Não existe nenhuma movimentação nos setores que fazem o futebol de Pernambuco, para que seja procedida uma análise profunda e real com o objetivo de se detectar as causas da sua decadência.
Uma acomodação geral de todos os segmentos, que não conseguem perceber o apequenamento desse esporte em nosso estado, que vive hoje apenas de um estadual, que não leva a nada por conta da sua péssima qualidade.
Paramos nas fronteiras limites e não somos mais nada para o resto do Brasil. Nem nos rodapés das mídias de outros estados que ficam abaixo do mapa geográfico do país, conseguimos ler uma linha sobre o que acontece em Pernambuco.
Quantas vezes em nossas viagens ligamos para diversos amigos, e entre esses o jornalista Claudemir Gomes, e quando perguntamos sobre as novidades, as respostas são idênticas: ¨nenhuma¨. Vivemos em um lugar que nada acontece.
Na Copa Regional não tivemos sucesso. Os nossos representantes ficaram no meio do caminho. O Sport de forma errada não participou. Na Copa do Brasil morremos nos primeiros jogos. Nas fases finais os nossos clubes ficaram de fora.
Nas competições das categorias de base, os clubes pernambucanos também ficam no caminho. No futebol feminino nos tornamos um saco de pancadas.
Santa Cruz e Náutico estão na Série C, e pelo andar da carruagem, apenas um entre os dois poderá conseguir a classificação para a fase seguinte. As outras três vagas tem pretendentes mais fortes.
O Salgueiro mais uma vez estará na Série D, desde que não teve forças para pular de fase. O Central, o mesmo de sempre, emperrado como carro de boi. Está hibernando na Serra das Russas.
O Sport está na Série B, mas pelo modelo de gestão que foi adotado poderá ter dificuldades para o seu retorno a divisão maior. A maioria dos clubes é sazonal, e aqueles que também disputam a Série D não conseguem o acesso ano após ano de tentativas.
Cansamos de chamar a atenção para a necessidade da mudança de parâmetros, sobretudo no processo de formação que terá de ser incentivado, e ao mesmo tempo livrar-se dos agentes que mandam no setor.
Nos tornamos um futebol cuja maior competição é um estadual falido, mal elaborado por uma Federação que é motor que impulsiona essa decadência, quando faz uma competição que leva a todos do nada para o nada.
Há um sentimento de arrogância entre os dirigentes, que pensam que sabem tudo, mas são reprovados na alfabetização do futebol. Os clubes são imediatistas, não trabalham a longo prazo, só conhecem o curto, e para qualquer esporte é uma opção negativa, pois os frutos só são colhidos após um longo período entre o plantio e a colheita.
Pernambuco faz futebol de forma aleatória. Falta o fundamental, a inteligência, para que se possa fazer esse esporte dentro de um contexto que aprofunde as raízes, e garanta uma boa permanência no futuro.
Na verdade faltam cabeças pensantes.
Comentários
0#1RE: A VIDA DO FUTEBOL DE PERNAMBUCO É O ESTADUAL —
RUBRO-NEGRO12-07-2019 11:04
JJ: O artigo é uma radiografia do futebol de Pernambuco. O amigo estava inspirado quando o escreveu.
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