Não assistimos ao vivo o ¨Jogo da Amizade¨ envolvendo as seleções da Colômbia e Brasil, que teve um bom objetivo, ajudar as famílias das vítimas do desastre aéreo que afetou a Chapecoense.
No dia de ontem tivemos a oportunidade de assisti-lo, e mais uma vez ficamos convictos que o futebol brasileiro deixou de produzir seus talentos. O jogo foi abaixo da critica, com jogadores medianos que são tratados pelas mídias como craques.
O público foi reduzido em relação ao seu objetivo, com 18 mil pagantes, deixando o estádio ocioso. A renda não foi a esperada, mas a contribuição maior virá das emissoras de televisão que darão uma parte das receitas obtidas na venda das publicidades.
Alguns analistas creditaram a pouca presença do torcedor no Nilton Santos, a falta de confiança no Circo no tocante a distribuição das receitas. É o efeito de uma realidade existente em nosso futebol com relação aos cartolas de sua entidade maior.
Na verdade embora o apelo fosse bom, ingressos com preços elevados em um estado falido, atrasando os salários dos seus funcionários, certamente pesou para que o estádio ficasse ocioso, aliado a presença de atletas bem conhecidos de todos e as transmissões do evento pelas redes de televisão.
O fato grotesco foi o da ausência no centro do gramado do presidente do Circo do Futebol, Marco Del Nero, no momento das homenagens a Chapecoense através dos atletas sobreviventes, embora estivesse na Tribuna de Honra do Estádio.
O medo das vaias deve ter pesado. Além disso foi deselegante com o presidente da Federação de Futebol da Colômbia que estava presente.
O cartola vive como uma Sombra no futebol brasileiro, fechado no seu bunker, paparicado pelos áulicos, sem poder sair do Brasil por conta do FBI, que está investigando o sistema de propinas do futebol mundial, em que esse é um dos suspeitos.
Marco Polo na sua época viajou por todo o mundo. O nosso não consegue ir ao Paraguai, prejudicando o crescimento do nosso futebol, inclusive com a FIFA bloqueando R$ 300 milhões das receitas da Copa do Mundo, que seriam aplicadas para a construção de Centros de Treinamento e no futebol feminino.
Sempre afirmamos em nossos artigos que vivenciamos o Brasil surreal, quando o presidente de uma entidade que já foi respeitada só pode se locomover em seu território, sem marcar a sua presença em órgãos esportivos da maior relevância.
Aos poucos o futebol brasileiro vai perdendo as suas forças. Não vamos fazer juízo de valor sobre a culpa do cartola ou não, desde que não temos esse direito, mas a sua presença não é salutar para o esporte nacional, entretanto conta com o apoio dos cartolas que fingem que nada existe, que tudo vai bem no reino da Dinamarca. A cara do Brasil que foi assaltado nos últimos anos.
Um bom produto como o futebol merece muito mais do que temos. O Sombra é o seu maior personagem.
PREZADO JJ: Você tem razão quando afirma que o futebol brasileiro é surreal. Como se pode entender que um personagem preso nas grades da Barra da Tijuca, sem sair do país, continue a comanda o futebol nacional? É vergonhoso.
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Você tem razão quando afirma que o futebol brasileiro é surreal. Como se pode entender que um personagem preso nas grades da Barra da Tijuca, sem sair do país, continue a comanda o futebol nacional? É vergonhoso.
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