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Escrito por José Joaquim

O W.O. do Figueirense tocou o sinal de alerta em diversos cubes do Brasil, em especial os três do Rio de Janeiro que continuam com os atrasos salariais. Na realidade esses foram vitimas de várias gestões desastradas, que gastaram mais do que as suas receitas.

Entre os vinte clubes disputantes da Série A, apenas três tem o devido equilíbrio financeiro, Palmeiras, Flamengo e Athletico-PR. Os demais sofrem para que possam pagar as suas folhas salariais. A venda de jogadores tornou-se a salvação de alguns, assim como antecipação de receitas. É uma vida dura, e seria facilitada se todos adotassem a relação entre receitas e despesas para os seus gastos.

Quando do debate para a aprovação do Profut, a proposta original do governo estabelecia um teto de 70% da receita bruta da atividade futebol dos cubes para pagamento de salários e direitos de imagem dos seus profissionais. A bancada da bola não concordou e aprovou como teto 85%. Um erro que agora está sendo observado.

Esse teto é proveniente das receitas da atividade futebol, e 15% da atividade social, e entre essas as mensalidades dos sócios, ou seja, em uma renda geral de R$ 250 milhões, R$ 212,5 milhões vem desse esporte, e as agremiações poderão investir nos gastos com salários dos atletas até o máximo de R$ 170 milhões, restando assim R$ 42,5 milhões para os demais custos do setor.

A sobra para o atendimento dos demais segmentos, inclusive o pagamento do refinanciamento dos débitos será de R$ 37,5 milhões, o que certamente não seria o necessário para as devidas coberturas, inclusive as folhas administrativas.

Na realidade essa matemática financeira para que tenha sucesso está atrelada principalmente ao talento dos jogadores, para que os resultados esportivos sejam positivos. Quanto mais alto os seus níveis maiores os salários, melhores os resultado, maiores receitas, Trata-se de um ciclo virtuoso.

Pela nossas análises não existe a menor possibilidade de um clube gastar 85% das receitas que são advindas do futebol com a folha salarial, quando o numero ideal é no máximo 65%, que garante uma temporada tranquila sem a necessidade de financiamentos bancários ou antecipações de receitas.

Os clubes que estão passando do limite ideal, irão continuar com problemas, e promovendo algumas pedaladas para sobreviverem.

O futebol tem boa demanda, o público está voltando aos estádios, e os clubes bem administrados economicamente, com base em alguns parâmetros que são recomendados pela ciência econômica, serão aqueles que terão melhores resultados esportivos a médio e longo prazo. Para nós isso é uma certeza absoluta.

O controle financeiro sem a menor duvida equilibra a vida de um clube, enquanto as extravagâncias o levam a destruição, e isso vem acontecendo no futebol nacional nos últimos cinco anos, quando os dirigentes gastaram além do que podiam, e com isso levaram as suas entidades ao fundo do poço.

Futebol não é apenas uma folha salarial, e sim um conjunto de outras obrigações que fazem parte do contexto.

O que aconteceu com o Figueirense certamente se repetirá em breve em outras plagas.

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