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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ROGER MACHADO O ESQUECIDO

* Roger Machado em pouco tempo no comando do Bahia mudou o formato do seu futebol, ao tornar competitivo um time simples e com recursos bem inferiores aos que são chamados de grandes.

Ontem ao conversarmos com o jornalista Claudemir Gomes, esse focou algo que também observamos no jogo dos tricolores pela Copa do Brasil, que foi realizado na última quarta-feira.

O narrador parecia que torcia pelo time do São Paulo, e mostrava preocupação com o final da partida. Fato como esse é normal em nosso futebol, mas por conta da ética não deveria acontecer.

Por outro lado, os comentaristas de TV necessitam entender que um time menor quando está à frente do marcador não é por um simples acaso, e sim por conta de ser o melhor em campo, mas nas analises realizadas sempre o maior está jogando mal.

Não percebemos uma única referência ao técnico Roger Machado pelo nó tático que o seu time estava dando em Cuca pela terceira vez seguida, assim como a maioria da mídia.

O técnico do tricolor baiano não é aquele queridinho das mídias e sempre é relegado.

Para que tenha uma ideia real do seu atual trabalho no Bahia, basta analisar os números. É um dos quatro times que estão com 100% como mandantes. Os outros são o Internacional, Palmeiras e Flamengo.

Em casa, o tricolor da Boa Terra derrubou o Corinthians, Avaí e Fluminense. Pela Copa do Brasil eliminou o São Paulo, com duas vitórias. Está no oitavo lugar, com a mesma pontuação do Inter (7º) e Flamengo (6º), todos com 10 pontos.

Se compararmos os custos entre os elencos, o baiano está muito longe.

Obvio que pelas diferenças financeiras o Bahia não será campeão, mas o trabalho que vem realizado por Roger Machado até hoje deveria ser enaltecido.

Gostaríamos de saber qual o motivo?

NOTA 2- QUAL A RAZÃO DA QUEDA DA MÉDIA DE GOLS NO BRASILEIRO?

* Ontem no Bate bola da Espn-Brasil teve meia hora discutindo a fala de Crivella sobre o Vasco, no lugar de outros assuntos mais importantes. O Prefeito do Rio de Janeiro está em um capitulo da Enciclopédia da Era da Imbecilidade.

Muito mais importante do que ele disse é sem duvida um debate sobre a queda da média de gols no Brasileiro, que o torna insosso e medíocre no contexto geral.

Qual a razão dessa queda?

A exagerada posse de bola que reduz em muito os ataques, desde que o modelo implantado hoje é o do contragolpe para pegar de surpresa o adversário?

Se gasta muito tempo trocando passes sem um retorno positivo.

A ausência de um centro-avante que desapareceu de nossos estádios? Os retranqueiros de plantão, com os seus ônibus biarticulados? Os tamanhos dos gramados que foram reduzidos? 

São detalhes para serem discutidos.

Hoje o jogador mais procurado é aquele do tipo Usain Bolt com velocidade pelas pontas para passar pelos muros de concreto plantados nas defesas.

O futebol quando muda alguma coisa é muito pouco para torna-lo mais atraente. Entre os anos de 2003 a 2011, as médias de gols oscilaram entre 2,80 a 2,68 por jogo. O ano de 2005 ficou fora da curva com 3,13 gol por partida. O número de jogos foi maior por conta dos 22 disputantes. Somente em 2006 que esse passou para 20, mas a média foi de 2,71, dentro do padrão.

O item posse de bola influencia, mas o tamanho dos gramados é o maior problema, desde que houve uma redução que ajudou aos treinadores para formatarem as suas táticas defensivistas. Com o 105,0m x 68,0m, os jogos passaram a correr pelas laterais, com os jogadores sem espaço e espremidos nos gramados.

Os especialistas do Circo deveriam estudar a volta ao 110m x 70m, como experiência para trazer de volta a alegria do gol, que é o objetivo de uma partida. Por outro lado deveria ser feita uma experiência na pontuação dando zero para cada um dos litigantes quando o resultado for  de 0x0.

O torcedor quer as redes balançando com as bolas, e não goleiros lendo revistas por falta de chutes ao gol.

A vida é de uma eterna mudança e somente o futebol continua estático.

NOTA 3- A GRÃ-FINA COM CARA DE CADÁVER 

* Um levantamento do jornalista Diogo Dantas, do jornal Extra, mostrou algo bem interessante com relação a saída de Abel Braga, que tinha completado cinco meses à frente do comando técnico do Flamengo, inaugurando o mandato de Rodolfo Landim ao manter a média de troca do seu antecessor, Eduardo Bandeira de Mello.

