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Escrito por José Joaquim

Na economia as empresas fazem os cálculos do seu Valor Agregado Bruto, a fim de que os seus procedimentos sejam analisados.

O esporte moderno é um negocio como outro qualquer e deve ser tratado como tal, desde que os seus investimentos terão que ser focados na busca de um bom retorno financeiro.

Os dias do amadorismo e dos dirigentes com o talão de cheque nas mãos desapareceram, dando lugar ao planejamento estratégico, com linhas traçadas para que os clubes possam apresentar lucratividade no final de cada exercício.

O valor agregado bruto aplicado no futebol é a percepção que o cliente (consumidor/sócio), tem de um bom produto ou serviços, que atenda o seu conjunto de necessidades, considerando o beneficio x preço, em comparação com outro bem disponível na concorrência.

Para conquistar um cliente, existe a necessidade de se ter a junção do valor agregado ao seu produto. Em outras palavras, é fazer com que esse (ou físico ou prestação de serviços) apresente um ¨algo mais¨, que atraia a sua atenção, tornando-se mais competitivo no mercado.

Os valores em um clube sócio-esportivo a serem agregados ao seu produto final,  a prestação de serviços ao seu associado/consumidor, formam um conjunto bem extenso, que vão da formação de uma equipe competitiva, que participe com qualidade de eventos mais importantes, e que respeitem as regras pré-estabelecidas ao bom atendimento a todos que o frequentam.

Além disso, a infraestrutura local para o fornecimento de serviços representa um grande valor, e está representada por um estádio confortável, alimentação higiênica, sanitários dignos, facilidade de aquisição de ingressos, lugares marcados, estacionamento, etc.

Um outro ponto importante para ser agregado ao produto final, é o bom atendimento ao associado/consumidor, tornando o clube como uma segunda casa, e dando-lhe atividades em todos os segmentos.

Um clube de Pernambuco que teve o maior valor agregado ao seu produto final foi o Sport, mas nos últimos anos esse foi reduzindo, motivado pela perda da qualidade da prestação de serviços e sobretudo da gestão do futebol.

Em dezessete Campeonatos da Série A, que é um agregador de valores, o clube participou de nove. O seu patrimônio foi abandonado e o sócio relegado a segundo plano, reduzindo mais ainda a sua participação e a queda de receitas. Para efeito de comparação, na década de noventa o rubro-negro participou de todos os Nacionais da Série A.

O dirigente precisa ter uma ideia exata do que isso representa, visto que com a agregação de bons valores ao produto final, esse certamente será valorizado e vendido por melhores preços, inclusive a sua marca. Isso é a antiga lei do vale quanto pesa.

Nos lembramos desse assunto após assistirmos o grotesco jogo contra o Figueirense no último sábado, quando ficamos convictos de que o clube não pode continuar com a mesma linha que vem sendo adotada no presente, pois acarretará sem duvida o apequenamento de sua qualidade e levará o seu produto final a um preço aviltado em relação à potencialidade que apresenta. 

Comentários   

0 #2 RE: A DESVALORIZAÇÃO DO VALOR AGREGADO DO SPORTguilardo 13-05-2019 12:18
DESVALORIZAÇÃO DO SPORT - Lendo o artigo exemplar do amigo, que deveria servir de bíblia a todos os rubro negros, eu não deveria, como tricolor que sou, meter o bedelho no assunto. Entretanto sou pernambucano e tenho interesse no nosso futebol. O Sport era o exemplo a ser seguido por todos. Nós, torcedores do Santa e do Náutico, sentíamos uma ponta de inveja de ver um co-irmão tão estruturado, enquanto padecíamos na lama da pobreza. O Sport por sua vez, atingindo aquele patamar, deveria seguir o exemplo de clubes mais avançados, como por exemplo o Atlético Paranaense. Não o fez. A riqueza momentânea subiu-lhe à cabeça e seus dirigentes deslumbrados esqueceram de gerenciar e trataram de gastar, desmedidamente. O equilíbrio fiscal foi para o espaço. Ontem foi publicado um ranking dos maiores devedores do Brasil, onde o Botafogo encabeça a lista. Quase 700 milhões. Claro que nunca irá pagar. E como ainda funciona ? No jeitinho brasileiro. No dia de hoje, ainda que devendo essa fábula, o clube se tiver comida na mesa e a energia não cortada, coloca o time em campo. Mesmo que esteja atrasado nos salários em dois, três e até quatro meses. Não só o Botafogo, mas a maioria dos clubes brasileiros. O Sport se encaminha rápido a este desígnio. Foi assim com o Santa Cruz, com o Náutico e muitos outros. A primeira divisão, o Eldorado para tantos, é a condenação para intrusos que não têm estrutura para alcançá-la e segurarem-se nela. Quando caem, carregam consigo uma dívida monstruosa. Parece até brincadeira de mau gosto, mas o Santa hoje é quem menos deve em Pernambuco, não por conta das suas administrações, mas tão somente pela sua penúria financeira, a qual impôs times de séries C e D , com folhas não superiores a 250 mil reais. Contratos de quatro meses com jogadores que ganham de 5 até 20 mil reais. Fica mais fácil evitar o endividamento. Agora, pense no salário de Ganso, um enganador de marca maior, que ganha mais de 500 mil reais mensais. Daí porque os clubes do Rio, exceto o Flamengo, estarem na mais completa insolvência. Se o Sport não repensar a sua trajetória, logo farrá parte dos insolventes brasileiros, que cada dia aumenta mais.
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0 #1 RE: A DESVALORIZAÇÁO DO VALOR AGREGADO DO SPORTJOSE CARLOS DA SILVA 13-05-2019 11:05
Pobre leão. Gestões acabaram deixando o clube no atoleiro. Passar em frente aquela imponente sede e ver a sujeira que o local se encontra da tristeza. Vidros quebrados há anos, muros sujos, estádio com reboco caindo. Tudo isso por más administração.

:cry:
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