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Escrito por José Joaquim

Como o futebol de clubes está em recesso por conta da Copa América com Japão e Catar, criou-se um hiato que serve para reflexões sobre esse esporte em nosso país.

Na realidade faltam bons pensadores no sistema que deixam de lado o debate sobre os graves problemas que o afligem, e que estão se tornando perenes, inclusive com a queda de algumas agremiações. 

Estivemos realizando uma analise sobre clubes como o Santa Cruz, Náutico, Portuguesa de Desportos, Remo, Paysandu, Nacional de Manaus, Rio Negro, também de Manaus, Treze de Campina Grande, Campinense, América de Natal, ABC, e tantos outros que vivenciaram dias de glórias e ao mesmo tempo dias de tragédias, sendo que alguns desaparecerem completamente do cenário nacional, e apesar dos problemas, ainda são donos de uma grande massa de torcedores apaixonados.

A mesma coisa aconteceu com algumas empresas que sucumbiram por falta de uma gestão que pudesse acompanhar a modernização, a tecnologia que o mundo alcançou e foram ultrapassadas por um concorrência por demais ansiosa de atender uma nova massa de consumidores.

Uma boa gestão tem que acompanhar as inovações oferecidas pelo mundo, as novas tendências, e o futebol não fica isento de tais fatos, por ser um produto comercializado e tem que ser bem gerenciado para a obtenção do sucesso.

O mercado futebolístico ainda leva uma boa vantagem, pois tem uma demanda fiel, que é representada por seus torcedores, e que ainda dão uma sustentação razoável para a manutenção de seus clubes, entretanto para tudo tem um limite, e apesar do amor destes, aos poucos vão se distanciando, não em busca de um outro clube, e sim de outros eventos que irão substituir aqueles que participavam, e deixam de consumir os produtos oferecidos por estas agremiações.

É preciso renovar os conceitos de gestão, moderniza-la, como alguns clubes vem fazendo, para atender a esta nova demanda totalmente insatisfeita na busca de novos produtos, e deixar a ilusão de que a repetição de glórias do passado que advirão com o mesmo modelo, fato esse que jamais acontecerá.

O mais importante para uma gestão moderna é o investimento nos recursos humanos, captando os profissionais qualificados, para que possam dar o rumo necessário para que os clubes voltem aos bons momentos de sua história.

Na verdade os clubes não podem viver no tempo dos livros de ouro, rifas e outras maneiras singelas de obtenção de recursos. São ideias que não cabem mais no conceito de gerenciamento hoje implantado no futebol mundial.

As cadernetas das antigas vendas não existem mais.

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