blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro está começando de verdade com o inicio das suas Divisões Nacionais. Os estaduais só atrapalharam. O debate sobre o Calendário nacional mostra muito bem o desconhecimento de todos os segmentos envolvidos da atual realidade que aflige o esporte da chuteira no país.

A maioria dos clubes profissionais do Brasil vive dos sonhos, visto que nas suas existências são apenas para uma disputa anual, que  no máximo dura noventa dias e depois desaparecem do mapa esportivo.

Este é o maior e mais contundente problema do esporte da chuteira cujo calendário pela sua irracionalidade total, os deixam fora de uma atividade fim que faz parte de sua existência.

Qual o motivo da existência de agremiações, se essas são sazonais, pouco produzem e fecham as suas portas na espera do próximo ano?

Enquanto os ¨gênios¨ que fazem o futebol de nosso país não entenderem que existe a necessidade, inclusive a obrigação legal de que os clubes joguem no mínimo 10 meses por temporada anual, o esporte cada dia se afundará no abismo em que se encontra há um bom tempo.

Necessário se faz separar o joio do trigo, e torna-se importante um censo para que sejam definidos os rumos a serem tomados. Clubes aventureiros não cabem mais no mercado que a cada dia é mais restritivo.

Voltamos a insistir na mesma tecla, de que a Série C deveria ter o mesmo modelo das duas maiores divisões, contemplando uma Série D regionalizada com jogos durante todo o calendário, e ainda a Série E, que iria substituir os estaduais, totalmente em grupos regionais com um calendário cheio. Certamente haveria o fortalecimento, e uma renovação de atletas que faz falta ao nosso país.

Os de sempre irão dizer que faltam recursos, o que não é verdade, e para tal basta analisar o Balanço de 2018 do Circo, que apresenta mais de R$ 500 milhões de aplicações financeiras, que poderiam servir para implantar tais mudanças.

Não podemos continuar com clubes que começam as suas atividades em janeiro, com a necessidade de uma preparação antecipada, com altos custos burocráticos e no final da competição encerram as suas atividades, com altos prejuízos, que muitas vezes são cobertos por seus dirigentes.

Que modelo é esse, em que se paga para jogar? A perenização do sistema é a peça chave das mudanças necessárias. O calendário é pernicioso, mas o sistema existente é mais grave.

O debate deveria ser nacional, uma vez que o interesse é de todos. Hoje vivemos de sonhos, mas a ilusão com esses é devaneio.

A bola começou a rolar e tudo continua como dantes.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar