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Escrito por José Joaquim

Quantas vezes ouvimos questionamentos a respeito de defeitos dos jogadores oriundos das bases de diversos clubes. Reclamam que cabeceiam de olhos fechados, quando zagueiros não aprenderam sair jogando, além de outras erros.

O problema existe na maioria dos clubes brasileiros.

O atleta nasce com o talento para o trato da bola, como em qualquer outra profissão, mas necessita de aprender o básico, que é o ABC do futebol, para que possa prosseguir com a sua carreira. Quantos atletas de futebol sofrem com um grave erro de marcação, que é o de marcar a bola e não o adversário?

Falta-lhes uma boa orientação dos técnicos formadores, na maioria ex-atletas, portadores dos mesmos problemas, que são transmitidos aos seus alunos, os jogadores em formação.

Os atletas passam pelo ciclo básico, sem o aprendizado ideal daquilo que está na cartilha do futebol. Quando assumem o profissionalismo, carregam em sua bagagem vários defeitos graves que deveriam ter sido corrigidos pelos seus treinadores.

O período de aprendizado é na formação, como acontece no colégio, e se isso não for bem feito, todo o futuro ficará comprometido. São atletas com as dificuldades no passe, na disputa da bola, no cabeceio tanto ofensivo como defensivo, entre outros itens, que formam um conjunto de fundamentos essenciais para um bom profissional.

O trabalho de base é trabalhado de forma bem açodada, imediatista, sempre colocando os atletas apenas na busca de títulos que pouco representam, e deixa de lado o mais importante para esses, que é o básico, a cartilha da bola, fundamental para o futuro de todos.

Corrigir os seus defeitos depois de adultos é um trabalho difícil, mas não impossível, e para tal torna-se muito importante a participação de profissionais qualificados, pacientes, que possam assim transmitir os ensinamentos necessários.

Pernambuco nos idos de cinquenta teve um treinador que foi muito comentado pelo trabalho de fundamentos que era executado, mesmo com os profissionais. O uruguaio Ricardo Diez que foi técnico do Sport, e passava horas no gramado ensinando os seus atletas todos os fundamentos que não aprenderam.

Na sua primeira passagem pelo clube rubro-negro, em 1946/1947, descobriu Ademir Menezes que estava no juvenil, e lhe passou vários ensinamentos, que serviram para o seu futuro, onde consagrou-se como um dos maiores atacantes do esporte da chuteira no Brasil.

Sem duvida um dos grandes problemas do futebol brasileiro está na sua formação, que sofre com a ausência de profissionais qualificados para a execução dos trabalhos mais fundamentais, e os resultados observamos nos gramados.  

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