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Escrito por José Joaquim

O destrambelho nas finanças dos clubes do futebol brasileiro é um produto da ausência de uma governança corporativa, que é algo bem importante para as suas consolidações.

Poucas agremiações no Brasil mantém esse sistema, tais como Flamengo, Grêmio e Internacional. O modelo do Athletico-PR é mais concentrador nas mãos de um único dirigente.

Sabemos que esse tema é comum no meio empresarial, desde que orienta a prática e o procedimento de gestão.

No futebol como já mostramos é um ¨bicho raro¨, principalmente pela falta de profissionais do setor. Os clubes deixam de lado os principais conceitos adotados pelo mundo empresarial.

Em um artigo escrito e publicado por Thiago Scuro, professor de Gestão e Marketing Esportivo, ficou bem claro que a ausência desses conceitos prejudica, de uma maneira geral, todo o ambiente da administração, inclusive o setor financeiro.

Os princípios básicos para uma excelente gestão são formados pela ética nos negócios, a transparência, responsabilidade corporativa, equidade e principalmente na prestação de contas.

Quando observamos tais princípios ficamos na convicção de que o futebol está bem distante desses. Em poucos clubes encontramos tal linha de ação, desde que partem do princípio que praticamente tudo é feito às escondidas, sem nenhuma transparência.

Torna-se imperioso que o futebol comece a pensar na governança corporativa, que irá delinear as estratégias a serem desenvolvidas, e fundamentalmente aprofundar uma raiz que permanecerá no clube por muitos anos.

A adoção do sistema permite uma avaliação do clube em pouco espaço de tempo. O acompanhamento é feito de forma imediata, e os problemas são detectados e corrigidos.

O controle orçamentário, evita o endividamento e as antecipações de receitas, que se tornaram comuns entre os clubes brasileiros. Os seus Estatutos deverão comportar um Conselho de Administração, para acompanhar o trabalho da diretoria, inclusive estabelecendo indicadores de gestão. Junto a esse, a governança corporativa também indica a constituição de um Conselho Consultivo, que é o órgão que garante a preservação da estratégia adotada, evitando distorções que são procedidas a cada mudança de diretoria.

O caminho é esse, e aquele que não o tomarem terão um futuro nada promissor.     

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