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Escrito por José Joaquim

Na postagem de ontem fomos provocados por um dos mais assíduos seguidores do blog, o Rubro-Negro, que ao comentar sobre a partida entre América-MG e Coritiba nos perguntou se tínhamos deixado de lado as fusões dos clubes, e adotado o sistema de SADs. A resposta será dada nesse artigo.

As Sociedades Anônimas Desportivas (SADs) se encaixam em clubes de maior porte, com boas demandas, mas continuamos achando que a fusão poderá transformar agremiações medianas.

Quando falamos nesse tema o mundo desaba, os apaixonados acham que queremos diminuir o potencial de seu clube, o que não é verdade, e sim o desejo de abrirmos um debate sobre a importância da demanda do nosso futebol, e que muitas vezes está saturada e sem condições de absorver as ofertas que são apresentadas.

O futebol moderno faz parte de uma indústria que mais cresce no mundo, e tem que se adequar para que seja incluído no mercado consumidor e, sobretudo no mercado patrocinador, que hoje utiliza o marketing esportivo para vender os seus produtos.

Todos nós estamos acoplados a dois importantes itens da economia: a demanda e a oferta, e disso o futebol não poderá esquivar-se. A demanda representa tudo aquilo que o consumidor almeja adquirir em um espaço de tempo e, ao fazê-lo, fica caracterizado como consumo. Com relação a oferta, essa representa a quantidade de bens e serviços que os produtores desejam vender em determinado espaço de tempo.

Um exemplo simples: uma população de torcedores estimada em 5 milhões, representa um grande mercado, entretanto essa é fatiada entre vários prestadores de serviços (clubes), logicamente o seu poder de venda de sua marca é reduzido, e que dificulta sua compra pelos patrocinadores.

A economia dita as regras do jogo, desde que se procedermos uma análise em todo o país, existem locais em que há um excesso de demanda saturada, e por conta disso os clubes começam a passar por dificuldades.

Continuamos achando que se o mercado consumidor se apresenta contrário a sua evolução, se a demanda que está sendo ofertada para os patrocinadores não corresponde aos seus interesses, a melhor maneira é que haja uma fusão entre duas agremiações locais para que tenham uma marca potente, e sobretudo um grande número de consumidores.

Um exemplo recente foi o da fusão entre o Bragantino que vivia entre as Séries B e C, mas com uma boa estrutura, e o Red Bull que possuía recursos financeiros. O resultado está estampado na tabela de classificação da Série B. O futebol do Brasil agrega apaixonados que estão observando a queda dos seus times em um poço profundo.

Uma lógica simples, se hoje um clube tem um milhão de torcedores, sua potencialidade é ¨x¨, e se amanhã ele se apresenta com três milhões, é obvio que essa é de ¨3 x¨. A sua arrecadação triplicará.

Trata-se de um debate em um país que ao se falar nesse tema é um verdadeiro sacrilégio, e quem o levantou terminará nas mãos de um novo Torquemada.

Comentários   

0 #2 RE: SACRILÉGIOANTONIO CORREIA 05-06-2019 13:31
JJ: Uma análise correta sobre fusões, mas com a cultura grotesca do Brasil cujos clubes preferem morrer de fome, isso jamais irá acontecer.
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0 #1 RE: SACRILÉGIORUBRO-NEGRO 05-06-2019 12:00
JJ; Agradeço a sua gentileza ao responder a mina pergunta, que não foi provocação, apenas por interesse. A resposta como sempre foi excelente.
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