Vamos imaginar que o futebol brasileiro tivesse adotado o calendário esportivo universal, com os clubes em férias e com a Copa América sendo realizada.
Algo que seria normal e racional, mas como somos um país surreal onde a palavra dos bandidos valem mais do que as dos honestos, as duas maiores competições entraram em um recesso que irá esfria-las quando do reinício.
Tal fato é igual ao espectador de um filme quando esse chega em um momento interessante e de repente pede licença para continuar no próximo mês.
Algo que beira a insanidade. Mas como não temos gente corajosa para enfrentar o poder, tudo irá ter a continuidade do dantes.
Pela primeira vez em muitos anos a média de público está acima de 19 mil pagantes, e justamente nesse momento o filme irá parar para atender uma Copa que 70% dos brasileiros não estão interessados.
Os ingressos estão boiando e estão sendo distribuídos em entidades beneficentes. Se não tomarem essas providencias alguns jogos terão menos de 5 mil pagantes, e alguns fantasmas.
Pagar R$ 300 para assistir Bolívia, Venezuela, Catar e Japão é algo improvável, desde que esse valor poderá ser aplicado em uma boa compra em supermercado.
Uma competição que é excelente para a Conmebol por conta dos patrocínios, e para o nosso Circo do Futebol e o seu Encantador de Jornalistas, que necessitam de um conquista seja lá qual for, para as suas sobrevivências.
De nossa parte não temos nenhuma emoção em assisti-la, desde que nada de novo iremos ter no reino dos espertos, e com a certeza de que os ufanistas estarão gritando, Brasil, Brasil, e os comentaristas de Escolas de Samba dando nota 10 em todos os quesitos.