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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM CLÁSSICO SEM EMOÇÕES

* O clássico entre Náutico e Santa Cruz teve de tudo, menos emoções, como era chamado no tempo que ainda tínhamos futebol.

Um jogo morno, fraco tecnicamente, de pouca qualidade, e com o resultado feito nos minutos finais.

O placar de 1x1 foi justo para o mal futebol dos dois times, e na verdade o tricolor não poderia sair da Arena com uma derrota, desde que o árbitro Péricles Bassols foi amigo do alvirrubro quando não marcou um pênalti cometido contra o seu jogador André Luiz. Os Deuses estavam assistindo a partida e resolveram o assunto.

Foi o primeiro apito amigo desse estadual. Outros virão.

O torcedor pernambucano deu mais um recado que não aceita a banalização do futebol, com vários clássicos entre os mesmos competidores, e com um estadual falido e sem o menor futuro.

Apenas 4.622 pagantes estiveram na Arena, que para o tipo de jogo foi bem acima de sua necessidade.

O futebol de Pernambuco vai de mal a pior, e pela amostra não acreditamos que irá melhorar. O menos ruim é o Sport, desde que manteve a sua base do ano anterior, mas não é muita coisa.

Ainda bem que o fenômeno Federer salvou o nosso domingo.

NOTA 2- O TÊNIS SALVOU O DOMINGO

* Ainda bem que tivemos Roger Federer e Rafael Nadal, ícones do tênis mundial, salvando o domingo esportivo na final do ¨Aberto da Austrália¨.

Um jogo que teve momentos alternados para os dois lados, e que foi decidido no 5º set, o ¨Tie-Break¨, com a vitória do suíço por 3 sets a 2, voltando a conquistar um Grand Slam (18º) que não acontecia desde 2012.

Federer é uma Fênix, que sai das cinzas recuperado e consegue apesar dos problemas físicos e da idade, conseguir algo tão expressivo, em um torneio dos mais importantes no circuito do tênis mundial.

Nadal não ficou atrás, um verdadeiro leão na busca da vitória. Chegou perto, mas a vontade do adversário de uma conquista foi maior.

Na realidade o equilíbrio foi grande. O suíço venceu o primeiro set (6x4), perdeu o segundo (3x6), foi vencedor no 3º (6x1), e no quarto a vitória do espanhol (6x3). Na decisão, o placar foi de 6x3 para Roger Federer. Os seus aces foram definidores do resultado final, 71, contra 19 de Rafael Nadal.

Esse encontro foi sem dúvida um presente ofertado pelos dois tenistas que representam o lado bom que existe no esporte mundial. Mais tarde nos tornamos sofredores com o nível do futebol brasileiro, com vários jogos do nada para o nada.

Que esses atletas ainda tenham uma vida longa nas quadras pelo mundo afora. O esporte agradece.

NOTA 3- O PÚBLICO SUMIU

* O açodamento de iniciar as competições no período da pré-temporada, além de prejudicar os clubes nas preparações, tem motivado jogos fracos, desprovidos de qualidade e sobretudo sem torcedores nos estádios.

Ao fazermos um levantamento nos jogos da Copa do Nordeste e Primeira Liga, verificamos que o público sumiu, graças a falta de competência da cartolagem que a cada dia afunda mais o futebol brasileiro.

Nas partidas realizadas pela torneio Nordestino (10), o publico total foi de 43.368 pagantes, com uma media de 4.364 por jogo. O maior foi do jogo Fortaleza x Bahia (8.202), e o menor o do Náutico x Uniclinic (2.150).

O interessante é que nenhum time visitante foi vitorioso (6 vitórias dos mandantes e 4 empates). A media de gols foi de 2,2 por partida.

Por outro lado a Primeira Liga em seus 5 jogos somou um público menor do que foi apresentado pela Copa do Nordeste, com apenas 15.816 pagantes no total e uma media de 3.143 por jogo. Números inexpressivos.

Os mandantes tiveram 2 vitórias, 1 dos visitantes e 2 empates. O maior público foi de Chapecoense x Joinville (6.855), o menor foi de América-MG x Ceará (1.648). A media de gols é grotesca, 1,6 por jogo.

Os resultados foram previsíveis, desde que o futebol brasileiro vem sendo tratado de forma equivocada, sem obedecer a lógica do mercado.

Os cartolas pensam que colocando os times em campo o assunto está resolvido. São apedeutas esportivos.

NOTA 4- ELES GANHARAM

* O basquetebol brasileiro não merece passar por um momento tão delicado como o que está vivenciando.

Além da intervenção na Confederação, por conta dos desmandos do seu presidente Carlos Nunes, no último sábado assistimos uma cena constrangedora na Arena da Barra, que foi palco dos jogos olímpicos, quando dois clubes de tradição nesse esporte se enfrentaram para um ginásio sem torcida.

Os únicos sons que ouvíamos eram provenientes da quadra, e nada mais. Um silêncio sepulcral nas cadeiras vermelhas da Arena. Vazias, chorando pelo morte do esporte que já foi o segundo na preferência do povo brasileiro. 

Tudo isso por conta das torcidas organizadas do Vasco e Flamengo, que estão acostumadas com os procedimentos violentos no futebol, e os levaram para os ginásios que não tinham a convivência com bandidos.

Por outro lado, a ineficiência da Policia Militar do Rio de Janeiro ficou caracterizada ao afirmar que não tinha efetivo para o policiamento do jogo, e pediu que esse fosse de portões fechados.

Foi atendida, os portões foram fechados. Foi mais uma derrota da sociedade, e em especial do esporte, que teve que atender tal determinação em nome da segurança.

Enquanto isso no piso do Ginásio aconteceu um bom jogo, com dois times pela rivalidade desejando a vitória, que só foi confirmada quando a bola saiu das mãos de Nezinho, atleta do Vasco, e quando estava no ar o cronometro encerrou o jogo, com uma cesta de três pontos, e a vitória de 78 a 77 do time da Cruz de Malta.

Um ginásio silencioso não comemorou por conta da ausência das torcidas, o esporte foi derrotado, e os marginais ganharam.

Lamentável.

NOTA 5- NÓS TEMOS JESUS! 

* A torcida do Manchester City está vivendo momentos de emoções por conta de Gabriel de Jesus. Um novo cântico está surgindo nas arquibancadas, com o refrão ¨Nós temos Jesus¨ ¨Nós temos Gabriel Jesus¨.

Ontem lemos alguns jornais ingleses, e todos destacaram a performance do jogador brasileiro no seu segundo jogo com a camisa do City.

Assistimos o primeiro quando esse atuou por apenas nove minutos, e apesar da pouca idade, mostrou que veio para ficar. Já no segundo, tornou-se um dos seus protagonistas.

Gabriel de Jesus é um atleta bem formado, com personalidade, sem estrelismo e tem tudo para uma consagração no futebol europeu.

Condições para isso tem. Está jogando como já estivesse na Inglaterra há muito tempo. Pela sua formação certamente não irá cair no conto das celebridades.

Comentários   

0 #1 RE: NOTAS AVULSASCARLOS ALFREDO 30-01-2017 13:25
JJ: A AUSÊNCIA DE PÚBLICO É UM REFLEXO DO CALENDÁRIO DO FUTEBOL NACIONAL. SÃO VÁRIAS COMPETIÇÕES AO MESMO TEMPO, VEJA O CASO DE NÁUTICO E SANTA CRIZ, QUE ESTARÃO SE ENFRENTANDO NO FINAL DESSA SEMANA. UMA BANALIZAÇÃO TOTAL.
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