Ao lermos a entrevista de João Martorelli, presidente do Sport, ficamos na dúvida se esse habita o nosso planeta ou está em outro mundo, deixando bem claro que não conhece nada do clube mesmo dirigindo-o por quase quatro anos.
O rubro-negro da Ilha do Retiro é um dos poucos do Nordeste que tem potencialidade para o crescimento, mas as últimas gestões o trucidaram tanto na área esportiva como a patrimonial.
O Sport de hoje é um produto de uma gestão totalmente pessoal de Gustavo Dubeux, que tornou-se o seu dono, afastou alguns personagens do clube que poderiam dar a colaboração mais efetiva, deixando um legado que não pode ser comemorado.
O atual presidente é um herdeiro do desastre, deu continuidade a má gestão, e no início ainda continuava com a obsessão pela arena, que teria sido o fim do clube, desde que hoje só teríamos um buraco em todo o seu patrimônio.
Afirmar que o futebol do Sport ainda pensa no G4, que Oswaldo de Oliveira prestigia a base, entre outras coisas, é a certeza de que o Sport vem sendo dirigido pelo telefone, ou pela internet. G4 só em sonho de uma noite de verão, e aproveitamento da base temos um exemplo bem claro, Everton Felipe, que pouco tem sido aproveitado nos últimos jogos, e era o último dos moicanos.
Quem passa pela sede do clube verifica o abandono. As paredes que eram lavadas todos os anos estão sujas por conta da poluição. A parte que era pintada está escura. Vidros quebrados no salão social, um abandono total, que mostra de forma clara a situação a que esse foi relegado.
O Sport é totalmente terceirizado. Nada lhe pertence e sim aos que o arrendaram. As famílias há muito que não o frequentam, e isso é grave para a formação de uma nova geração para que possa dirigi-lo no futuro.
O mais grave de tudo é a apatia dos rubros-negros que presenciam os problemas do seu clube e não reagem. Se calam, e quem cala consente, embora os torcedores já começaram a abandona-lo deixando os estádios vazios.
Os caminhos do Sport serão tortuosos, embora seja uma entidade viável falta-lhe gestores para que possam conduzi-lo por uma estrada sem buracos ou curvas perigosas, e trazê-lo de volta aos seus grandes dias.
Na realidade hoje o clube é um LEÃO ADORMECIDO na busca de um comando que possa acorda-lo, desde que o atual não conquistou nada.