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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O RACISMO NAS ARQUIBANCADAS GAÚCHAS

* O futebol gaúcho está brilhando dentro dos gramados, com os seus dois maiores clubes participando das quartas de final da Libertadores e nas semifinais da Copa do Brasil. Internacional e Grêmio sem duvida estão no patamar mais alto do esporte da chuteira no país.

Por outro lado, o reverso é trágico.

Segundo o jornalista Hiltor Mombach, do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, pelo 5º mapa do racismo no país que será divulgado, referente a 2018, dos 29 casos que ocorreram nos estádios desde o ano de 2017, o Rio Grande do Sul liderou com 10, mais do que o triplo do ranking, Bahia e Rio com três.

O estado liderou três dos quatro anos analisados pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

O mapa do racismo já apontou os 29 casos até julho deste ano, e a liderança é do Rio Grande do Sul, com 10.

Há pouco tivemos mais uma noticia sobre o assunto, que ainda não foi mapeado, que veio de Erexim, na partida entre o Ypiranga e Volta Redonda pelo Brasileiro da Série C, que ganhou nota oficial do clube gaúcho.

Lamentável, para um país que tem uma ampla diversidade racial.

NOTA 2- A FORMAÇÃO MAIS RENTÁVEL DO BRASIL

* O Flamengo sempre foi uma máquina de formar jogadores, mas por conta da sua antiga situação financeira apurava pouco nas diversas negociações para o exterior. Jogadores da seleção do Circo foram negociados com preços baixos, tais como Júlio César, Juan, Adriano e Felipe Melo.

Uma safra anterior com Djalminha, Marcelinho Carioca, Paulo Nunes e Junior Baiano, também deixaram poucos recursos no seus cofres.

A partir de 2017 já com o trabalho de recuperação do rubro-negro, e sem cobradores nas portas da Gávea, a produção de talentos cresceu e as negociações começaram a trazer para seu caixa alguns milhões de reais.

Em 2017, a venda de Jorge por R$ 29,5 milhões foi o início de uma nova era. Foi assim com Vinicius Junior, Lucas Paquetá, Jean Lucas e Felipe Vizeu, que foram negociados por 103,5 milhões de euros.

No dia de ontem, o Milan da Itália, negociou a compra de mais um jogador formado nas bases flamenguistas, o zagueiro Léo Duarte, com 23 anos e que somente no ano passado se firmou como titular da equipe. A equipe italiana desembolsou 10 milhões de euros.

As transferências dos seis jogadores totalizaram 113,5 milhões de euros, (R$ 441 milhões). A participação do Flamengo ficou entre 70 e 80% do total.

Não existe nada melhor para um clube como o trabalho de formação, desde que, além de alimentar o elenco, ainda tem a garantia de bons negócios no futuro.

Já afirmamos várias vezes, que o trabalho de formação é a solução para o futebol brasileiro.

NOTA 3- OS VALORES PAGOS PELOS DIREITOS DE TRANSMISSÃO DA SÉRIE C FICARAM COM O CIRCO

* Os dirigentes dos clubes que participam do Brasileiro da Série C, estiveram na sede do Circo Brasileiro do Futebol, e foram recebidos pelo presidente, Rogério Caboclo, e lhes solicitaram que o dinheiro que foi pago por conta dos direitos de transmissão fossem divididos entre esses.

A resposta foi de que o campeonato não se paga.

Obvio que isso representa um equivoco programado, posto que o Circo sempre bancou por obrigação as despesas dessa competição, como as da Série D, e não poderia ficar com os recursos desde que o campeonato é feito pelos clubes e seus jogadores.

Quem deveria negociar as vendas dos direitos de transmissão seriam as agremiações, e não o Circo, que embolsou indevidamente os R$ 20 milhões pagos pela Dazn.

Na divisão principal as negociações são feitas pelos participantes da competição, e a entidade recebe apenas a sua comissão. Isso deveria ter acontecido na C, mas como são clubes sem força politica ficaram ao relento.

O campeonato só existe porque as agremiações entram em campo, ou seja sem elas e os atletas não haveria transmissão.

Do dinheiro que foi pago, subtraindo-se os direitos de imagem dos jogadores e a taxa do Circo que comanda o futebol, sobrariam R$ 18 milhões, que deveriam ser distribuídos em partes iguais aos 20 clubes disputantes, que dariam para pagar pelo menos três meses de suas despesas.

Uma vergonha para quem tem os cofres abarrotados de dinheiro.

NOTA 4- A HEGEMONIA DE SÃO PAULO

* Entre os anos de 2009 a 2014 apenas um time paulista conquistou o título do Brasileiro, o Corinthians em 2011.

O Flamengo foi campeão em 2009, Fluminense em 2010 e 2011, e o Cruzeiro em 2013 e 2014.

O ciclo foi encerrado e nos últimos quatro campeonatos esses foram ganhos pelo Corinthians (2015 e 2017), e Palmeiras (2016 e 2018).

A hegemonia deverá continuar, e o campeonato de 2019 deverá ter uma luta entre os quatro times paulistas, e com a possibilidade do Flamengo entrar no bloco.

O atual contexto deixa poucas duvidas sobre esse domínio. O Santos está na liderança com uma diferença para o Palmeiras de 4 pontos, para o Flamengo, e Atlético-MG (3º e 4º), de 8 pontos, 9 para o Corinthians (5º),11 para o São Paulo (6º), 12 para o Internacional (7º), e 15 para o Grêmio (13º). 

Os dois times gaúchos estão mais focados na Libertadores e Copa do Brasil, e o técnico do tricolor já afirmou que essas duas competições são prioritárias.

Ainda tem um longo caminho a percorrer, mas pelo andar do torneio mais uma vez um time paulista poderá ser campeão.

Para nós, o titulo ficará entre o Santos e Palmeiras.

NOTA 5- A VITÓRIA DO FUTEBOL PRAGMÁTICO

* Pelo padrão do Corinthians o placar de 2x0 é uma goleada. Em 13 jogos o alvinegro marcou 15 gols, ou seja 1,15 por partida.

Na noite de ontem conseguiu subir de sua média ao derrotar o Goiás por 2x0, com o segundo gol de pênalti no final do jogo. O placar foi exagerado pelo que o time goiano jogou, inclusive com duas bolas na trave e boas defesas de Cassio.

A equipe corintiana tem como arma a retranca para não perder, de preferência empatar, e se possível ganhar.

Os comentaristas de Escolas de Samba são apaixonados pelo time do Parque São Jorge, quando o elogiam durante qualquer encontro, mas na verdade o verdadeiro futebol passa por mais de um quilômetro de Itaquera.

O ponto positivo é sua torcida que não falha e lota o estádio em seus jogos.

O algo mais dessa partida foi o ponta Michael, do Goiás, que deixou os defensores do Corinthians tontos com tantos dribles. Foi autor de um gol de alto nível, deixando Gil perdido, mas por um milímetro foi anulado pelo VAR. Muitas vezes ficamos pensando que esse sistema não gosta do belo no futebol.

O mais grotesco foi a substituição desse jogador feita pelo técnico do alviverde. Deveria se demitido sumariamente do cargo que ocupa.

O Corinthians subiu para o quinto lugar, com 23 pontos.

No estádio Mineirão pela Copa Libertadores, o Internacional derrotou o Cruzeiro por 1x0, o que provocou o obvio, a dança das cadeiras com a queda do técnico Mano Menezes.

Com a atual gestão do clube Celeste não encontramos solução, a sua trajetória irá terminar na Série B.

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