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Escrito por José Joaquim

Cesar Grafietti, executivo do Itaú BBA escreveu um artigo para o blog de Hiltor Mombach do jornal Correio do Povo de Porto Alegre, sobre a concentração de renda no futebol mundial e brasileiro, e na parte final desse, textualizou algo que sempre debatemos com os nossos visitantes, com respeito a gestão dos clubes.

Nenhum país do mundo tem tantos times considerados ¨grandes¨- há um aspecto que equilibra o desequilíbrio financeiro e, ao final, iguala a todos: gestão. Boa parte do equilíbrio se dá por conta da gestão e da oscilação entre elas. A má gestão do que recebem mais, destrói valor, enquanto gestões bem feitas agregam¨. Nada mais do que a verdade.

Dois exemplos sobre o tema. O Internacional com custos exacerbados, sendo rebaixado, e o Atlético-PR um time mediano com controle financeiro, classificado para a Copa Libertadores. Dois modelos de gestão bem diferenciados.

Existe um quarteto mágico que forma a base do sucesso de um clube de futebol: Planejamento, Comprometimento, Responsabilidade e Transparência. O Flamengo adota esse modelo, mas, a maioria dos gestores desconhecem a sua importância.

O planejamento é a base de tudo. É o começo, o meio e o fim. Tem que ser feito pelo menos para cinco anos, com algumas mudanças no seu curso nesse período, e com objetivos delineados. O equilíbrio das contas, entre receitas e despesas é fundamental.

Um clube para montar o seu elenco, deve levar em conta os recursos que estarão nos seus cofres durante a temporada, e comprometer as receitas do setor até no máximo de 60% de suas entradas. Nunca antecipar recursos.

Jogador caro não é a solução, e na maioria das vezes não resolve. O elenco deve ser uniforme, linear e com salários dignos dentro das suas condições.

O comprometimento é peça fundamental. Tanto dos dirigentes, como dos torcedores, como da cidade-sede e em especial do elenco, que podem cumprir os objetivos traçados.

O terceiro item é o da responsabilidade, que se reproduz nas ações tomadas, com os devidos pés no chão, com profissionais gerenciando os setores, sem sonhos mais altos do que a realidade, tudo dentro do seu limite.

No final, o quarto componente, que é por demais importante, a transparência, com todas as ações sendo divulgadas nas mídias, sem subterfúgios ou cláusulas confidenciais, que é coisa dos espertos. Os balancetes publicados, documentos à disposição dos associados, e tudo apresentado de forma clara e cristalina.

Essa é a receita que deve ser aplicada por um clube que deseja ter vida longa, desde que não irá somar dividas, pois não terá necessidade de faze-las, por conta do cumprimento do orçamento, e de fácil implantação, mas para que isso aconteça existe a necessidade de bons profissionais em suas gestões, de dirigentes sérios que queiram a evolução dos seus clubes e não as suas.

No lugar de dezenas de contratações inócuas, esse quarteto mágico deveria ser contratado.

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