos que aconteceu no último meio de semana, onde o Tottenham eliminou o Manchester City da Liga dos Campeões, voltaram a se defrontar pela Premier League na tarde de ontem, e dessa vez a sorte esteve ao lado dos Citzens que derrotaram os Spurs por 1x0.

Um estádio lotado, com a torcida do City apoiando a equipe mesmo após a sua derrota no mais importante torneio do mundo, assistiu o gol de Phil Foden, uma aposta de Guardiola com apenas 18 anos, que garantiu a conquista.

A partida começou com a mesma intensidade da anterior, e aos três minutos Ederson fez uma boa defesa para evitar o gol de Son. Um minuto após, um cruzamento na área chegou na cabeça de Aguero que testou para o meio da área e Phil Foden completou para as redes abrindo o placar que permaneceu até o final da partida.

A primeira fase foi de um grande futebol.

Na etapa final o Manchester saiu em busca do segundo gol e garantir a vitória por demais importante para o título, que está sendo disputado cabeça a cabeça com o Liverpool que joga hoje. Essa etapa foi mais lenta, o que iria acontecer por conta do jogo anterior.

Como a Premier League não tem o VAR, que foi o protagonista no jogo do meia da semana, esse fez falta na partida de ontem, quando o árbitro deixou passar um lance em que o coreano Son tentava um drible dentro da área adversária e o lateral Walker tirou a bola com o braço. Como o lance foi rápido o apitador deixou passar em branco.

São as coincidências do destino.

NOTA 5- UM FUTEBOL SEM SAL

* A diferença financeira da Juventus para os demais clubes da Série A Italiana é gigantesca e isso reflete nos resultados.

No dia de ontem a Vecchia Signora chegou ao octacampeonato, o maior registro das cinco grandes Ligas, ao derrotar a Fiorentina por 2x1.

Com tantos campeonatos seguidos a maior competição da Itália vem perdendo ano a ano o seu gosto. Tornou-se um campeonato apenas para que os clubes disputem as vagas para as Copas Europeias.

Para trás ficou o Lyon com sete temporadas, e deverá ter neste ano a companhia do Bayern de Munique que poderá conquistar também o oitavo título.

Na Espanha o máximo fica com o time do Real Madrid, duas vezes pentacampeão, enquanto na Inglaterra nenhum clube passou do tri-campeonato. O Manchester United ganhou por duas vezes, e por uma vez o Liverpool, Arsenal e Huddersfield.

Campeonatos como os da Itália, França e Alemanha não são bons para o futebol que necessita de disputas.

NOTA 6- DOR DE CABEÇA? CHAMEM O VAR

* Uma parte da sociedade brasileira tem a síndrome de avacalhar o que é bom e aplaudir o que não presta. Isso se dá nos mais diversos setores.

É um pais onde as pessoas aplaudem os corruptos e criticam os honestos. O futebol não poderia ficar de fora, e o que assistimos na tarde de ontem no jogo entre Atlético-MG e Cruzeiro foi um atestado de tudo que estamos afirmando.

Uma partida boa, bem disputada, com dois clubes na busca da vitória poderia ser ótima, mas a arbitragem não permitiu.

Os jogadores por conta da movimentação do jogo, reclamavam de tudo, cercavam o apitador Leandro Bizzio que passou a recorrer ao VAR em várias situações desnecessárias.

Se alguém tinha uma pequena dor de cabeça esse chamava o sistema eletrônico. Uma anarquia total.

Com isso o jogo, além das muitas faltas só teve de bola correndo 45 minutos, ou seja roubaram do torcedor metade do tempo da partida. No gramado foram dois tempos diferentes. O primeiro do Atlético que foi muito mais intenso do que o time adversário, e o segundo da equipe Celeste que conseguiu chegar ao empate por conta de um pênalti (existente) e que foi marcado pelo VAR.

O resultado de 1x1 foi justo, dando o troféu de campeão ao Cruzeiro, que tinha ganho a primeira partida.

A arbitragem brasileira é grotesca, ao tratar o VAR como um remédio de farmácia.

Comentários   

0 #1 RE: NOTAS AVULSASJOSE CARLOS DA SILVA 21-04-2019 10:40
Incrível isso, parece outro planeta. Enquanto aqui os torcedores "organizados" se reúnem nas portas dos vestiários querendo depredar ônibus, agredir jogadores nos vestiários e CT, bater em torcedores, etc. Por conta de eliminações, a torcida do City, aliás a europeia, dá um exemplo de como deve se portar o torcedor verdadeiro.

E tem dirigente que banca essas quadrilhas.
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