* Estadual não é referência para o campeão. O nível técnico é baixo a qualidade é zero, e isso ficou retratado na estreia do Sport na Série B Nacional no jogo contra o Oeste.
Uma partida contemplada com 39 faltas, 29 passes errados, e uma bola maltratada por 96 minutos, transformou-se em um show de horrores.
Esse foi o perfil traçado no Tribunal do Torcedor logo após a queixa prestada pela bola pelas agressões que sofreu.
O primeiro tempo foi tão grotesco que deu sono, com os goleiros sem uma única defesa. Uma peladinha no campo do Berardo, com seus peladeiros.
Na segunda fase houve uma pequena melhora na partida, e o Sport conseguiu abrir o placar por conta de uma jogada individual. Isso e nada mais, a não ser dois chutes quase no final da partida.
O Oeste trocava passes como estivesse satisfeito, e nos 49 minutos graças a uma lambança coletiva, empatou.
O 1x1 foi justo para os dois times que fingiam que jogavam.
O rubro-negro da Ilha do Retiro conta com jogadores em quantidade, e raros na qualidade.
Na largada da competição, o cavalo montado pelo Leão mancou, e vai precisar de um tratamento. O pequeno público presente na Ilha deu a primeira vaia da Série B dessa temporada.
Nos demais jogos da noite, o Fantasma (Operário) derrotou por 1x0 o América-MG, o Red Bull/Bragantino venceu por 1x0 o Brasil de Pelotas, e o Atlético-GO atropelou o São Bento por 3x1.
NOTA 2- A ABERTURA DO BRASILEIRO DA SÉRIE A
* Sem uma boa divulgação o Campeonato Brasileiro da Série A será iniciado nesse sábado com a realização de quatro partidas, e entre essas o encontro de Flamengo e Cruzeiro.
As diferenças financeiras entre os 20 disputantes é avassaladora. O time rubro-negro da Gávea tem um orçamento de R$ 765 milhões, enquanto o CSA o último da relação tem uma previsão de receitas de R$ 40 milhões, ou seja 19 vezes menor do que o líder.
O segundo colocado em receitas é o Palmeiras com R$ 562 milhões, e em terceiro o Corinthians com R$ 480 milhões. Do primeiro para o terceiro a diferença é de 1,6 vezes.
Obviamente que mais uma vez o título deverá ser disputado cabeça a cabeça entre os dois clubes de maior orçamento, como já aconteceu em 2018. O time Celeste atualmente é o que vem jogando o melhor futebol do Brasil, mas sempre tem uma tendência de abandonar o Brasileiro para o modelo do mata-mata da Copa do Brasil e por conta dessa programação tornou-se bicampeão.
Se focasse no Campeonato Brasileiro certamente teria condições de lutar contra os times favoritos, desde que a Raposa Mineira é a única equipe de fora do eixo Rio-São Paulo a conquistar o título. (2 vezes).
Os demais irão competir, alguns sonhando com a conquista, como o Corinthians, São Paulo, Internacional, Grêmio e Santos, esse em menor escala, enquanto os demais irão lutar por posições e uma fuga do rebaixamento.
Existe uma questão obvia, a de que um orçamento de R$ 80 milhões do Chapecoense, Goiás e Avaí, de R$ 70 milhões do Ceará e R$ 57 milhões do Fortaleza, sem duvida todos irão ter muitas dificuldades na sua marcha.
Com mais recursos, a qualidade do elenco aumenta, e isso será o destino do futebol brasileiro, acompanhando o que acontece nos países europeus. Nada irá mudar no sistema, desde que os clubes com maiores investimentos são os que sempre ganham.
NOTA 3- NEM FREUD PODERIA EXPLICAR A TORCIDA DO SANTA CRUZ
* Nem os sociólogos ou antropólogos poderiam explicar o fenômeno que embala a torcida do Santa Cruz. Na verdade nem Freud poderia fazê-lo mesmo com toda a sua sabedoria.
Na última quinta-feira o Arruda estremeceu com a vibração emanada pelos torcedores do tricolor, empurrando o elenco que embora não tenha conquistado o objetivo final, participou de um dos melhores jogos do time nos últimos anos.
O impulso foi contagiante e até torcedores de outros clubes sentiram de perto tal acontecimento.
Um dos nossos mais assíduos visitantes, Guilardo Pedrosa, tricolor da Velha Madalena refletiu essa emoção em um comentário que foi postado ontem em nosso blog.