A gestão anterior foi a que efetuou mais trocas de técnicos neste século, com a  mudança de comando em seis temporadas, com 18 trocas. 

A média foi de três por ano. Quem se manteve por mais tempo no cargo foi Zé Ricardo que esteve à frente do time por 90 partidas ao longo de um ano e dois meses.

Obvio que tais números atestam que é impossível que a culpa da ausência de títulos é apenas dos treinadores, com tantas trocas nesse período sem frutos a serem colhidos.

O problema está ligado a cartolagem que tem o perfil da ¨grã-fina do nariz de cadáver¨ personagem de Nelson Rodrigues, que ao entrar no Maracanã perguntava quem era a bola. O futebol brasileiro é uma piada com um recorde mundial de demissão de treinadores.

Um fato bem interessante nessa saída foi que Abel chamou o presidente do Flamengo de mentiroso, quando negou que estava negociando com Jorge de Jesus. Será que ele teve a lembrança de sua contratação pelo time da Gávea, quando conversava com a diretoria enquanto Dorival Junior ainda estava no comando? 

Na verdade o presidente Rodolfo Landim errou ao não conversar com o seu técnico sobre a necessidade de mudança, e que estava conversando com alguns técnicos. Na realidade o treinador luso fez uma proposta de 4 milhões de euros por temporada, ou seja, R$ 17,8 milhões (R$ 1,5 milhões por ano), que foi aceita pelo rubro-negro carioca, e isso só seria divulgado na paralização do Brasileiro por conta da Copa do Mundo.

Só mesmo Freud poderia nos explicar essa insanidade da gestão do Flamengo.

NOTA 4- A COPA DO NORDESTE VOLTOU A CRESCER COM A MELHOR MÉDIA DESDE 2015

* Graças ao Fortaleza e apesar do fatiamento da competição, a Copa do Nordeste teve a sua melhor média de público desde o ano de 2015.

As 80 partidas, considerando-se a Preliminar, a Copa do Nordeste registrou uma média de 6.795 pagantes e um total de 523.185 torcedores.

Foi bem superior a do ano passado que teve 4.246 pagantes. Em 2017 essa foi de 5.973 e 2017 com 5.873. Na verdade os maiores públicos foram os dos anos de 2013 (8.427), 2014 (7.602) e 2015 (7.819).

O campeão Fortaleza apresentou a melhor média de público da competição, com 22.539 pagantes e um total de 157.775. O Bahia teve a segunda melhor média com 21.885 pagantes, e o Ceará em terceiro com 19.684. Somente estes três clubes ultrapassaram a casa dos dez mil torcedores. 

Apesar de todos os problemas a competição mostrou que tem uma demanda cativa, ficando bem acima da média de público da maioria dos estaduais.

NOTA 5- FURACÃO LEVA GOL NOS ACRÉSCIMOS E PERDE A RECOPA PARA O RIVER PLATE

* O Athletico não conseguiu segurar o River Plate no Monumental de Nuñez, com mais de 60 mil pessoas,  e foi derrotado por 3x0, com dois dos três gols sendo marcados nos acréscimos, quando o jogo iria ser decidido na cobrança de pênaltis por conta da vitória do rubro-negro na Arena.

Na realidade um jogo de um time só, com o portenho dominando e o brasileiro se defendendo.

O primeiro tempo terminou em 0x0.

Na segunda etapa a pressão continuou e somente após os trinta minutos o River abriu o marcador, deixando o placar agregado em 1x1.

Nos acréscimos de cinco minutos, os donos da casa marcaram mais dois gols e ficaram com o Troféu da Recopa Sul-Americana.

Um resultado justo para um time que entrou no gramado para ganhar, e um outro para empatar. 

Comentários   

0 #1 Nota 2Andre Angelo 31-05-2019 12:21
Acho muito interessante e salutar essa ideia de não pontuar nenhum time quando o placar terminar 0 x 0.
Acabaríamos com a retranca no futebol brasileiro, pois ambos os times já entrariam em campo "no prejuízo".
Verdade que existem partidas que terminam em 0 x 0 que são fantásticas pelo futebol jogado e pelos gols perdidos. Mas isso ocorre uma vez em mil jogos, ou seja, o percentual de injustiça seria de 0,0001%.
A não pontuação em empates sem gols tornaria o jogo mais franco, mais ofensivo.
E teriam um efeito contrário ao que ocorre com os times visitantes. Explico.
Como saberiam que o 0 x 0 não seria vantajoso, os times visitantes entrariam como "camicases", pois um empate sem gols equivaleria a uma derrota.
Acho que essa discussão tem de ser ampliada no Brasil. Para o bem do nosso futebol.
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