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Escrito por José Joaquim

Fomos questionados por conta do pessimismo com relação ao futebol brasileiro, em especial com o de Pernambuco. Na ocasião solicitamos que nos mostrassem algo de bom que vem se processando nesse esporte da chuteira nos últimos anos, para que pudéssemos analisar e refazermos alguma de nossas opiniões. O difícil não será o de mudarmos o pensamento, e sim de alguém achar alguma coisa produtiva que aconteceu ou vem acontecendo nesse segmento.

Na verdade precisamos separar o que é o pessimismo do realismo, e o politicamente correto do incorreto. Pertencemos a um segmento que adota o realismo como ponto de partida para as análises, e fazemos questão de não sermos politicamente correto, já que não estamos entre os hipócritas, nem dos fingidos, e bem sabemos que esses personagens representam nada mais, nada menos, uma forma de marketing politico, do engana que eu gosto.

Existe uma chamada hipocrisia social em que o cidadão pensa que não esconde nada de errado dentro de si, e se transforma em uma vestal, ou um anjo barroco das antigas igrejas. O politicamente correto no meio esportivo é aquele que defende o indefensável, ou que finge e fecha os olhos para o ambiente que está sendo corroído pelos cupins humanos.

Não se trata de pessimismo e sim de realismo, para quem passou por duas gerações, e teve a oportunidade de conviver com essas e por conta disso saber ter o discernimento de analisa-las com conteúdo.

Quem viveu no futebol de uma era de craques, que foram tantos que não vamos enumera-los e hoje se contenta com o que temos, não pode ser um otimista e sim um realista. Quem viveu em Pernambuco com as grandes equipes, com  talentos formados na própria base, e ter que se contentar com aqueles que estão dentro dos gramados no dia de hoje, não pode ser otimista e sim realista.

Quem viveu com os dirigentes de alto nível, que visavam aos seus clubes e não a interesses pessoais e muitas vezes estranhos, não pode ser um otimista, com a hipocrisia de fingir que tudo está bem.

Quem conseguia ir aos estádios com tranquilidade, assistia aos jogos com os torcedores rivais, não pode ser otimista, quando os eventos esportivos de hoje se transformaram em praças de guerra, graças às organizadas sustentadas pelos cartolas.

Obvio que acreditamos que  ainda existe uma luz no fundo do poço que nos possa trazer de volta ao otimismo com o futebol brasileiro, mas para que isso possa torna-se necessário que uma parte da sociedade brasileira que vive anestesiada e incapaz de indignar-se acorde.

Quando isso acontecer iremos viver o resto de nossa vida de maneira mais feliz e, conscientes de que tivemos uma participação de um processo que restaurou uma sociedade que dormiu por muito tempo  o sono dos injustos.

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