Ao assistirmos essa participação de amor à uma camisa, pensamos a razão de que o clube chegou ao fundo do poço, na terceira divisão, e que só participou da Série A na era dos pontos corridos por duas vezes, com um ativo tão importante como esse?
Obvio que gestões desastradas e numa faixa de continuidade, deram a contribuição para a queda vertiginosa do clube que entrou na história do futebol e hoje pena para sobreviver.
A bola de neve rolou, e ano após ano a situação foi se deteriorado, inclusive levando o tricolor à ultima divisão nacional.
São coisas inexplicáveis, mas o som das arquibancadas deram um recado de que poderão ajuda-lo na recuperação que será gradual, e o acesso à Serie B é fundamental.
Na verdade mesmo sem passar de fase, o Santa Cruz teve um abraço grandioso dos seus torcedores.
NOTA 4- UMA MAIOR VISIBILIDADE PARA A SÉRIE C
* Uma boa novidade foi apresentada aos torcedores dos clubes que irão disputar a Série C Nacional, em especial os do Norte e Nordeste, com a compra dos direitos de transmissão dessa divisão pela DANZ-Brasil, que pagou ao Circo o valor de R$ 20 milhões.
O objetivo maior sem duvida será o público dessas duas regiões.
A primeira partida marcada pela plataforma será entre o Ypiranga x Paysandu nesse sábado às 17h15. No entanto os torcedores do Santa Cruz, Remo, Juventude, Náutico, ABC, entre outras equipes também poderão acompanhar de perto tudo que acontecer nessa competição. Ainda no dia de hoje teremos Remo X BOA (19h15).
No domingo às 19h00 ABC x Náutico, e as 20h00 da segunda, o Santa Cruz irá receber o Treze de Campina Grande. Nessa fase inicial a plataforma ficará aberta para acostumar os torcedores.
Existe a possibilidade de uma junção com a Rede TV para que um jogo seja transmitido de forma aberta.
Trata-se sem duvida de algo importante que na temporada passada tinha o canal do Esporte Interativo.
O streaming funciona muito bem. Temos assistindo alguns jogos do Campeonato Italiano pela DANZ, com boa qualidade. Os horários dos jogos da Série C não são pornográficos como os das outras divisões.
Pelo menos estamos entrando em outra era, e aos poucos quem sabe o monopólio será reduzido.
NOTA 5- O ELEVADOR NO BRASILEIRO
* Avaí, CSA, Fortaleza e Goiás que retornam para a elite do futebol brasileiro em 2019, sabem muito bem que terão muitas pedras em seus caminhos.
Com orçamentos pequenos, bem longe de pelo menos 12 clubes, a luta pela permanência será bem dura.
Segundo as estatísticas, desde 2015, 50% dos times que subiram para a Série A no ano seguinte caíram. O Avaí é o maior exemplo disso: desde que subiu em 2014, o Leão sempre voltou para a segunda divisão logo no ano seguinte. O acesso de 2018 foi o terceiro do clube, que caiu duas vezes desde 2015.
Nesse ano, além do Leão da Ressacada, Joinville e Vasco caíram após terem subido no ano anterior. Em 2016 foi a vez do Santa Cruz e América-MG; em 2017 a dança pegou o Atlético Goianiense e Avaí, e na última edição América-MG e Paraná decepcionaram após boas campanhas na segunda divisão. O Internacional escapou.
O elevador é ingrato e gosta de transportar os clubes que tiveram o acesso no ano anterior.
Todo cuidado é pouco.
NOTA 6- MAL COMEÇOU O BRASILEIRO E O VASCO JÁ VENDEU O MANDO DE CAMPO
* O Vasco da Gama mal começou o Brasileiro vendeu para terceiros o seu mando de campo.
O Circo é conivente desde que não tem a coragem de proibir atitudes como essa que prejudica o futebol e os torcedores.
O clube da Cruz de Malta agiu como um time pequeno, desde que a maioria dessas negociações são feitas sempre com esses, para que possam fazer caixa.
O mando de campo foi vendido para uma empresa que organizará o evento na Arena Amazônia, em Manaus.
A diretoria do Vasco não observou que tem um elenco pronto para a Série B, um dos mais fracos do Brasileiro, no lugar de jogar em casa com a presença de sua torcida e tentar somar pontos, segue para o Norte na busca de uns trocados.
O adversário será o time do Corinthians que tem uma grande torcida na região.
Na realidade não existe solução para o futebol brasileiro. Que os nossos visitantes nos perdoem, mas essa esporte no Brasil tornou-se uma estação de tratamento do esgoto.