* O futebol do Brasil é completamente atabalhoado em suas atitudes. Os técnicos são demitidos por conta de duas ou três derrotas, como fossem os brinquedos dos cartolas.
Na Série A Nacional já se foram nove profissionais, e na B as contas foram perdidas, com mais de um por rodada.
No dia de ontem aconteceram duas animadas danças das cadeiras em locais distantes. Teve de tudo.
Na cidade de Campinas-SP, o Guarani fez uma faxina geral, degolando o técnico Roberto Fonseca, que foi contratado para substituir Vinicius Eutrópio, Fumagalli, superintendente de futebol, Marcus Vinicius Lima, executivo do futebol, e Gabriel Remédio, coordenador e futebol. Uma vassourada e tanto.
A dança no interior.
Roberto Fonseca deixa o time bugrino após cinco derrotas, dois empates e apenas duas vitórias em nove jogos disputados nessa competição.
Enquanto isso, um pouco mais distante a música parou e Alemão, técnico do Londrina dançou quando tiraram a sua cadeira após a derrota no jogo contra o Botafogo-SP.
O time da Terra do Café completou nessa rodada a quarta partida sem vitória.
Esse foi rápido e trouxe de volta Claudio Tencati, que foi seu técnico em 2016 e 2017.
Alemão dirigiu o time por 35 partidas, com 15 vitórias, 10 empates e 10 derrotas.
O nosso futebol é um verdadeiro circo de horrores.
NOTA 2- OS CHOQUES DE CABEÇA COMPROVAM A BAIXA QUALIDADE DO FUTEBOL BRASILEIRO
* De acordo com as pesquisas efetuadas no futebol brasileiro os choques de cabeça hoje são a segunda maior causa de entrada de médicos para o atendimento em campo, ultrapassando as lesões de joelhos e ficando atrás das musculares.
Obvio que não foram analisadas as grotescas simulações, por conta da malandragem para se ganhar tempo.
Ao assistirmos os jogos do futebol europeu essas lesões tem um baixo percentual.
Por outro lado, no futebol antigo um choque de cabeça era algo raro, e quando acontecia o atleta se transformava em um herói.
Ely do Amparo, atleta do Sport na década de 50 é um exemplo ao jogar com a cabeça enfaixada, com a mancha de sangue. Tornou-se um herói.
Qual o motivo desse crescimento?
Sem duvida está na falta de técnica dos jogadores, o que aumenta o número de bolas altas. O futebol no Brasil transformou-se em Infraero.
Hoje em nossos gramados a cena não é incomum. A bola sobe e dois jogadores batem cabeça com cabeça, e ao menos um deles cai, as vezes desacordado. As pancadas na cabeça nos levam as concussões cerebrais, que eram comuns no futebol americano.
O futebol no Brasil sempre foi o da bola rolando firme no gramado, com jogadores habilidosos que a tratavam muito bem.
Hoje o que temos é a pelota voando pelo espaço aéreo.
NOTA 3- O CHAMA CARTÕES NOS GRAMADOS
* A expulsão de Felipe Melo no jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores, entre Grêmio e Palmeiras, é mais um para a sua lista de advertências sofridas por esse volante.
É o chama cartões.
De acordo com o site o gol.com, nos últimos 17 jogos o meio campista levou 14 cartões, doze amarelos e dois vermelhos, sendo que as duas expulsões ocorreram em um espaço de nove dias entre elas.
Em 20 anos de carreira, o atleta só escapou em quatro temporadas.
No seu início, em 2002, o volante conseguiu não ser expulso em 58 jogos disputados pelo Flamengo. O mesmo ocorreu no ano seguinte, quando esse atuou pelo Flamengo e Cruzeiro, e na Europa, jogando pelo Almería, da Espanha, em 2007/2008, e em 2011/12, quando vestia a camisa dos turcos do Galatasaray.
Desde que voltou ao nosso futebol, em 2017, o volante tem colecionado estatísticas negativas com a camisa do Palmeiras. Em 119 partidas oficiais pelo clube, Melo recebeu 54 cartões amarelos, uma média de uma advertência a cada 2,2 jogos, e três vermelhos. Em 2018, foram 15 advertências em 29 confrontos.
Já no atual Brasileiro, esse já levou sete cartões.
Na verdade isso só acontece por conta do modelo que Felipe Melo joga futebol. É o sistema brucutu.
NOTA 4- A PROPOSTA DO SANTOS PARA FERNANDO DINIZ
* Se aceitar o convite do Santos, Fernando Diniz não ficará sem emprego por muito tempo.
Pouco tempo depois de ter sido demitido pelo Fluminense, o treinador recebeu uma proposta oficial do Peixe.
A intenção do presidente alvinegro, José Calos Peres, era oferecer a Diniz o cargo de coordenador de todas as categorias de base santista.
Com o comando do treinador, o Santos tentaria criar um padrão de jogo, com mentalidade ofensiva, desde a categoria sub-11 a sub-23.
Peres contou com o aval de Paulo Autuori, diretor de futebol para fazer a proposta ao treinador que trabalhou com esse no Athletico.
Uma ideia excelente.
NOTA 5- A POUCA DURABILIDADE DOS TÉCNICOS BRASILEIROS NOS CLUBES
* O futebol brasileiro ainda não conseguiu manter os seus treinadores da Série A por um tempo maior. Entre os vinte clubes disputantes, apenas quatro tem comandantes com mais de um ano de comando.
Grêmio- Renato Gaúcho,
Palmeiras, Luiz Felipe Scolari,
Internacional- Odair Helmann e,
Athletico-PR- Tiago Nunes.
Enquanto isso, na Espanha, 15 clubes entre os 20 que disputam a liga principal tem treinadores com mais de um ano.
Na Premier da Inglaterra a relação é excelente, com a participação de 13 longevos.
Na Bundesliga, da Alemanha, que contempla 18 clubes, oito desses tem técnicos por mais de um ano, e na Itália são 10 entre os 20 clubes.
O Brasil é triturador de treinadores, e a falta de longetividade reduz em muito o poder técnico, e por conta disso estamos bem distantes do bom futebol.
NOTA 6- RESULTADOS DA QUINTA-FEIRA
* Na noite de ontem tivemos alguns jogos pelo Brasil.
Pela Copa Libertadores o Flamengo derrotou o Internacional por 2x0, em um jogo que só teve futebol após o primeiro gol rubro-negro no segundo tempo, desde que até aquele momento esse tinha cara de pelada. O rubro-negro ficou com uma boa gordura.
Pela Série B, um resultado interessante que deixou pela primeira vez o Sport no G4 de verdade e não de forma provisória, com a vitória de 1x0 do CRB contra a Ponte Preta. Na verdade bem merecida.
No outro jogo dessa divisão, um circo de horrores, com um 0x0 entre Vitória e América-MG.
Na partida que estava faltando pela Série A, o São Paulo derrotou o Athletico-PR e chegou de vez pela briga do título. O 1x0 tricolor foi de bom tamanho por conta da qualidade do futebol apresentado.
O G4 dessa competição virou um verdadeiro campeonato paulista, com a presença de apenas um intruso, o Flamengo.
JJ: NOTA 2- O artigo está perfeito. No futebol antigo essas lesões aconteciam de forma rara, desde que o futebol era no chão. Como você bem afirmou hoje é no ar, e os resultados são esses. Deveria haver uma determinação para os jogadores usarem o capacete do futebol americano.
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