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Escrito por José Joaquim

A evolução do futebol europeu sem duvida foi por conta dos investimentos externos, que transformaram os seus clubes em potências futebolísticas. O maior exemplo vem da Inglaterra.

O modelo do futebol da Europa é bem diferente do brasileiro, uma vez que seus clubes são sociedades abertas, inclusive com alguns com ações na bolsa de valores.

O sistema brasileiro adota o superado associativo que mata o seu futebol de asfixia. Não tem transparência e é a mola propulsora da corrupção.  Um amadorismo grotesco. Isso impede de acolher investimentos estrangeiros que é de suma importância para a sua evolução.

Exportamos mais de mil atletas por ano, caracterizando o nosso mercado de formação, mas se tivéssemos aportes internacionais, e mesmo nacionais, no intuito de retorno pelo aplicado, certamente esses talentos ficariam mais tempo no país, e os clubes cresceriam, os patrocínios seriam incrementados, a valorização patrimonial formado por atletas seria grandiosa e, consequentemente trazendo retorno aos fundos aplicadores.

Entretanto tudo esbarra na falta de credibilidade dos dirigentes, e principalmente pela relutância desses de transformar o seu futebol em uma sociedade empresarial, segundo os tipos regulados por nosso Código Civil, que inclusive é facultado pela Lei 9.616/90 em seu artigo 9º, parágrafo 9º.

Existe um projeto que está engavetado por um bom tempo em alguma gaveta do Congresso Nacional, que obriga aos clubes se transformarem em Sociedades Anônimas Desportivas (SAD), como as que existem em Portugal.

Os cartolas relutam nessa transformação, posto que perderão o direito de mandar e desmandar no pedaço, com alguns lucrando com transações que são efetuadas, e no caso de uma sociedade empresarial teria a fiscalização dos acionistas, assim como da Comissão de Valores Mobiliários.

Enquanto os Fundos inundam o Velho Continente de dinheiro, o futebol de nosso país vive da sua dependência de negociações de atletas e em especial dos direitos pagos pela televisão, além dos empréstimos bancários.

Devemos ressaltar que as experiências no Brasil com investidores estrangeiros não foram boas, muito mais pela esperteza dos dirigentes, do que da responsabilidade dos aplicadores. A presença da MSI no Corinthians, terminou em um processo na Justiça Federal por lavagem de dinheiro, tendo como indiciados os dirigentes do clube e os investidores.

Com relação ao Vasco da Gama com Eurico Miranda, o investidor foi o Bank of América, que saiu correndo do Brasil tendo em vista os procedimentos não republicanos do clube, assim como da ISL que firmou parceria com o Flamengo, ligada a FIFA, a qual fechou posteriormente, e foi a pivô das denuncias de corrupção contra o então presidente do Circo, Ricardo Teixeira.

Sem duvidas temos um excelente mercado a ser explorado, mas com os atuais dirigentes dificilmente sairemos dessa vida de eternos emergentes do futebol, desde que eles não deixam.

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