* A nona rodada da Série A que foi encerrada na última quinta-feira, representou 23,5% do total dos jogos, quase um quarto desses.
Com exceção do jogo do time do Santos contra o do Corinthians, o futebol apresentado foi fraco e de pouca qualidade. Muitas peladas milionárias.
Na tabela de classificação o Palmeiras entrou no recesso galopando de forma tranquila, e quando o seu jóquei olha para trás não observa nenhum adversário perigoso. O mais interessante é que 80% dos jogos do líder não foram bons tecnicamente, mas a qualidade do elenco vem pesando.
A novidade dessa nona rodada foi a do retorno do Flamengo e Internacional ao G4, e a presença do Goiás na 6ª colocação. Na parte reservada pela Caetana, o Cruzeiro resolveu visita-la na companhia de Chapecoense, CSA e Avaí. O Vasco para a emoção de Luxemburgo pulou para fora desse grupo.
Mais uma vez os mandantes tiveram mais vitórias (6) contra duas dos visitantes e dois empates. A média de gols continua fraca, com 21 bolas balançando as redes, com uma média por jogo de 2,10. O público total foi de 182.340, com uma média de 18.234.
No geral (88 jogos), os mandantes fizeram o estrago, com 51 vitórias (58%), os visitantes com 18 (20%) e 19 empates (22%). O público total é de 1.695.015, com a média de 19.262.
Só voltaremos a falar sobre o assunto no próximo mês, quando a Copa América & Cia terminar, e que não seja com a vitória do Circo e de Tite.
Eles não merecem.
NOTA 2- A NECESSIDADE FAZ O SAPO PULAR
* O sapo quando o chão está quente pula para a água, e que deu origem a um antigo ditado- ¨A necessidade faz o sapo pular¨.
O Sport antecipou receitas que na verdade é um desastre para um orçamento, mas foi para atender a necessidade de pagamento dos salários atrasados dos seus funcionários. Não tinha para onde correr, desde que pela sua atual situação não existe credito para conseguir empréstimos de uma fonte limpa.
Antecipar as receitas é o mesmo que cobrir um santo e descobrir um outro, ou seja atende a um determinado momento com o dinheiro do futuro, e quando esse chegar não tem como cobrir o outro que está morrendo de frio.
Na economia, antecipações é um fato que jamais deveria acontecer, mas no futebol brasileiro com a maioria dos clubes de pires nas mãos esse modelo é algo banal, desde que esses recorrem ao futuro para cobrir o presente.
A solução foi dada provisoriamente, e no amanhã os atrasos irão continuar desde que o fluxo de caixa foi abalado.
São coisas de um futebol sem lei e sem ordem gerencial.
NOTA 3- O TÉCNICO MUITAS VEZES NÃO É O CULPADO
* Fernando Dinis não é apenas o técnico do futebol do Fluminense, e sim um magico por levar o time à fazer bons e históricos jogos.
Muitas vezes ouvimos os analistas de nossas mídias questionando a performance desse treinador, mas não sabem a realidade que esse enfrenta, com um clube com salários atrasados e perdendo peças principais por saídas e contusões. O mais grave é que não tem reposição, e está se servindo da base do Xerém.
No último jogo do time contra o Chapecoense, teve de mudar os planos de última hora. O motivo foi o pedido de Luciano para ser negociado por não aguentar a ausência dos pagamentos salariais. Perdeu o artilheiro do clube na temporada. Pedro que era a solução está com a seleção sub-23 do Circo em Toulon.
Um pouco antes perdeu o ponta Everaldo, que vinha sendo uma peça importante no esquema tático do time. Foi para o Corinthians. Há pouco por conta de uma grave contusão ficou sem Matheus Ferraz, o último titular da defesa. Digão e Léo Santos ainda estão no Departamento Médico.
Nos últimos jogos Diniz tem feito improvisações que tornou a defesa tricolor como a pior do Brasileiro com 16 gols negativos.
Como um técnico poderá obter sucesso trabalhando em um clube com problemas financeiros, e com um bom número de jogadores contundidos, e sem recursos para as reposições?
Nem Freud poderia responder essa pergunta.
NOTA 4- QUEM SE INTERESSA PELA COPA AMÉRICA?
* A Paraná Pesquisa perguntou:
¨Com relação a Copa América que ocorrerá no Brasil, o sr(a) diria que está muito interessado, interessado, pouco interessado ou nada interessado?¨
Setenta (70%) responderam estar pouco interessado ou nada interessado e 27,1% muito interessado ou pouco interessado.
Obvio que isso reflete o sentimento do torcedor.
Enquanto isso uma matéria de Alex Sabino e Carlos Petrocilo, do jornal Folha de São Paulo, mostrou que os fantasmas irão ocupar muitos espaços nos diversos estádios.
A baixa quantidade de venda de ingressos é uma realidade, e a solução que está sendo dado para afugenta-los, é o da distribuição dos ingressos em entidades filantrópicas.
Até agora só quatro jogos tem ingressos esgotados: o de ontem na estreia do Circo, o Circo contra a Venezuela, dia 18, na Bahia e a final no Maracanã, além do encontro entre a Argentina e Colômbia, hoje também em Salvador.
Várias são as partidas que não venderam mais de 2.000 bilhetes até aqui, como Equador e Japão, no Mineirão. Quem vai desembolsar R$ 300 para assistir uma pelada como essa? Tal valor daria uma boa compra no mercado.
Na realidade esse tipo de competição meia boca é boa apenas para os organizadores, que vendem os direitos de transmissão para os países que estarão na disputa, além dos patrocínios.
O futebol sul-ameriano atualmente anda capenga, e o Brasil é um bom exemplo.
NOTA 5- UM CAMPEÃO INÉDITO
* O Basquetebol é um esporte repleto de emoções, e muitas bolas nas cestas, que leva publico as arenas, em todo o mundo.
A NBA (Liga de Basquete Americana) é o maior exemplo, quando um jogo torna-se como um espetáculo. Quem assiste jamais o esquece.
Na última quinta feira aconteceu a partida final dessa Liga, com uma conquista do título inédito pelo Toronto Raptors que derrotou o bicampeão Golden State Warriors por 114 a 110, na Oracle Arena, em Oakland, na Califórnia. Foi a primeira conquista de uma equipe do Canadá na liga norte-americana de basquete.
Uma partida equilibrada, com dois fenômenos na quadra, do lado do Toronto, Kawhi Leonard, e de Klay Thompson do time da Califórnia. Em nenhum momento a diferença foi de mais de dez pontos.
A contusão de Thompson no quarto período foi crucial para o time californiano que perdeu o seu maior jogador.
Na verdade não foi uma partida, e sim um evento esportivo da maior qualidade.
Por isso é que gostamos do basquetebol pela intensidade do seu jogo.
NOTA 6- A ¨SELECIRCO¨
* Não assistimos a estreia da ¨Selecirco¨ na noite de ontem, mas pelos comentários que foram publicados não perdemos nada.
Um jogo burocrático, grotesco contra um time juvenil da Bolívia, e um placar de 3x0 graças ao VAR que marcou um pênalti Mandrake, que abriu o marcador no inicio da segunda etapa.
Até o Encantador de Jornalistas não gostou.
O melhor de tudo foram as vaias no primeiro tempo que fechou com 0x0, e o ¨Fora Tite¨.
Uma pergunta para encerrarmos: pelo que vimos hoje, onde estavam os 60 mil torcedores tão decantados? O Morumbi tinha muitos espaços.