Uma matéria de David Heller, do Bloomberg, mostra que a Premier League, obteve uma receita recorde na temporada 2018/19, que a manteve bem à frente das outras Ligas de futebol da Europa, e o maior exemplo dessa força foi a da participação de quatro de suas principais equipes na finais dos dois maiores campeonatos do ano.
Segundo a publicação, a receita da liga atingiu 5,44 bilhões de euros (US$ 6,07 bilhões), mais de 70% acima do seu concorrente europeu mais próximo nos BIG Five, a Bundesliga alemã, segundo analistas de negócios da Deloitte, cujo trabalho foi a base para essa matéria.
A Liga alemã superou por pouco sua contraparte espanhola, La Liga, no segundo lugar. Os elevados acordos de transmissão e o aumento das distribuições da UEFA, órgão regulador do esporte na Europa, estão contribuindo para o incremento das receitas das maiores Ligas de futebol, especialmente para as equipes de elite, conforme os analistas.
Por outro lado, ficou constatado que a Bundesliga e a La Liga estão acompanhando o crescimento da Premier League, e a League 1 e a Serie A da França podem cair e se tornar menos competitiva.
O relatório da Deloitte afirma que é urgente para os clubes italianos e franceses possam desenvolver suas fontes de receitas: ¨há um risco de que a diferença entre eles e as três principais ligas continue a crescer¨, provocando o desequilíbrio competitivo. A receita total do mercado global de futebol da Europa subiu 11% para 28,4 bilhões de euro, segundo o relatório.
Enquanto a média de comparecimento dos torcedores aos jogos foi maior na Bundesliga, as equipes inglesas tiveram uma receita média por clubes de 272 milhões de euros (R$ 1.18 bilhões) comparados aos 176 milhões de euros na Budesliga (R$ 763,8 milhões).
O relatório da Deloitte mostrou algo bem interessante e que precisa ser bem acompanhado, com os clubes do segundo escalão gastando mais do que podem, inclusive com perdas nos seus balanços, para que possam chegar às ligas maiores.
Na realidade existe muito dinheiro em jogo em todos os níveis, mas é preciso haver disciplina e boa administração.
Os números que mostramos mostram de forma clara que o futebol brasileiro está tão longe do europeu como a Terra do planeta Marte.
Os 20 maiores clubes do Brasil tiveram uma receita agregada de R$ 5.281 bilhões, enquanto os da Premier League somaram R$ 23.609 bilhões, quatro vezes maior do que as dos nossos.
Obvio que a economia europeia é mais forte do que a brasileira, e isso reflete nas suas receitas, e por outro lado o futebol no Velho Continente é tratado com seriedade, enquanto o do Brasil é uma avacalhação total.
Comentários
0#2RE: O TAMANHO DO FUTEBOL INGLÊS —
ANTONIO CORREIA06-06-2019 14:13
JJ: Os números mostram o abismo que existe entre o Brasil e o futebol europeu, principalmente entre os maiores clubes. O futebol não conseguiu acompanhar o período de crescimento de nossa economia que hoje está em baixa, e por conta disso não evoluiu.
0#1RE: O TAMANHO DO FUTEBOL INGLÊS —
guilardo06-06-2019 12:41
O TAMANHO DO FUTEBOL - Eu diria ao nobre amigo que, partindo-se de uma análise fria a respeito da distância que separa o Brasil da Europa, a coisa não deveria ser tão ruim. Explico. O Brasil, malgrado essa esculhambação reinante no país, ainda detém a oitava economia do mundo. Há cinco anos atrás chegamos a passar o próprio Reino Unido, ficando então na quarta posição. Traçando-se um parâmetro, o Brasil seria a exceção em toda a América " Latrina", pois nenhum outro pode competir conosco. Entretanto, o futebol brasileiro faz parte do esgoto a céu aberto onde estamos metidos. Somos preguiçosos, incompetentes e dotados de baixo teor moral ( existem muitas exceções, é claro), que nos levaram ao descrédito, inclusive no futebol. Os nossos maiores clubes sobrevivem às expensas do governo, aproveitando-se de leis ridículas e tendenciosas além dos patrocinadores públicos. Uma lástima. Governos estaduais desviam verbas que serviriam à educação, saúde e segurança, para dar aos clubes dos seus feudos, como há bem pouco tempo Pernambuco o fazia. Se os nossos governantes não são sérios por quê o nosso futebol seria ? Aí tenho que voltar ao assunto do dia. Somos ou não merecedores de ter um jogador, ídolo no Brasil, como Neymar ? Evidente que somos. Não temos mais, hoje em dia, condições de ter um Messi ou Cristiano Ronaldo. Nem chego a Pelé porque seria querer demais, e isso já não somos merecedores. Pois bem. Num programa da Fox, antes de ontem, o apresentador deu a notícia que o Flamengo estaria encetando negociações para trazer Neymar. Para mim não seria novidade, pois está entrando no ostracismo na Europa e, naturalmente, voltará ao berço esplêndido, terra onde nasceu e foi forjado para decepcionar a todos. Aqui, nessa terra devastada, Neymar voltará a ser ídolo, arrodeado de puxa sacos e babões, que cobrirão todas as suas orgias, postando-se nas portas dos motéis e rodas de samba. Até que encontre o velho Adriano cansado de guerra, que certamente o apresentará às noitadas nas favelas cariocas, regadas a samba, drogas, mulheres e bebidas. O bom filho à casa retornará.
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