A Casa da Mãe Joana é uma expressão vinda de Portugal para o Brasil colônia, que significa aquele lugar onde vale tudo, sem ordem, onde predomina a confusão, e a desorganização.
Segundo Câmara Cascudo, a expressão se deve a Joana I de Nápoles, que viveu na Idade Média e foi sua Rainha.
Passou a residir em Avinhão, quando publicou a regulamentação de todos os bordéis da cidade. Uma das normas dizia: ¨O lugar terá uma porta por onde todos possam entrar¨. Em Portugal tal expressão adotada foi chamada de: O Paço da Mãe Joana e chegou ao Brasil como Casa da Mãe Joana.
Na realidade o sentido do termo é o de caracterizar uma casa que não possui janela nem porta, onde todos entram e saem sem pedir licença, imperando, portanto indisciplina e desrespeito.
Buscamos um fato da Idade Média para caracterizarmos o futebol brasileiro, cujas partidas são verdadeiras Casas de Mãe Joana.
Tudo isso por conta do jogo entre o Grêmio e Chapecoense, quando os jogadores em especial os gremistas transformaram-no em uma avacalhação total, onde todos mandavam menos a arbitragem. O encontro com a bola correndo foi excelente, o placar de 3x3 é sem duvida um resultado final que mostrou o que aconteceu no gramado.
Por outro lado os atletas do time gaúcho resolveram apitar o jogo, e a cada lance era uma rodinha agressiva contra um fraco apitador, o mineiro Felipe Fernandes, que só faltou apanhar. Aliás tal fórmula de pressão domina em nosso futebol. O zagueiro Kannermann deu uma aula de agressividade, e só faltou uma agressão física. O arbitro não tomou nenhuma providência.
No final outra rodinha, contando com Renato Gaúcho, seu auxiliar, o preparador físico, diversos atletas, os reservas, sem nenhuma reação do quarteto que apitou o encontro.
O mais grave de tudo, é que em todo o Brasil o policiamento no final do jogo cerca como garantia os responsáveis pela arbitragem, como medida de proteção, mas por conta de uma ¨mera coincidência¨ não apareceu. Na verdade esses fatos não são da exclusividade desse jogo, já que são repetidos na maioria dos torneios nacionais.
Quando se assiste uma competição europeia, em nenhum momento com a bola rolando, e no seu final os atletas no lugar de agredirem com palavras os árbitros, se confraternizam com esses. Uma questão de civilidade.
Se tivéssemos uma entidade forte, moralizada isso seria cortado com uma única medida, cartão amarelo para a primeira reclamação e vermelho na segunda.
Tudo seria resolvido, mas como isso não vai acontecer, esses fatos grotescos irão continuar, desde que o futebol virou uma rara ¨CASA DA MÃE JOANA¨.